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terça-feira, 31 de outubro de 2023

A ONU e os “Incoerentes”


Todos os países que fazem parte da ONU, cerca de 200, assinaram a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Infelizmente são poucos os que cumprem os princípios desses documentos, ao mesmo tempo que ignoram a maior parte das resoluções aprovadas pelo Conselho de Segurança e pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Quando terminou a “Guerra Fria”, nos anos 90 do século XX muitos viram o início de uma nova era de paz e de respeito pelos Direitos Humanos, alguns até preconizaram o “fim-da-história”, num mundo “iluminado” pela democracia e pela liberdade.

Infelizmente não foi o que aconteceu.

O clima de violência generalizado, a proliferação do populismo de extrema-direita e de “democracias” “iliberais”,  o aumento de guerras de grande intensidade, aliados aos graves problemas climatéricos, acelerados pelo o domínio da selvajaria do capitalismo neoliberal capturado pelo corrupto mundo financeiro ( fruto da lavagem de dinheiro de várias máfias ligadas à especulação imobiliária, ao negócios do armamento e ao tráfico de droga) , destruíram a oportunidade de construir um mundo de paz, democracia, liberdade, prosperidade e de respeito pelos Direitos Humanos.

A incapacidade de reformular a ONU foi o principal factor que nos levou ao ponto onde estamos.

Os Estados Unidos, que começaram a desvalorizar aquela instituição e as suas associadas (como a Unesco, a Unicef, a OMS, a OIT, entre outras), agindo muitas vezes à revelia dessas instituições, ou a China e a Rússia, com sonhos imperialistas, travaram qualquer reforma no funcionamento dessa instituição, nomeadamente impedindo a revisão do direito de veto, que trava qualquer acção da ONU e desrespeita a crescente importância global de outros países, como o Brasil, a Argentina, o México, a África do Sul ou a Índia e travando o acesso, por razões históricas ultrapassadas pelo fim da Guerra-fria, de países importantes como a Alemanha ou o Japão, sem esquecer outras nações com dimensões importantes, quer do ponto de vista demográfico, quer do ponto de vista económico, como o Canadá, a Austrália, a Indonésia ou o Egipto e a Turquia.

Essa reforma, para tornar a ONU funcional, devia abandonar o direito de veto, substituindo-o pela maioria qualificada e reforçando o papel da Assembleia Geral, alargando o número de membros permanentes do Conselho de Segurança e reforçando o papel de uma força militar de manutenção da paz, papel que, na actualidade, está entregue ao livre arbítrio da NATO, controlada pelos Estados Unidos, organização militar que, depois do final da guerra-fria, abandonou as suas caracteristicas defensivas, intervindo militarmente em muitos sítios (ex-Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia…),  agindo várias vezes  à revelia das decisões da ONU .

Para analisar a incoerência de muitos dos países que fazem parte da ONU em relação à defesa do Direito Internacional e dos Direitos Humanos, basta analisar o sentido de voto de muitos desses países em duas ocasiões recentes, condenando a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia ou, agora, defendendo a criação de corredores humanitários para salvar os civis da Faixa de Gaza.

A boas notícia, comparando essas duas  votações, a 1º de 12 de Outubro de 2022 defendendo a integridade territorial da ONU, à luz da Carta das Nações Unidas, a segunda de 27 de Outubro de 2023, defendendo o direito de Protecção humanitária em relação à populações da Faixa de Gaza, é que houve 79 países que, coerentemente, votaram a favor de ambas as resoluções, pese o facto de alguns desses votantes o fazem de forma hipócrita, já que, muitos deles, não respeitam os mais elementares Direitos Humanos dos seus próprios cidadãos, como é o caso, por exemplo, do Afeganistão e da Arábia Saudita.

É também boa notícia que, entre os que, de forma coerente, votaram favoravelmente ambas as resoluções, estão Portugal e outros países da União Europeia como a Bélgica, a Irlanda, o Luxemburgo, Malta, Eslovénia e Espanha. Entre os países europeus que não pertencem à EU, também votaram, em coerência, Andorra, Bósnia, Liechtenstein, Moldávia, Noruega e Suiça.

Destacam-se ainda, na coerência da defesa da Carta da ONU, países como Angola, Argentina, Brasil, Guiné-Bissau, México, Marrocos, Nova Zelândia, Timor-Leste e Turquia.

A má notícia é que muitos países, em especial a maior parte dos membros permanentes do Conselho de Segurança, não se encontram na lista desses 79 países, mostrando que só respeitam os “Direitos” de acordo com os seus projectos políticos ou os seus preconceitos ideológicos. Entre esses membros permanentes, apenas a França aprovou ambas as resoluções.

Ainda pior é a falta de coerência, reveladora dos dois pesos e duas medidas, de 21 dos 27 países da União Europeia !!!???. Sem esquecer a escandalosa posição da Ucrânia!!!

Com essa diferente votação, muitos desses países deixam de ter “moral” para falar em Direitos Humanos ou em respeito pelo Direito Internacional.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Palestina- Israel – A única manifestação na qual me sentiria bem!


A propósito do horrendo ataque do Hamas e da resposta criminosa do exército Israelita, têm tido lugar, um pouco por todo o mundo, manifestações para todos os gostos.

Todas elas têm em comum o ódio pelo adversário e o radicalismo de algumas mensagens.

Tenho todo o respeito pelas vítimas do Holocausto e defendo o direito de os judeus terem uma pátria.

Infelizmente, os últimos governos judeus de Israel cospem todos os dias na memória do Holocausto e no respeito pelas suas vítimas, quando fazem aos palestinianos o mesmo que os nazis fizeram, ou instigam ao ódio contra quem pensa de modo diferente.

Tenho respeito pela luta do povo palestiniano, pelo seu direito de existir nas terras e nas casas dos seus antepassados, e têm toda a razão em acusarem o poder Israelita de racista e criminoso, no modo como os vem tratando há décadas.

Infelizmente, os que os dizem representar, ou caíram na mais abjecta corrupção, como a autoridade palestiniana, ou abraçarem a causa criminosa e terrorista do Hamas, conspurcando a memória dos que lutaram pelo direito da sua existência.

As comparações absurdas que se veem por aí não ajudam à conciliação ou à resolução do problema.

Em primeiro lugar, a comparação não deve ser entre o Hamas e Putin, mas entre o Hamas e os bandos criminosos que pululam, desde 2014, na massacrada Ucrânia, como os bandos de assassinos do Batalhão Azov ou do Grupo Wagner, entre outros.

Se devemos comparar o criminoso Putin a alguém, é com o criminoso Netanyahu. As acções de ambos estão listadas como crimes de guerra por organizações como a ONU e a Amnistia Internacional, entre muitas outras. No Tribunal Penal Internacional está pendente, desde 2014 (??) uma queixa contra os crimes de guerra do exército israelita e do Hamas, embora só a Palestina seja subscritora da adesão a esse tribunal, ao contrário de Israel (porque será?), assim como não a subscreveram a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos (porque será, também???). Aquele tribunal foi célere a condenar Putin, mas arrasta-se na condenação ao Hamas e a Netanyhau, mostrando que funciona com dois pesos e duas medidas

Em segundo lugar, comparar o número de hospitais destruídos pela aviação israelita em Gaza com o número de hospitais destruídos pela Rússia na Ucrânia , para desvalorizar os ataques israelitas, com já vi por aí, é outra falácia. Estamos a comparar um país, como a Ucrânia, um país de mais de 600 mil Km2, maior que toda a Península Ibérica, o maior país da Europa depois da Rússia, com 40 milhões de habitantes, com a Faixa de Gaza, com uma área equivalente a metade do Algarve, onde vivem 2 milhões de pessoas. Logo, em Gaza, o número de hospitais não é comparável com o número de hospitais existentes num país como a Ucrânia. Logo, a destruição de um hospital em Gaza equivale a dezenas de hospitais na Ucrânia.

Na guerra da Ucrânia, que dura há quase dois anos, já foram mortos cerca de 10 mil civis, entre os quais mais de 500 crianças. Nos bombardeamentos a Gaza, em menos de um mês, foram mortos quase 5 mil civis, mais de 1000 dos quais são crianças (também já li e ouvi justificações abjectas para este número, com a desculpa da população jovem de Gaza!!!).

Quem condena, e bem, os crimes de guerra da Rússia na Ucrânia, tem de condenar, com a mesma veemência, quer a criminosa acção do Hamas, quer a continuada acção criminosa do exército Israelita.

Aliás, existem muitas interrogações sobre a acção do Hamas. Quem conhece a região, altamente vigiada, onde um simples coelho, que passe uma vedação da fronteira Gaza para Israel, dá logo alarme, interroga-se com foi possível que aquele ataque terrorista e criminoso do Hamas pudesse ter sido possível, ainda por cima com a duração de horas, sem que houvesse um simples alarme. Se tivermos em atenção que o principal a beneficiar com essa acção foi o enfraquecido governo extremista de Netanyahu, este tem muito que explicar, quando as coisas se acalmarem.

Por tudo isto, no meio das muitas manifestações e contra - manifestações que se vão realizando por todo o mundo, a favor ou contra Israel e a Palestina, a única manifestação justa, e na qual eu me sentiria bem, seria aquela que juntasse judeus e palestinianos condenando, ao mesmo tempo, os crimes do Hamas e os crimes do governo de Netanyahu.

Infelizmente, neste mundo polarizado e de cegueira colectiva, tal não vai ser possível.

Temo, como dizia Gandhi,  vamos continuar na lógica do “olho por olho, dente por dente”, até ficarmos todos cegos.

NOTA FINAL : uma palavra se solidariedade para com o Secretário Geral da ONU, António Guterres, pela sua coragem e pelo facto do ataque feroz a que foi sujeito pelo representante e pelo governo de Israel, envergonhando, mais uma vez, a memória das vítimas do Holocausto.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Paralelos!!!???

 


Os nazis começaram por retirar aos judeus as suas casas, as suas propriedades, os seus bens.

Os extremistas judeus começaram por expulsar os árabes palestinianos das suas casas, das suas propriedades e dos seus bens.

Os nazis enfiaram os judeus em ghettos, onde estes "viviam" em condições sub-humanas.

Os extremistas judeus enfiaram os palestinianos em “campos de refugiados”, sendo a faixa de Gaza o maior gheto de palestinianos, onde estes vivem em condições sub-humanas há décadas.

Quando os judeus do ghetto de Varsóvia se revoltaram, recorrendo a actos “terroristas” para atacar os seus opressores nazis, estes responderam bombardeando e invadindo o ghetto de Varsóvia, extreminando judeus, matando mulheres, velhos e crianças e enviando os sobreviventes para os campos de extermínio.

Quando uma facção violenta e extremista dos palestinianos usou o terrorismo contra civis israelitas indefesos (a maior diferença em relação ao que relatámos anteriormente), o exército israelita, a mando de um governo extremista, da família politica do assassino de Rabin, iniciou a vingança, com bombardeamentos indiscriminados contra a população civil de Gaza, hospitais, escolas, campos de refugiados da ONU, crianças (vai são mais de mil mortas), mulheres e velhos, fazendo recordar o ataque ao ghetto de Varsóvia, cuja violência dos bombardeamentos  nada fica a dever à violência dos nazis contra populações indefesas.

Só falta o extreminio total dos palestinianos (o “parcial” já dura há décadas), para a "comparação" ser completa, mas os próximos tempos vão-se aproximar disso.

O povo judeu e o povo palestinianos não mereciam tal horror.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

O cobarde ataque terrorista do Hamas contra populações indefesas, o cobarde bombardeamento indiscriminado de Israel contra populações civis…e a retórica “pipi” da Comissão Europeia…



Todo o acto terrorista é um acto de hedionda cobardia, tendo por norma disparar ou lançar bombas contra populações indefesas.

Foi isso que fez o Hamas em território Israelita.

Qualquer Estado, mesmo um Estado governado por extremistas, como acontece em Israel, tem o direito de responder para punir os responsáveis por esses actos.

A resposta legitima ao ataque cobarde do Hamas, tem, contudo, que ser proporcional, não pode ser indiscriminado, nem justifica responder à barbárie com a barbárie.

Sem surpresas, dado o “histórico”, é isto que o Estado de Israel, governado por um criminoso de guerra, apoiado por religiosos fanáticos fundamentalistas, está a fazer, em linha com o que já vinha fazendo noutros territórios palestinianos, mesmo antes daquele criminoso atentado terrorista.

Por isso não nos surpreende a violência indiscriminas dos cobardes bombardeamentos da artilharia e da aviação israelita que não poupam escolas, campos de refugiados, organizações não governamentais, representantes da ONU e hospitais.

Surpreende-nos a lentidão ou a falta de condenação a esses actos por parte de uma Comissão Europeia que responde de imediato a qualquer acto idêntico por parte da Rússia no território Ucrâniano.

Surpreende-nos sim os “dois pesos e duas medidas” da Comissão Europeia, apoiando um criminoso, como o primeiro-ministro israelita, contra quem pendem várias condenações na ONU e no Tribunal Penal Internacional e denuncias de crimes de guerra por parte da Amnistia Internacional.

O povo palestiniano, o povo judeu e o povo ucraniano sofrem do mesmo mal, atacados por governos terroristas, governados por criminosos de guerra.

A Comissão Europeia, com o seu discurso “pipi”, perde assim toda a legitimidade para condenar Estados criminosos, quando apoia, sem pestanejar, um Estado que pratica crimes de guerra e, mais grave, torna a União Europeia irrelevante no palco internacional.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Os Massacres hediondos e os massacres “fofinhos”.


Há muitos anos conheci um amigo do meu pai, piloto da Força Aérea Portuguesa, homem da oposição, mas que, por razões profissionais, tinha combatido na Guerra Colonial, participando em bombardeamentos, na Guiné, sobre aldeias dominadas pelo PAIGC.

Ele sabia que tinha participado em massacres sobre a população civil, obedecendo às ordens do governo português e, porque não teve outra opção a não ser participar nesses massacres, considerava que o mínimo que podia fazer era denunciar esses crimes e desmentir a tentativa das autoridades do Estado Novo de negarem a realização desses massacres, já que ele tinha participado neles, a mando dos seus superiores hierárquicos.

Dizia ele que, apesar de tudo, como lá de cima não via o resultado dos bombardeamentos, não assistindo ao horror no terreno, como acontecia com tropas de infantaria, tinha evitado ficar traumatizado para vida. Mas não desistia de denunciar a situação junto de quem o ouvia.

Anos depois, aí pela década de 1980, conheci um mercenário, também piloto da Força Aérea, que tinha combatido na Força Aérea Israelita, e que  confirmou a actuação dessa força aérea, tendo participado em bombardeamentos sobre aldeias palestinianas, a mando do governo de Israel. Também ele lamentava o sucedido e tinha consciência que, nesses bombardeamentos, tinha massacrado populações civis, e, por isso, sentia-se com legitimidade para denunciar as tentativas dos governos de Israel de branquear a situação, o que lhe custou o emprego.

Nessa guerra fratricida entre Israelitas e Palestinianos, nenhum dos lados tem as mãos limpas de sangue, entrando-se num carrocel imparável de horror.

Como dizia Gandhi, entrando na lógica do "olho por olho, dente por dente", todos acabaram cegos.

Foi isso que aconteceu, mais uma vez, no passado Sábado, coma actuação terrorista e hedionda do Hamas em solo Israelita.

Israel tem o direito de, neste caso em concreto, retaliar contra os terroristas do Hamas, mas, se quer mostrar que é diferente, tem de actuar com discernimento e de forma cirúrgica, evitando massacrar ainda mais a população palestiniana, atirando-a para os braços dos extremistas islâmicos.

Com os meios que tem, de apoio aéreo, de acesso a satélites e a armas sofisticadas, com o uso da mais avançada tecnologia militar, apoiado pelos serviços de informação dos Estados Unidos, Israel, se se quer demarcar da barbárie, tem o direito de retaliar, mas tem a obrigação de evitar os massacres de outros tempos.

Infelizmente não é isso que temos visto, nas imagens de bombardeamentos à Faixa de Gaza, que em tudo nos fazem recordar a acção dos nazis no Ghetto de Varsóvia.

Infelizmente, mais uma vez, assistimos ao velho princípio dos dois pesos e duas medidas, em que uns massacres são hediondos, e são, mas outros, se forem realizado por “amigos”, são “fofinhos”.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

…Outra vez???


Quando a Rússia invadiu ilegal e criminosamente a Ucrânia, em 24 de Fevereiro de 2022, a condenação por esse acto hediondo foi generalizada, e bem.

O problema é que esse dia, mais do que um ponto de partida no conflito interno que existia na Ucrânia, desde o golpe fascista (sim, fascista, sem aspas) do “Maiden”, em 2014, foi um ponto de chegada de um período marcado pela perseguição mútua, muitas vezes com o recurso a acções criminosas, como o célebre incêndio do sindicato em Odessa ("pró-russos" queimados vivos dentro da sede), entre as populações ucranianas e as de origem russa, situação que foi o pretexto para o ditador Putin ocupar a Crimeia e apoiar as milícias do Donbass.

A situação de pré-guerra civil que se viveu na Ucrânia, entre 2014 e 2022, provocou cerca de 10 mil mortos de ambos os lados, e permitiu o aparecimento e fortalecimento de milícias terroristas, de tipo fascista, em ambos os lados da barricada, como o Batalhão Azov,  o Grupo Wagner ou os bandos de criminosos pró-russos do Donbass.

Ou seja, condenar a violação do direito internacional e os actos criminosos das forças russas, desde a invasão, é uma coisa, esquecer o que vinha de trás, é outra.

O problema é que, quem ousou interrogar-se sobre o que se passava na Ucrânia antes daquela data, ou separe o legitimo direito de defesa do povo ucraniano da situação no interior do próprio poder ucraniano, que também recorre a crimes de guerra, embora em menor número que os russos, e é dominado pela corrupção generalizada, é automaticamente rotulado de pró-putin, uma falácia intelectualmente desoneste, mas que tem feito o seu caminho.

O mesmo terrorismo intelectual, falacioso e desonesto, está agora a fazer o seu caminho, a propósito da situação palestiniana.

Também parece que, na Palestina, os hediondos e horrorosos crimes agora perpetrados por esse bando terrorista que domina a Faixa de Gaza, o Hamas, foi o início de tudo e foram os únicos actos criminosos realizados naquele território.

Condenar os crimes do Hamas é uma coisa. Pretender aproveitar-se da situação para fazer esquecer o papel dos recentes governos de Israel no massacre e no desrespeito pelos direitos dos Palestinianos é outra coisa totalmente diferente. Chama-se oportunismo político e má-fé.

Também agora, quem queira recordar o que está por detrás desta acção criminosa, que tem uma história de mais de cem anos de conflitos nunca resolvidos, e na qual o recurso a massacres e crimes de guerra de ambos os lados é prática comum, anda a ser enxovalhado como “apoiante de terroristas”.

É caso para exclamar: …outra vez? Chega de intolerância e de terrorismo intelectual!