Esta manhã esta era situação no Rio Sizandro, na sua passagem pela cidade:
Os dias que rolam, numa visão plural, pessoal e parcial de um mundo em rápida mutação. À esquerda, provocador e politicamente incorrecto, mas aberto à diversidade...as Pedras Rolam...
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domingo, 21 de fevereiro de 2021
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
O CARNAVAL DE TORRES NOS ANOS 1930 (1931 a 1935)
Existe no site da Cinemateca Portuguesa um conjunto de 5 filmes sobre o Carnaval de Torres na Década de 1930, nos anos de 1931, 1932, 1933, 1934 e 1935 que podem ser vistos clicando AQUI.
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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Os Aeronautas – Ciência e Aventura
“Os Aeronautas”, realizado por Tom Harper, é um filme
competente, sem grandes riscos em termos cinematográficos, baseado em factos reais, mas ficcionados.
Retrata um século XIX, aberto à curiosidade científica e à aventura da
descoberta, cruzando-se aqui os dois mundos.
Eddie Redmayne, no papel do pioneiro da meteorologia James Glashier,
figura que existiu na realidade, e Felicity Jones, no papel da balonista Ameli
Wren, figura ficcionada que reúne em si as características de vário balonistas
da época, partem numa épica à conquista dos céus e das alturas, num balão, o
primeiro pela curiosidade científica, a segunda em busca da adrenalina de uma
aventura arriscada que a redima do passado.
Ambos os actores já se tinham encontrado noutro filme, mais importante do que este, "A Teoria de Tudo", sobre a vida de um outro cientista, Stephen Hawking.
Quase todo o filme passa-se no cesto de um balão, no ano de 1862, enfrentando
condições meteorológicas adversas e arriscando a vida numa aventura
desconhecida, entre-cortada por flashbacks sobre a vida passada dos personagens, onde se revelam as motivações de cada uma para essa aventura quase suicida.
O mais motivante neste filme é percebermos a grande diferença entre um
século, como o XIX, marcado pela curiosidade científica e pela aventura da descoberta de novos
limites, desafiando tudo o que se conhecia e arriscando a vida em prol do
conhecimento, e o século do espectador, este século XXI, marcado pela ignorância arrogante das redes
sociais e pelas certezas absolutas que
não passam do nosso umbigo e do nosso
horizonte visual, confortáveis em mentiras cómodas, onde cada uma considera que
a sua ignorância tem o mesmo valor das certezas científicas, como se tem visto por aí, a propósito das questões do clima, talvez não por acaso, o tema base de "Os Aeronautas".
Só por isto, vale a pena ver o filme.
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quarta-feira, 30 de outubro de 2019
O “Joker” do nosso descontentamento
É cada vez mais difícil encontra um filme que nos encha as medidas e nos
surpreenda, tendo em conta que já seguimos o que se faz na 7ª arte há várias
décadas.
Sem questionar o facto de existirem todos os meses estreias de filmes
interessantes, com bons argumentos e boas histórias, principalmente na
cinematografia europeia ou no cinema independente norte-americano, raramente
podemos apontar um filme que traga algo de novo ao universo do cinema.
A última vez que isso nos aconteceu foi com o filme Dunkerke, com uma
montagem que recria uma das técnicas mais importantes da 7ª arte.
Desta vez deparámo-nos, no filme “Joker”, com um desses raros grande
momentos do cinema, um filme que vai ficar nos anais da história da 7ª arte,
facto, com dissemos acima, cada vez mais raro.
Um filme que aparece no momento certo, que faz a ligação entre uma
realidade cada vez mais violenta, imprevisível e ameaçadora e a origem
ficcionada de uma das mais tenebrosas personagens do mundo dos super-heróis.
Numa época em que o que existe de mais surpreendente na cinematografia
norte-americana é a proliferação dos filmes de super-heróis, “Joker”
apropria-se de uma personagem desse universo, num ambiente ficcionado, mas
realista.
“Joker” podia ser qualquer ser esmagado por uma sociedade povoada de
solidão, indiferença, desigualdade e violência, personagem bem verosímil e que
nos remete para uma das influências do universo do filme, o icónico Taxi
Driver.
A própria presença de um envelhecido e conformado Roberto De Niro que
acaba assassinado pelo personagem que “criou”, através da influência
mediatizada de um talk-show, não é estranha a essa influência, ou não estivesse
Martin Scorsese, realizador daquele filme, na origem deste projecto.
A época de “Joker” é, aliás, a mesma de “Taxi Driver”, os anos 80, mais
concretamente o ano de 1981, numa “Gothan City” que podia ser qualquer esmagadora
megacidade dos nossos dias, num universo onde qualquer ser humano se sente
violentamente esmagado, capaz de se tornar um “Joker” solitariamente desesperado,
tonando-se um ser violento no aperto de um transporte público ou numa fila de trânsito
caótico.
Com origem no universo da série Batman, a mais humanista de todas as
séries de super-heróis, neste filme Batman ainda não existe como tal,
aparecendo apenas esporadicamente como criança rica que vê os seus pais (o pai
é o demagógico governador da cidade) a serem assassinados na rua por um anónimo
criminoso com máscara de palhaço, inspirado no Joker, situação que vai estar na
origem da formação do icónico herói do comic.
Mas aqui “Batman” ainda não “sabe” que o vai ser.
O filme remete-nos apenas para a origem de um dos mais célebres vilões
desse universo, “Joker”, que já tinha originado algumas das mais interessantes representações
no cinema, figura interpretada por Jack Nicholson e Heath Ledger nalguns dos
filmes da série Batman.
A novidade deste filme é que, tanto o personagem, interpretado por um
obvio oscarizado Joaquin Phoenix, como a
Cidade Gotan City, podiam ser qualquer
solitário desesperado ou qualquer cidade dos nosso dias, sem precisar de recorrer a efeitos especiais ou ao aparato do
cinema de ficção científica para se tornar verosímil.
O filme arrepia e incomoda, mais do que pela crescente violência, pelo seu realismo e porque tudo aquilo nos
parece possível, num mundo muito marcado pela solidão, pela mediatização da
violência, pelo descontentamento generalizado que explode em revoltas de rua,
hoje um pouco por todo o mundo.
O realizador Tedd Phillips escreveu o argumento com Scott Silver, baseado
num roteiro de Martin Scorsese, contando a história de Arthur Fleck, comediante
falhado que, vivendo em 1981 em Gothan City é conduzido à loucura por uma
sociedade agressiva e violenta que o rodeia, ao mesmo tempo que se torna o
símbolo da revolta generalizada contra um poder cada vez mais desumanizado,
demagógico, desligado da triste realidade dos seus cidadãos.
A história vai também beber a uma das histórias de banda desenhada mais
interessantes da série Batman, aquela que conta exactamente as origens do vilão
Joker, intitulada “The Killing Joke” (em português “Batman: a Piada Mortal”),
editada em 1988, com argumento de Alan Moore, desenho de Brian Bolland e
colorida por John Higgins, vencedora do Prémio Eisner (o “Óscar” da Banda
Desenhada), em 1989, para o melhor álbum gráfico.
Mais do que nunca, olhando à nossa volta, é caso para dizer que…o Joker
está entre nós.
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quinta-feira, 6 de junho de 2019
Dois filmes para recordar o DIA D
Pessoalmente, recordo dois filmes que retratam, na perfeição, o que se passou há 75 anos, no Dia D, aquele que iniciou a rápida derrocada do poder nazi na Europa.
Até esse dia, os britânicos, no início, e os soviéticos, a partir de 1942, foram os único a enfrentar o poder das tropas de Hitler.
Com a abertura dessa nova frente, depois de, a partir de Novembro de 1942, as tropas soviéticas terem começado a contra-ofensiva que só terminou em Abril de 1945 com a conquista de Berlim, as dificuldades de resistência do exército nazi acentuaram-se.
Abria-se assim, não a segunda frente da ofensiva aliada, com é habitual referir-se, mas a terceira, se tivermos em conta a invasão da Itália por tropas aliadas desde Setembro de 1943.
É vasta a filmografia que relata esse famoso dia D de 6 de Junho de 1966, mas, quanto a nós existem dois filmes que relatam, com bastante realismo, o drama desse acontecimento.
Um é o clássico O DIA MAIS LONGO, de Darryl F. Zanuck, de 1962, aquele que contribui para a minha geração, a primeira que viveu sem guerra na Europa, sentir e conhecer o que foi aquele dia decisivo.
Este é, talvez, o mais realista de todos, sendo muitas vezes confundido com um documentário, tal o realismo das cenas, que ainda hoje surpreendem e são muitas vezes confundidas com a realidade.
O DIA MAIS LONGO
Outro filme, muito mais recente, e que beneficiou de um aparato tecnológico desconhecido até então, é O RESGATE DO SOLDADO RAYAN, de Steve Spielberg, de 1998.
Neste filme quase que somos transportados para o meio do conflito e, de meros espectadores, quase nos transformamos naqueles soldados, sentindo as balas a assobiarem à nossa volta, a dor das feridas, o cheiro da morte e o desespero do medo, dando-nos uma imagem muito pouco romântica da guerra.
O RESGATE DO SOLDADO RAYAN
O realismo desses filmes é, assim, uma autêntica viagem no tempo, para nos "juntarmos " àqueles soldados que contribuíram para, até hoje, acabar com a guerra em solo europeu (embora a Jugoslávia e a Ucrânia aí estejam para nos recordar que a guerra pode voltar em qualquer momento).
A melhor maneira de respeitar os milhares que caíram pela liberdade da Europa, na frente leste, na frente ocidental ou na frente sul, é continuarmos a defender uma Europa democrática e onde se possa continuar a viver sem conhecer os horrores da guerra, algo que parece começar a ser esquecido por uma geração que beneficiou desse clima de paz e liberdade que se começou a desenhar nas praias da Normandia.
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
Tempestade "Helena" em Santa Cruz
Apesar das dificuldades para captar imagens, devido à chuva e ao vento forte que impediu que as imagens saíssem direitas, aqui fica uma idéia da força do mar, esta manhã, por volta do meio-dia, na Praia de Santa Cruz.
Apesar disso, já assistimos aí a tempestades maiores, com mar muito mais bravio, noutras ocasiões.
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