Há alguns anos consegui adquirir, num alfarrabista de Lisboa, dois volumes das famosas “Ordens do Dia” de Beresford, relativos aos anos que mais me interessavam, 1809, 1810 e 1811, por causa das Linhas de Torres.[1]
A publicação das “Ordens do Dia” foi introduzida, de forma regular, por aquele marechal do exército português, nomeado para esse cargo por decreto de 7 de Março de 1809, assumindo o comando em 15 de Março.
O hábito de editar “ordens do dia” já tinha sido tentada no tempo do conde de Lippe. A novidade, com Beresford, é que a sua publicação se tornou regular a partir de então.
O objectivo da sua publicação era “obrigar as unidades a coleccionar nos seus livros as ordens diárias de modo que não houvesse desculpa (…) dizer-se que se extraviou ou que não fora publicada” em determinado dia[2].
Cada dia tinha a sua “Ordem do Dia”, mesmo que não houvesse nada a registar. Neste caso, à data da ordem, escrevia-se apenas, por exemplo, uma breve frase do género: “Nada de novo”.
Essas medidas foram importantes para disciplinar um exército nacional desorganizado e instável, tendo aquele marechal esbarrado com enormes dificuldades em reorganizá-lo.
Beresford confrontou-se com hábitos enraizados que ele não se cansava de denunciar nas suas “ordens do dia”. Através destas podemos ficar com uma ideia dos usos e costumes dos soldados portugueses dessa época, bem como da indisciplina que existia no seu seio.
As “Ordens do Dia”, mais do que um documento de história militar, revela-se, assim, uma importante fonte para reconstruir a história social e cultural dessa época
Comemorando-se agora o bicentenário da publicação de tão importante documento, vamos tentar, mensalmente, publicar um pequeno resumo das principais informações nele contidas.
Assim, damos hoje início a uma breve análise daquilo que nelas se publicou em Março de 1809.
[1] Colecção das Ordens do Dia do illustrissimo e excellentissimo senhor Guilherme Carr Beresford (…) por António Nunes dos Santos, impressor do Quartel General.
[2] CENTENO, João, O Exército Português na Guerra Peninsular, vol. 1, ed. Prefácio, LX., 2008, pág.153.
A publicação das “Ordens do Dia” foi introduzida, de forma regular, por aquele marechal do exército português, nomeado para esse cargo por decreto de 7 de Março de 1809, assumindo o comando em 15 de Março.
O hábito de editar “ordens do dia” já tinha sido tentada no tempo do conde de Lippe. A novidade, com Beresford, é que a sua publicação se tornou regular a partir de então.
O objectivo da sua publicação era “obrigar as unidades a coleccionar nos seus livros as ordens diárias de modo que não houvesse desculpa (…) dizer-se que se extraviou ou que não fora publicada” em determinado dia[2].
Cada dia tinha a sua “Ordem do Dia”, mesmo que não houvesse nada a registar. Neste caso, à data da ordem, escrevia-se apenas, por exemplo, uma breve frase do género: “Nada de novo”.
Essas medidas foram importantes para disciplinar um exército nacional desorganizado e instável, tendo aquele marechal esbarrado com enormes dificuldades em reorganizá-lo.
Beresford confrontou-se com hábitos enraizados que ele não se cansava de denunciar nas suas “ordens do dia”. Através destas podemos ficar com uma ideia dos usos e costumes dos soldados portugueses dessa época, bem como da indisciplina que existia no seu seio.
As “Ordens do Dia”, mais do que um documento de história militar, revela-se, assim, uma importante fonte para reconstruir a história social e cultural dessa época
Comemorando-se agora o bicentenário da publicação de tão importante documento, vamos tentar, mensalmente, publicar um pequeno resumo das principais informações nele contidas.
Assim, damos hoje início a uma breve análise daquilo que nelas se publicou em Março de 1809.
[1] Colecção das Ordens do Dia do illustrissimo e excellentissimo senhor Guilherme Carr Beresford (…) por António Nunes dos Santos, impressor do Quartel General.
[2] CENTENO, João, O Exército Português na Guerra Peninsular, vol. 1, ed. Prefácio, LX., 2008, pág.153.
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