Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta Banco de Portugal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Banco de Portugal. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Constâncio, o incompetente e a conveniente “falta de memória”


(Público de 7/6/2019)

Este é aquele tipo de notícia que já não me surpreende.

Os “rostos do mal” que conduziram o país e a Europa para o descalabro económico e financeiro estão há muito identificados.

Victor Constâncio sempre fez parte desse clube dos convenientemente incompetentes, com uma grande falta de memória sobre as atitudes que tomaram e que sempre protegeram os poderosos e os corruptos do mundo financeiro e da política, não hesitando em tomar medidas ou dar opiniões que degradam as condições de vida do cidadão “normal”, aquele que recebe pensões baixas, recebe salários miseráveis, ocupa empregos precários, desespera no desemprego e paga os impostos que alimentam os cargos dessa gente.

Desde há muito que é conhecida a incompetência de Victor Constâncio, primeiro como governador do Banco de Portugal e depois, como prémio dessa incompetência, como um dos principais responsáveis pelas políticas antissociais do Banco Central Europeu.

Continuar a proteger essa gente ou justificar os seus actos e malfeitorias só vai contribuir para o crescimento do populismo da extrema direita, que explora o justo descontentamento com a forma como essa gente conduziu o país e a Europa, desrespeitando e atropelando os direitos dos cidadãos, em nome da salvação de um sistema financeiro corrupto que continua a dominar as decisões europeias.

Que gente como Victor Constâncio ainda tenha defensores e ainda continue com cartão de militante de um partido de esquerda é um insondável mistério, bem como é que gente dessa ainda tem coragem para dar a cara em público e conseguir dormir em paz.

Mas o descaramento é a primeira condição para que esse tipo de gente continue a proliferar nas nossas elites financeiras, económicas e financeiras.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Diz o Expresso "Estado gastou 21,7 milhões em advogados em 2018"...mas o Banco de Portugal lidera nos gastos...


A seguir ao apoio à Banca e à rede de influências que mistura empresas privadas e públicas com o Estado ,  as Sociedades de Advogados a "trabalhar" para o Estado são o terceiro pilar do cancro que vai minando a nossa democracia, agravando a dívida que todos vamos pagar quando a coisa der mais uma vez para o torto ( e vai dar...).

Nunca percebi a necessidade das instituições do estado de recorrerem a assessorias externas, quando têm nos seus quadros centenas de funcionários com formação e experiência nas mais variadas especialidades, em Câmaras,  Ministérios e Empresas Públicas... 

Também  não percebo porque põem, na notícia do Expresso, Mário Centeno na fotografia...tá bem, a noticia refere-se ao último ano...mas foi só em 2018 que isso aconteceu? Além disso, nesses gastos incluem-se autarquias e quem mais gastou em assessorias foi... o Banco de Portugal.

Em rigor, quem lá devia estar na fotografia era o Carlos Costa, governador desse banco desde 2010, e um dos grandes responsáveis pela situação financeira do país (o outro chama-se Victor Constâncio, mas esses escapou-se para um "exílio" dourado e bem pago no BCE…).

Mas esse, lá colocado por Passos Coelho, é “amigo” e ideólogo do “autoritarismo” neoliberal que controla a "informação" económico-financeira na imprensa de "referência"…

A situação agora denunciada arrasta-se há décadas e tem protagonistas bem  mais responsáveis  do que Centeno (Cavacos, Durões Barroso, Sócrates e Passos Coelhos...onde estão na fotografia?).

Por onde andavam o Jornal de Negócios e O Expresso, que só agora se lembram de denunciar a situação, como se ela só tivesse tido inicio em 2018?

Também seria curioso uma análise a esses gastos comparando-os com as últimas quatro décadas, para se perceber melhor a dimensão da "coisa", revelando quais são as "sociedades de advogados" que mais têm lucrado, assim como o nome dos administradores dessas sociedades, para percebermos melhor a rede de influências que está por detrás da notícia.

Isso sim, era investigação jornalística de qualidade.

Mas a noticia fica pela rama e pela insinuação manhosa de colocar Centeno no topo da noticia, alinhando assim na mais reles demagogia populista...

Enfim, o Expresso no seu melhor, misturando alhos com bugalhos...

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

As “previsões” do Banco de Portugal…e outras!



O mundo económico e financeiro vive hoje de previsões.

Ditas “científicas”, é com base nessas previsões que se tomam decisões de gestão e programação.

Até qui, nada a reparar, a não ser que, verdade de La Palice, previsões são previsões e um bom gestor ou um bom economista, servindo-se delas, não as encara como uma verdade absoluta e tem em consideração a sua própria experiência e uma dose de perspicácia e bom senso.

O problema é quando essas “previsões” servem de desculpa para tomada de decisões politicas de efeito estrutural ou como arma de arremesso de propaganda politica e ideológica, que é o que se vê, cada vez mais, por essa Europa fora, com os resultados conhecidos.

E aqui entram os “comentadeiros” do costume, sempre cheios de certezas, ainda maiores se servidas por bem elaborados gráficos estatísticos com base nas ditas “previsões” de instituições “credíveis”.

Sempre ouvi dizer que uma estatística “bem torturada” dá sempre o resultado que pretendemos.

Não deixa de ser curioso que a maior parte de tão “credíveis” instituições não conseguiram prever a crise financeira de 2008 nem, por cá, a situação da banca portuguesa que levou à falência fraudulenta de alguns desses bancos e à intervenção “salvadora” nos que sobreviveram, à`custa do bem estra de todos os cidadãos.

E, porque uma previsão é…uma previsão, ainda menos se entende o desvarios dos “comentadeiros” quando o Banco de Portugal faz uma previsão diferente da do governo em….2 décimas!!!!

Uma previsão, porque é uma previsão, tem sempre uma margem de erro.

Uma coisa é falarmos numa diferença de um ou dois dígitos…outra é falar em diferença de décimos ou milésimos.

E outra coisa é falarmos em “previsões”, outra de dados reais e definitivos.

É como aqueles  “comentadeiros” em noite eleitoral que, principalmente quando isso lhes convém ideológica e politicamente, passam a noite a comentar sondagens à boca das urnas, mesmo quando já se começam a conhecer resultados reais e  definitivos, que muitas vezes desmentem ou se afastam significativamente do resultado de tais sondagens…

Penso que, assim como se paga, e bem, a instituições para fazer previsões financeiras e económicas, se devia penalizar fortemente essas instituições pelos erros de previsão, pelo menos quando esses erros justificam medidas politico/ideológicas que têm repercussão negativa na vida das pessoas.

Também devia existir uma entidade independente que comparasse as previsões feitas por essas instituições com os resultados reais, classificando-as de acordo com a sua credibilidade.

Talvez, assim, as “previsões” deixassem de ser arma de arremesso ideológico ou politico e fossem, na sua maioria, encaradas como a quilo que muitas vezes são, simples actos de …bruxaria!

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A euforia dos banqueiros pelos preços “internacionais” e...os nossos salários “nacionais”




Há dias o Governador do Banco de Portugal alertou para o clima de “euforia” no mercado imobiliário, com os preços sempre a subir, mas os banqueiros,reunidos numa conferência organizada pelo “jornal de Negócios”, acham que estátudo normal.

Pudera. Se alguma coisa correr mal cá estão os portugueses para pagar com subida de impostos, cortes nos salários e nas pensões, precariedade e desemprego, e corte nos direitos sociais… (Passos Coelho só está aí à espera de uma oportunidade para os voltar a servir!).

Como todos sabemos, por experiência recente, os banqueiros pouco sofrem com a crise, podendo continuar a auferir dos seus chorudos rendimentos…cá estaremos para pagar!

A desfaçatez de um desses banqueiros chegou ao ponto de justificar e legitimar as subidas de preços em Lisboa e nas grandes cidades do país com a “internacionalização” irreversível do sector.

Para ele os preços altos das rendas e vendas de casa no Porto e Lisboa devem-se ao facto de estas cidades já não dependerem dos “mercados” nacionais mas, de forma irreversível dos “mercados internacionais”.

É pena que os salários e as pensões dos portugueses também não se “internacionalizem”.

Falem a esses senhores da subida do salário mínimo e logo os ouvirão referir os “riscos” financeiros de subir um salário miserabilíssimo de 600 euros para um miserável de 650 euros…

sexta-feira, 17 de junho de 2016

As "negociatas" da Banca nos últimos 5 anos custaram ao país 14% do PIB português

Segundo o jornal Público (AQUI), nos últimos cinco anos o BES/Novo Banco, o  BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o BPI (não se contabilizam aqui as situações do BPN, do BPP e do Banif), perderam mais de 25 mil  milhões de euros em "imparidades", ou seja, em crédito mal parado e em participações financeiras ruinosas, qualquer coisa como 14% do PIB nacional ou 1/3 do resgate da Troika.
 
Como cidadão com impostos em dia, e a quem já estão a pensar recorres para pagar a "festa", só quero ver clarificadas 3 questões:
 
- Quem foram as pessoas e as empresas envolvidas nessa "imparidade"?;
- Quem foram os administradores e os responsáveis desses bancos pela decisões desastrosas ( senão mesmo  fraudulentas) que conduziram a essa situação?;
-Quais os responsáveis políticos, a nível governamental, a nível do Ministério das Finanças, a Nível do Banco de Portugal, a nível do BCE, a nível da troika por decisões (ou falta delas) que conduziram a mais este desastre financeiro?
 
E depois de essa resposta ser dada aos cidadãos cumpridores, que se avance para os tribunais e, tal como aconteceu na Islândia, se julguem os responsáveis e se abram as prisões para que todos cumpram as respectivas penas, para além de pagarem do próprio bolso a roubalheira pela qua foram responsáveis ...

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

HAJA DESCARAMENTO: "Seria Curioso demitir-me por um PEQUENO incidente" - Carlos Costa governador do Banco de Portugal


O título do Expresso deste fim-de-semana é revelador da desfaçatez e da total falta de vergonha do actual governador do Banco de Portugal.

Para o homem, os casos BES e Banif são "pequenos incidentes".

Esses "pequenos incidentes", provocados pela total incompetência (para não dizer outra coisa pior) do actual governador do BdP já custaram ao erário público milhares de milhões de euros, fora o que ainda está para vir.

Para quem tem garantida uma indemnização milionária caso seja despedido (por justa causa, com devia ser) e uma reforma milionária paga como "recompensa" pela sua incompetência, é preciso muito desplante para uma afirmação dessas.

...e certa comunicação social, como de costume, serve de "rapa fundos" à incompetência dessa gente paga principescamente !!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

...e agora espera-se que Carlos Costa se demita do BdP...Banif poderá custar quase 4.000 milhões de euros

Mais uma vez os contribuintes portugueses vão pagar os erros do Banco de Portugal e os desmandos do sector financeiro.

O mínimo que se espera é que o governador do Bando de Portugal, Carlos Costa, ponha de imediato o seu lugar à disposição, se ainda lhe restar um mínimo de decência, e perdendo de imediato todos os direitos, dele e da sua administração. em relação a todos os benefícios e privilégios que gozam pelo exercício desse cargo (como o "direito de pernada" nas pensões...).

Em segundo lugar, espera-se que a Comissão Europeia, tão pronta a ajudar o sector financeiro, revele desta vez algum bom senso e não inclua os custos desta decisão, que eles pressionaram e aprovaram, nas contas do déficit português.

Em terceiro lugar que a comissão parlamentar que se vai formar para investigar o que levou a esta situação colabore com a justiça para levar os responsáveis a tribunal.

..é o mínimo...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal e o valor da incompetência

Já tinha acontecido o mesmo com Victor Constâncio, o mais incompetente de todos, responsável pelos primeiros grandes escândalos na banca portuguesa (BPN e BPP), "premiado" com um sinecura no BCE, com um ordenado ainda maior do que aquele que auferia em Portugal.

Temos agora Carlos Costa, que mais uma vez revela toda a sua incompetência, já demonstrada com o caso BES e premiado pela troika  Cavaco/Passos/Portas com a recondução no cargo, e que agora volta a revelar-se em todo o seu esplendor no caso Banif.

A "coisa" não seria grave se, primeiro, os ordenados dos incompetentes como Costa e Constâncio, e as reformas douradas a que têm direito, não fossem pagas por todos nós, depois se pagassem com a incompetência com, no mínimo, despedimento por justa causa, perdendo direitos, como os privilégios do sistema de reformas do BdP, e, finalmente, se as consequências da sua incompetência não recaíssem sobre depositantes e clientes dos banco, sobre os funcionários dos mesmos e, já se sabe, sobre os contribuintes.

E os ordenados e direitos de essa gente não são de somenos.

De acordo com dados já desactualizados, o Presidente do Banco de Portugal recebia há pouco tempo mais de 15 mil euros de ordenado por mês, mais 32% que o presidente do FED norte-americano.

O conjunto de Presidente, Vice-presidente e mais dois vogais da administração do BdP custam ao erário público quase 800 mil euros por ano (fora outros privilégios).

Além disso os membros da administração desse banco têm à partida a garantia de, com um mínimo de cinco anos de serviço, acederem ao nível 18 do patamar das reformas, que lhes dá direito a uma pensão que varia entre o mínimo de dois mil e trezentos euros e o máximo de três mil e setecentos euros mensais, tendo direito ainda a um "complemento de reforma", somado àquele valor, de quatro mil e quinhentos euros mensais, fora outras regalias, podendo acumular essa reforma com outras da Caixa Geral de Aposentações ou outras a que tenham "direito".

É caso para dizer que tanta incompetência dá um grande contributo para aumentar o déficit do país e devia ter consequências.

No minimo, alguma vergonha na cara...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mais um exemplo das "ligações perigosas" entre a banca e a política: "Quadros do Banco de Portugal que passam pelo Governo têm promoção garantida"

 O trabalho de investigação do jornalista Paulo Pena, publicado hoje no Público, começa assim:

"Quando deixou o Banco de Portugal (BdP), em 2001, Pedro Machado era um técnico qualificado, sem qualquer cargo dirigente. Foi nomeado chefe de gabinete de Vítor Gaspar, ministro de Estado e das Finanças - ele próprio um ex-colaborador do banco, onde dirigira, nos anos 90, o gabinete de estudos. Ambos chegaram ao Governo, e de lá saíram, juntos, em Agosto do ano passado. E ambos foram bem recebidos pelo governador Carlos Costa.

"Gaspar foi nomeado conselheiro especial. Machado subiu a director-adjunto do departamento de supervisão prudencial, sem qualquer concurso. Porém, não ficaram muito tempo na instituição.

"Gaspar era, em simultâneo, consultor do banco e da Comissão Europeia. Em Junho passado assumiu a direcção do departamento de assuntos orçamentais do FMI. Pedro Machado teve um papel activo na resolução do BES - nomeadamente na polémica troca de correspondência com a direcção-geral da concorrência da Comissão Europeia dias antes de ser conhecida a decisão do regulador de “fechar” a actividade do Banco Espírito Santo.

"Pedro Machado saiu, agora, dos quadros do BdP. Foi contratado, tal como o seu director no banco central, Luís Costa Ferreira, pela consultora PwC: a mesma que ambos contrataram, no banco central, sem concurso, e que foi escolhida pelo Novo Banco para realizar uma auditoria à gestão anterior."

(Paulo Pena, Público de 17/11/2014) .

O resto da notícia pode ser lida clicando em baixo:

Quadros do Banco de Portugal que passam pelo Governo têm promoção garantida.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Mais um incompetente premiado: Vítor Gaspar já tem gabinete preparado no Banco de Portugal.

Na última edição do Expresso Miguel Sousa Tavares classificava o Banco de Portugal como a "brilhante escola de inúteis virtudes públicas".

Esta notícia confirma-o.

O Banco de Portugal é a cada vez mais a coutada dos futuros pensionistas de luxo e a prova de que, em Portugal, a incompetência continua a ser premiada.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Respigo da Semana...o caso BPN analisado por Carlos Neves:


Faço minhas as palavras do meu amigo Carlos Neves, escritas na sua página do facebook, e que aqui transcrevo:

O caso BPN não é só um caso de polícia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

por CARLOS A. A. Neves

"Ventura Leite, antigo deputado do PS disse no programa Negócios da Semana, de Gomes Ferreira, na SICN, que a intervenção do Estado no BPN ficou a dever se, não ao propalado "risco sistémico", mas pura e simplesmente para acautelar os interesses das pessoas que lá tinham o seu dinheiro.

"Para ver quem foram os beneficiários do "buraco do BPN" é ver quem eram os maiores accionistas e os maiores depositantes...
Entretanto, algumas destas pessoas sabem explicar muito bem o que se passou. Mas ninguém lhes pergunta...por exemplo Rui Machete sabe tudo de tudo e mais que tudo. Mas ninguém lhe pergunta por nada.
Estranho, não é?
E quem responde a algumas destas 17 perguntinhas a que ainda falta responder? O Expresso sobre isto não contará nada nunca. É garantido ou não tivesse o patrão que tem.

"As perguntinhas são:
"1. Se Vítor Constâncio não fosse um antigo dirigente do PS estaria ainda em funções no BdP?

"2. Se Vítor Constâncio fosse competente, e tivesse agido a tempo, tal teria travado o colapso do BPN?

"3. Se o BPN não fosse o Banco dos barões e baronetes do PSD teria havido “salvamento” dos acionistas do Banco com dinheiro dos contribuintes?

"4. Se não houvesse uma política tácita de partilha de tachos em conselhos de administração entre ex-políticos do PSD e do PS, teria havido uma política de indemnização a estes acionistas do BCP que elegeram, partilharam chorudos dividendos e aprovaram e fizeram vista grossa à gestão danosa e criminosa da administração do BPN?

"5. Porque não foi ainda detido ninguém envolvido nestas operações de branqueamento de capitais do BPN em Cabo Verde?

"6. A quanto montará a indemnização do megamilionário Luís Figo pelas suas ações no BPN?

"7. Onde está Oliveira e Costa, o maior responsável pela situação atual do Banco?

"8. Porque não quis Ferreira Leite falar aos Media sobre a nacionalização do BPN?

"9. Se Vítor Constâncio se queixou de não ter os meios suficientes para fiscalizar a ação da Banca portuguesa (como os casos do BCP e do BPN provaram) então porque não os exigiu e preferiu gastar energia a reclamar do Governo a substituição de toda a frota automóvel do conselho de administração do BdP?

"10. Qual a origem das avultadas verbas (300 milhões de euros?) que passavam sem registo contabilístico pelo “balcão virtual” da filial do BPN em Cabo Verde?

"11. Que interesses ligados aos do “Bloco Central PS-PSD” defendeu o PS quando recusou fazer ouvir pelo Parlamento os antigos responsáveis do BPN: Oliveira e Costa, Dias Loureiro, e Rui Machete?

"12. Porque é que Cadilhe, na sua resposta pública à nacionalização do BPN gastou tanto tempo a defender os interesses dos acionistas e omitiu completamente qualquer referência aos interesses dos mais de 300 mil depositantes?

"13. Onde estão (em que Banco) os milhões de euros ganhos na forma de dividendos pelos maiores acionistas do BPN?

"14. Que interesses obscuros de que acionistas serviu o governo ao nacionalizar o BPN, mas ao deixar de fora a Real Seguros um dos ativos mais valiosos da holding que detinha o BPN?

"15. Quanto dinheiro da nossa (de todos) Segurança Social foi enterrado pelo Governo nos cofres do BPN, mesmo depois de já se saber (desde 2007) das grandes dificuldades deste Banco? O valor de 900 milhões de euros referido por algumas fontes será verdadeiro?

"16. Qual a origem da extravagente lista de bens nos cofres do BPN que vão desde uma colecção do pintor espanhol Miró, uma colecção egípcia a moedas do Euro 2004?

"17. Quando há oito dias apenas o ministro das finanças garantia na RTP que não conhecia Bancos em dificuldades, mentia ou ignorava a escala dos problemas do PBN?”

sexta-feira, 13 de abril de 2012

SACANAS SEM LEI - 25 - Miguel Beleza “Aumento da idade da reforma vai ser definitivo”.




O sr. Miguel Beleza, tal como muitos outros ex-administradores do Banco de Portugal, ex-ministros das finanças e ex-administradores de empresas públicas, passam a vida a debitar opiniões, por essa imprensa fora, sobre os “altos salários” dos portugueses, sobre os “privilégios” dos professores e funcionários públicos” ou sobre “todos” os portugueses que “andaram a viver acima das suas possibilidades”.

Agora o sr. Miguel Beleza escolheu como tema do seu “tempo de antena” a urgência em obrigar os portugueses a reformarem-se cada vez mais tarde e, provavelmente, e de preferência, com reformas cada vez mais miseráveis, ao nível da pura indigência.

As premissas do sr. Miguel Beleza, para tentar influenciar os nossos governantes, que gostam muito da opinião dessa gente “prestigiada”, até podem estar correctas, mas o sr. Beleza não tem qualquer autoridade moral para se pronunciar sobre as reformas dos outros.

É que o sr. Miguel Beleza, que começou a trabalhar aos 29 anos, tendo sido administrador do Banco de Portugal entre 1987 e 1989 e governador do mesmo banco entre 1992 e 1994, por esses sete anos de “trabalho”, após 15 anos de descontos e aos 45 anos de idade, teve direito, em 1995, a uma reforma de …3 062 euros!!!!.

E não me venham dizer que isto é demagógico...demagogia é justificar até á nausea a austeridade que ele e os amigos nos andam a impor há vários anos, há pelo menos uma década. Demagogia é considerar que uns têm direito a ordenados de luxo porque "estão no mercado" e que os outros apenas têm direito a ordenados de "lixo" porque trabalhar e produzir não será tão prestigiante com especular no mundo financeiro...

Não é o único que vem para as televisões e para os jornais lançar “bitates” sobre a necessidade de contenção salarial, de aumentar a idade da reforma e de a reduzir para níveis da simples sobrevivência caritativa ou sobre “andarmos a viver acima das nossas possibilidades”.

Para saberem do que é que muitos desses falam quando falam desses temas, é consultar este post do blogue ANOVIS ANOPHELIS , sobre as reformas douradas do Banco de Portugal, o qual, apesar de ter sido publicado em 2006, mantem-se actual, até porque, a ter havido alguma alteração na situação, foi para acrescentar mais uns tantos ao rol.

Dos economistas referidos, apenas escapam, pela dignidade, Octávio Teixeira e Bagão Félix, ambos porque continuam a denunciar a cegueira das actuais politicas de austeridade e o último, também, por se ter recusado a receber a reforma a que tinha direito.

Os outros, como Miguel Beleza, andam por aí a influenciar o poder para fazerem cair sobre os cidadãos o ónus da sua incompetência e dos seus privilégios.

Essa gente devia ter vergonha quando fala, principalmente porque não têm autoridade para falar dos outros quando têm sido daqueles que mais beneficiaram de salários, reformas e vidas, essas sim acima das possibilidade deste país.

Um dia, quando se fizer a história da responsabilidade pela dramática situação em que vivem os cidadão deste país, não tenho dúvida que muitos desses, com Miguel Beleza, à cabeça, farão parte dessa galeria de cromos...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SACANAS SEM LEI : Governador do Banco de Portugal admite necessidade de mais medidas de austeridade para cumprir metas do Orçamento de Estado.



No mesmo dia em que surgiu a notícia onde se revelava que os "colaboradores" do Banco de Portugal não serão privados do subsidio de Férias e do 13ª mês, ao contrário do que irá acontecer aos restantes trabalhadores do estado, o governador do Banco de Portugal  vem defender a necessidade de mais medidas de austeridade.
...e esta gente dorme bem de noite?

terça-feira, 3 de maio de 2011

VITOR CONTRA VITOR: Banco de Portugal actuou de forma irregular ao fazer depósito de 9,87 milhões de euros em banco público - Economia - PUBLICO.PT


Banco de Portugal actuou de forma irregular ao fazer depósito de 9,87 milhões de euros em banco público - Economia - PUBLICO.PT (clicar para ler a notícia).

O Banco Central Europeu (BCE) que tem na vice-presidência Vitor Constâncio, questiona as contas do Banco de Portugal (BdP)  referentes a 2010 por causa de uma grave irregularidade cometida em Maio do ano passado, quando Vitor Constâncio era o governador deste banco.
E quem é que o BCE cahama para justificar a ilegalidade? O vice do BCE, responsável por essa irregularidade? Não...chama a actual direcção do BdP!!!!
Ou seja, o sr Vitor Constâncio, que recebeu em sete meses de vice-presidente do BCE quase 200 mil euros de ordenado, desempenhou como uma das "trabalhosas" tarefas que justificam o seu ordenado a análise das contas e das irregularidades aí detectadas por parte do BdP que era, há data dos factos, dirigido pelo mesmo... Vitor Constâncio.
Vitor Constâncio que é um dos principais rostos do descalabro financeiro de Portugal, que deixou o BPN e o BPP chegarem onde chegaram, que foi premiado com um "tacho" no BCE, e que, sabe-se agora, foi responsável por uma grave irregularidade naquele banco, faz agora o papel de anjinho, como se nada tivesse a ver com o assunto!!!
E esta gente consegue dormir descansado ou cruzar-se com os seu cidadãos sem sentir uma ponta de vergonha? Pelos vistos consegue, pois esse senhor já anda por aí a mandar bocas em tudo o que é comunicação social sobre a situação portuguesa para cuja gravidade ele tanto contribuiu... 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

BPN - COMO CIDADÃO SACRIFICADO E CONTRIBUINTE EXIJO RESPOSTAS...

Profissionalmente, comecei o ano com a notícia de que me vão aumentar o horário de trabalho, para além do já previsto corte salarial (vou passar a receber menos que em 2005).

Dizem que temos de fazer sacrifícios. Penso que toda a gente estava disponível para fazer sacrifícios, até mais do que os actuais, se fosse pelo desenvolvimento do seu país e pelo futuro dos seus filhos.

Mas não é nesse sentido que vão os sacrifícios pedidos.

Os verdadeiros objectivos são:

PRIMEIRO: - “acalmar os mercados”, uma espécie de entidade omnipresente e aparentemente sem rosto que vive do saque económico e dos “sacrifícios” dos cidadãos.

Como se viu ainda hoje, os tais “mercados”, que se comportam como hienas, não se acalmam assim. Aumentar “o sangue dos sacrifícios” só atrai mais hienas, cada vez mais agressivas;

Só conheço um país que conseguiu acalmar esses”mercados”, foi a Argentina, aqui há uns anos atrás.

O presidente de então, já falecido, perante uns “mercados” que, lá como cá, perante a desgraça que aquele país atravessava, “ajudavam-no” com aumentos incomportáveis de juros, disse aos “mercados” mais ou menos isto: os juros que nos impõem são pura ladroagem. Por isso, ou aceitam um juro que me parece justo para a Argentina (e avançou um número que rondava os 3%) ou nós não pagamos.

Depois de muito bracejarem, as hienas dos “mercados” acabaram por ceder, para não perderem tudo, e a Argentina saiu da crise. Esta devia ser a atitude da Europa, ou, perante a falta de solidariedade no seu seio, do grupo conjunto de países que estão a ser saqueados, os célebres PIIGS (+ B,de Bélgica) .

Mas isto era se tivéssemos lideranças políticas que defendessem os seus cidadãos contra a pirataria dos “mercados”.

Acontece que a maior parte desses políticos estão comprometidos, do ponto de vista pessoal, económico e político, com esses mesmos “mercados”. (São esses "mercados" que lhes dão emprego quando se reformam da política e é para esses "mercados" que eles governam).

E é esta situação que nos leva ao SEGUNDO objectivo desses sacrificios, oculto mas real, que é o de tapar o buraco aberto pelos esquemas fraudulentos do BPN e do BPP.

Segundo dizem, o buraco do BPN ronda os 5 mil milhões de euros, o dobro do que o Estado pensa arrecadar com os “sacrifícios” exigidos aos funcionários públicos e com os aumentos de impostos.

E pelo que parece esse buraco não vai ficar por aqui, pois já se fala em injectar mais 2 mil milhões nesse banco, ou seja, no total cerca de 5% do PIB nacional enterrado, a maioria sem retorno, naquele banco sem futuro.

Salvar e continuar a alimentar os saqueadores, os especuladores e os corruptos, eis os verdadeiros objectivos dos sacrifícios que nos são pedidos.

Por isso, e já que vou pagar com o aumento do horário de trabalho, com um significativo corte salarial e com o pagamento de mais impostos, exijo, aos nossos políticos, aos nossos tribunais, aos nossos comentadores de economia e aos jornalistas de investigação, respostas para as seguintes perguntas sobre o BPN:

- Quem foram os indivíduos do meio político, económico e financeiro que beneficiaram com as fraudes do BPN e quais os valores realmente envolvidos?;

- Quem são os mais de 300 accionistas desse banco e quais as responsabilidades de cada um deles no esquema fraudulento que o arruinou?;

- Quais as ligações político-partidárias com esse banco (por exemplos, que campanhas eleitorais foram pagas por ele)?;

- Que responsabilidade tem o Banco de Portugal, nomeadamente o seu antigo presidente Victor Constâncio, na forma como ignorou os vários avisos de alerta para o esquema fraudulento em que assentava o funcionamento desse banco (nomeadamente uma reportagem da revista Exame de 2001 e que custou o despedimento do director de então desta revista, o jornalista Camilo Lourenço, por pressão da administração do BPN)?;

- Porque não se tomou desde logo a medida mais correcta e com menos custos para o erário público, que seria a dissolução do banco, integrando os trabalhadores que fosse possível na CGD, pagando as indemnização a quem tivesse direito, garantindo os depósitos dos clientes que não estivessem envolvidos no esquema fraudulento, e  congelando os bens de todos os administradores do banco e dos seus accionistas, até apuramento de todas as responsabilidades?;

- Sabendo-se que a “marca” BPN está definitivamente queimada, o que é que por lá continuam a fazer 7 administradores, 7, nomeados pela CGD, (4 a tempo inteiro) e porque é que se mantém esse banco a funcionar?;

- Qual o custo para a CGD e para os contribuintes, do prolongamento artificial de um banco sem futuro?;

- Porque é que, ao nacionalizar o BPN, não se nacionalizou a Sociedade Lusa de Negócios? Quem se procurou proteger e beneficiar com esta atitude?;

- Por último, até que ponto o salvamento desse banco não serve como moeda de troca, entre os barões do PS e do PSD, para esconder a situação de outros bancos, nomeadamente a do BPP?.

Já que, como cidadão deste país, me vou sacrificar para salvar o buraco provocado pelo BPN e por outros “produtos tóxicos” do meio financeiro, tenho direito a saber um dia as respostas a estas perguntas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SACANAS SEM LEI - 9 - Redução de salários no Banco de Portugal quebra princípio da independência, diz o BCE

...esta, então, dava vontade de rir, se não fosse para chorar:

Redução de salários no Banco de Portugal quebra princípio da independência, diz o BCE - Economia - PUBLICO.PT (clicar na frase para ler notícia).

O BCE, que tanto defende os cortes salariais de quem trabalha e produz e tanto protege os meios financeiros que nos levaram para esta situação, vem agora em defesa dos seus "colegas" do Banco de Portugal.
Para essa gente, todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros...
Aqui deve haver mão do sr. Constâncio, que vem tentar "salvar" os seus amigos que por cá deixou.
...com tal gente a decidir, o projecto Europeu parece ter os dias contados...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SACANAS SEM LEI - 3 : Banco de Portugal, sobre o Défice de 2011: medidas "não parecem ser suficientes"

Segundo foi hoje divulgado pelo Banco de Portugal, referindo-se ao Défice de 2011, as medidas "não parecem ser suficientes" .
Todos sabemos do que é que fala esta gente quando se refere a contenção orçamental e à necessidade de novas medidas: mais cortes salariais (curiosamente o Banco de Portugal não sofrerá estes cortes!!), mais cortes nas despesas sociais, aumento de impostos e corte nos investimentos públicos, num círculo vicioso sem fim.
Aliás, tanto a Irlanda como a Espanha, que já fizeram há algum tempo o mesmo que está a ser feito agora em Portugal, ainda não viram a sua situação a melhorar, continuam a ser atacados pelos piratas das agências de rating e os seus déficites continuam a crescer.
Mesmo em Portugal os juros da dívidas, cuja contenção foi a desculpa para as actuais medidas, continuam práticamente inálteráveis.
O que ganhámos, segundo o FMI, é o anúncio de uma recessão que vai agravar o desemprego e reduzir a produção.
Aliás, não deixa de ser curioso que o próprio FMI, que nas semanas anteriores foi o único a bradar, contra os comentadores e economistas deste país à beira mar plantado que a sua intervenção não seria necessária, vem agora implicitamente criticar e demonstrar o erro das medidas por cá tomadas.
Não dúvido que é necessário tomar medidas, mas não as de sempre.
Essas medidas, que deviam ser tomadas pela UE no seu conjunto, passam por ilegalizar ou penalizar os capitais que fogem aos impostos para os off-shores, cortar nas benesses dos administradores de bancos e de grandes empresas, nivelar as reformas milionárias a um tecto que, no caso de Portugal, não devia rondar os 4 mil euros e, de tudo o mais importante, ter um projecto de futuro para a Europa e os europeus.
Até lá, podem continuar a cortar nos ordenados e nos investimentos, aumentar os impostos e destruir o que resta do Estado Social, que não vão resolver nenhum problema, antes pelo contrário, vão provocar o naufrágio, eventualmente de forma violenta, do projecto europeu.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Os "Senhores" 1%...

Segundo as notícias (aquelas que passam em nota de rodapé para ninguém ler…) o ministro das finanças autorizou que os administradores do Banco de Portugal (BdP) fossem aumentados nos seus salários em 1%.

Claro que esse aumento pouco vai pesar nas contas públicas pois abrange pouca gente. Contudo, tendo em conta as regalias e os ordenados dessa gente, 1% é um valor significativo.

A decisão é tanto mais discutível quanto: primeiro, deviam ser os mais privilegiados em termos salariais a dar o exemplo de contenção ; segundo, estamos perante uma instituição que é conhecida por passar a vida a recomendar contenção salarial (para os outros); terceiro, é a principal responsável, a nível nacional, pela grave crise financeira que nos atinge a todos.

A não ser que se queira premiar o desempenho. Mas que desempenho?: ter errado quase sempre as previsões? ; ter acordado tarde para a crise financeira? : não ter feito o que se exigia dela, que era o de fiscalizar os excessos da banca e que levaram o país para a bancarrota? .

Aguardo com curiosidade os comentários sobre este tema dos ex-ministros das finanças, dos banqueiros, dos economistas e dos comentadores de economia que todos os dias nos vêem apresentar como panaceia para a crise a redução dos salários (dos outros)…

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Constâncio - ...finalmente está de partida!

Assisti há pouco, pelo canto do ouvido, a parte do discurso da tomada de posse do novo governador do Banco de Portugal (BdP).

No meio do hermetismo do “financeirês” detectam-se algumas ideias base da “ideologia” financeira de Carlos Costa a qual, apesar de não fugir muito à ortodoxia totalitária do actual modelo único do pensamento económico, pareceu algo preocupado com os efeitos da crise junto das pequenas e médias empresas.

Quanto ao resto, temos mais do mesmo:

- contenção orçamental ( o mesmo é dizer, cortes no Estado Social, na função pública e aumento de impostos, directos ou indirectos);

- contenção salarial ( um discurso que já cansa, vindo daqueles cujo exemplo de contenção salarial para os próprios ou os próximos os deslegitima logo à partida, num país onde os salários já são os mais baixos da zona euro);

- aumento das poupanças e das exportações (como é que isso é possível, com a tal contenção orçamental e salarial, com a destruição do aparelho produtivo nacional e com o estrangulamento do mercado interno graças ao aumento do desemprego e aos baixos salários que, segundo as entrelinhas do seu discurso, devem continuar congelados se não mesmo alvo de cortes radicais?).

A única vantagem deste novo governador parece ser a sua competência técnica, que pode contribuir para dar uma maior credibilidade aos “mercados”.

Outra das vantagens, é vermo-nos livre do mais incompetente de todos os governadores do BdP, que, ao longo destes últimos dez anos, deixou a situação financeira em Portugal chegar onde chegou, permitiu todos os desvarios do sistema bancário português e usou e abusou da sua situação para benefício das sua carreira política e pessoal e da dos amigos, dando um mau exemplo da tal “contenção” e seriedade que exigia aos outros.

Se Carlos Costa quisesse dar uma imagem de seriedade, como exemplo da necessária contenção que apregoa, começaria por cortar nas regalias salariais e sociais do actuais e anteriores governadores e gestores do BdP, criando condições para estender essas medidas ao restante sector bancário e financeiro. Por exemplo, nenhum salário pago no BdP podia ser superior ao auferido pelo Presidente da República, e nenhuma reforma podia ser paga acima de metade desse valor, cortando as reformas daqueles que a acumulam com outras reformas ou com outros salários.

Assim sim, todos aceitaríamos mais facilmente as medidas de contenção preconizadas.