Tal como se esperava, nada de substancialmente novo saiu deste congresso.
O mote para a campanha eleitoral do PS está lançado: por um lado a vitimização do chefe, insistindo na “campanha negra” (que parece ter dado sinal de si no apagão de ontem à noite); por outro o discurso de “ou a maioria absoluta ou o caos”.
Sobre a apregoada “campanha negra”, como cidadão, muito gostava que o nosso primeiro concretizasse a sua origem, dando um cabal esclarecimento público sobre a mesma. Se tivéssemos um verdadeiro Ministério Público, este devia chamar o Primeiro-Ministro para prestar esclarecimentos sobre o que sabe do assunto.
Sobre a “maioria absoluta”, este deve ser o único país europeu onde o tema motiva discursos políticos e campanhas eleitorais. Na maior parte dos regimes democráticos governa-se sem maiorias absolutas. É mais um sinal de menoridade democrática dos nossos líderes políticos.
Este congresso, em vez de debater ideias e programas para melhorar a situação do país, limitou-se ao mero ataque pessoal contra adversários à direita e, principalmente, à esquerda.
Três “factos” ficam a marcar a história deste congresso:
- o discurso contra o Bloco de Esquerda, apontado como o principal inimigo a abater, dando de barato que o eleitorado de direita, provavelmente embevecido pela acção deste governo, não vai abandonar o PS e voltar-se para o “seu” partido natural, o PSD, assim como a ideia de que não vai perder um único voto para o PCP;
- a ausência de Manuel Alegre, que, com esta atitude, se deixa isolar dentro do partido. Veremos quais as consequências pessoais e políticas deste “não -acontecimento”;
- a escolha de Vital Moreira para liderar a lista do PS ao parlamento europeu. Aqueles que esperavam um sinal à esquerda, escolhendo Ferro Rodrigues para esse cargo, ou um sinal aos independentes, escolhendo Freitas do Amaral, apanharam com um dos mais acérrimos apoiantes ideológicos deste governo.
Contudo isto, passou praticamente despercebido o programa eleitoral apresentado ao congresso, todo ele numa tentativa hipócrita de encostar Sócrates à esquerda.
O responsável pela maior deriva neo-liberal em Portugal, vem agora apresentar-se como crítico desse mesmo neo-liberalismo, embarcando na onda do momento.
Este congresso só convenceu os que já estavam convencidos.
O mote para a campanha eleitoral do PS está lançado: por um lado a vitimização do chefe, insistindo na “campanha negra” (que parece ter dado sinal de si no apagão de ontem à noite); por outro o discurso de “ou a maioria absoluta ou o caos”.
Sobre a apregoada “campanha negra”, como cidadão, muito gostava que o nosso primeiro concretizasse a sua origem, dando um cabal esclarecimento público sobre a mesma. Se tivéssemos um verdadeiro Ministério Público, este devia chamar o Primeiro-Ministro para prestar esclarecimentos sobre o que sabe do assunto.
Sobre a “maioria absoluta”, este deve ser o único país europeu onde o tema motiva discursos políticos e campanhas eleitorais. Na maior parte dos regimes democráticos governa-se sem maiorias absolutas. É mais um sinal de menoridade democrática dos nossos líderes políticos.
Este congresso, em vez de debater ideias e programas para melhorar a situação do país, limitou-se ao mero ataque pessoal contra adversários à direita e, principalmente, à esquerda.
Três “factos” ficam a marcar a história deste congresso:
- o discurso contra o Bloco de Esquerda, apontado como o principal inimigo a abater, dando de barato que o eleitorado de direita, provavelmente embevecido pela acção deste governo, não vai abandonar o PS e voltar-se para o “seu” partido natural, o PSD, assim como a ideia de que não vai perder um único voto para o PCP;
- a ausência de Manuel Alegre, que, com esta atitude, se deixa isolar dentro do partido. Veremos quais as consequências pessoais e políticas deste “não -acontecimento”;
- a escolha de Vital Moreira para liderar a lista do PS ao parlamento europeu. Aqueles que esperavam um sinal à esquerda, escolhendo Ferro Rodrigues para esse cargo, ou um sinal aos independentes, escolhendo Freitas do Amaral, apanharam com um dos mais acérrimos apoiantes ideológicos deste governo.
Contudo isto, passou praticamente despercebido o programa eleitoral apresentado ao congresso, todo ele numa tentativa hipócrita de encostar Sócrates à esquerda.
O responsável pela maior deriva neo-liberal em Portugal, vem agora apresentar-se como crítico desse mesmo neo-liberalismo, embarcando na onda do momento.
Este congresso só convenceu os que já estavam convencidos.
1 comentário:
Posso opinar?
Ó Venerando, aquela "missa" não vale tanta escrita!
A tua pachorra! Sobretudo quando já há andorinhas no ar...
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