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sexta-feira, 1 de maio de 2020

Fotografias originais do 1º de Maio de 1976, tiradas por mim em Lisboa



Terá sido o meu primeiro de Maio passado fora de Torres Vedras.

A Constituição tinha sido promulgada em 2 de Abril e O PS tinha acabado de vencer as eleições legislativas de 25 de Abril e já se mediam forças para as primeiras eleições presidências, a realizar em 27 de Junho  e autárquicas, que seriam marcadas para 12 de Dezembro.

Depois da expulsão de Mário Soares do 1º de Maio de 1975, marcando o inicio do período mais quente do PREC, seis meses depois do 25 de Novembro, ainda na vigência do VI Governo Provisório de Pinheiro de Azevedo e sob a presidência de Costa Gomes,  o 1º de Maio de 1976 foi marcado pela grande divisão à esquerda com cinco manifestações em Lisboa, em locais diferentes.

Outro acontecimento marcou esse dia, logo pela madrugada, um atentado terrorista perpetrado pela extrema-direita ligada ao ELP/MDLP, então em franca actividade (semanas antes tinha sido assassinado o padre Max, padre progressista ligado à UDP).

Esse atentado, na Avenida da Liberdade, visava a sede do PCP, matou um jovem trabalhador de 15 anos que por ali passava inadvertidamente pelas 6.35 da manhã, a caminho do trabalho,  e feriu mais seis pessoas. Os Responsáveis pelo crime nunca foram identificados, mas alguns dos mandantes, ligados à rede terrorista da extrema-direita, vieram a integrar-se, nos anos seguintes, em partidos como o PSD e o CDS, onde até chegaram a desempenhar cargos de relevo.

Aquele atentado atingiu ainda alguns pavilhões da Feira do Livro que ia abrir por esses dias, e que então se realizava na Avenida da Liberdade.





Nesse mesmo dia Otelo Saraiva de Carvalho assumiu-se como candidato às eleições presidências, candidatura que eu vim a apoiar.

Foi muito disso que eu acabei por documentar, nalgumas das mais antigas fotografias tiradas por mim, com uma máquina emprestada e a preto e branco, em pequeno formato, fotografias que descobri recentemente e que digitalizei, não sabendo do paradeiro dos negativos.

Nessas fotografias mostro um carro e um pavilhão da feira do livro destruídos pela bomba terrorista e fotografias da manifestação do Primeiro de Maio realizada no Terreiro do Paço, penso que organizada pelo MRPP.





Para melhor documentar essas fotografias, incluo algumas páginas e notícias do Diário de Lisboa de 3 de Maio de 1976.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O Regresso da Feira do Livro


E vão 85 anos...

Contra ventos e marés, contra mudanças e repetidos anuncios de decadência, contra críticas várias, a festa do livro regressa mais uma vez a Lisboa a Parque Eduardo VII.

Aqui ficam algumas das primeiras imagens e anuncios promocionais de algumas das actividades deste ano.

A partir de hoje à tarde já a podem visitar.








quinta-feira, 29 de maio de 2014

Começa hoje a 84ª Feira do Livro de Lisboa

Tem hoje início mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa.

Nem que seja pelo passeio e pelo desfrute de um dos lugares com melhor vista sobre Lisboa, vale a pena visitá-la todos os anos:

84ª Feira do Livro de Lisboa (clicar para ver programação)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

ATÉ 13 de Maio : Feira do Livro de Lisboa

 Foi inaugurada na passada terça-feira, dia 24 de Abril, mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa.
O certame decorrerá até ao próximo dia 13 de Maio.
Tinha programado visitá-la ontem, mas o mau tempo levou-me a adiar essa visita. 
É sempre uma festa essa Feira do Livro, apesar de todas as polémicas que envolvem sempre a sua realização.
Para mim o espaço em que decorre é optimo e penso que a sua actual estrutura é a mais adequada para uma Feira que deve manter o espírito popular que a caracteriza.
Só assim serão conquistado mais e novos leitores para um sector sempre em crise.
Mais informações sobre a iniciativa podem ser consultada no site oficial da Feira:

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Feira do Livro de Lisboa abre hoje.


Feira do Livro de Lisboa abre hoje (vídeo) - Expresso.pt (clicar para ler a notícia).

Hoje é dia de abertura da Feira do Livro.

Este foi um acontecimento que me acompanhou ao longo da vida.

Ainda me recordo quando ela se realizava na Avenida da Liberdade. Tenho na minha posse uma série de fotografias, em formato analógico, de um dia em que me deparei com o triste espectáculo da destruição de alguns dos pavilhões dessa feira, resultado de um atentado terrorista perpetrado pela extrema-direita, aí no final da década de 70.

A mudança para o Parque Eduardo VII parece-me ter sido mais adequado, facilitando a mobilidade entre pavilhões e dando mais espaço para o convívio ou para se ficar por ali, sentado num banco ou na relva a desfolhar os livros comprados.

De forma mais ou menos irregular tenho frequentado essa grande festa do livro, pese toda a polémica, quanto a mim mesquinha e inócua, sobre a animação desse espaço.

Apesar de toda a concorrência dos outros meios de comunicação, esta continua a ser a grande festa do livro em Portugal, onde é possível cruzarmo-nos com o famoso do momento, o autor mais prometedor, o desconhecido que procura dar os primeiros passos no exigente mundo do livro, ou, “simplesmente”, reencontrar velhos amigos de quem perdemos o rasto há muitos anos.

O encontro mais memorável dessa feira foi um que tive, nos idos de 30 de Maio de 2003, no stand da Teorema, com Quino, o autor de Mafalda.

Andava a percorrer aquele espaço com a minha família, quando me deparei com o anuncio da presença daquele famoso cartoonista argentino no stand dessa editora. Faltava apenas meia-hora para a presença anunciada, pelo que decidi esperar por ali os minutos que faltavam.

À hora marcada, penso que pelas 16.30, lá apareceu Quino, com quem desde logo encetei algum diálogo, mostrando-se surpreendido com o êxito que a Mafalda tinha em Portugal.

A sua presença era para o lançamento de um livro que reunia vários dos seus cartoons mais recentes, intitulado “Tanta Bondade”. Segundo me disse, há muitos anos que havia abandonado a série Mafalda.

Entretanto ia desenhando alguns cartoons para os fãs que estavam à minha frente, até que chegou a minha vez e, então começou a surgir a incontornável Mafalda na folha em branco do livro, enquanto Quino ia dizendo ser esta a primeira vez, desde há muitos anos, que voltava a desenhar aquela.

Com orgulho continuo a exibir aos meus amigos o meu mais valioso autógrafo, que reproduzo aí em baixo.

O tempo não é muito, mas penso regressar este ano àquele agradável espaço de cultura e comunicação.