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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Em defesa da comunicação social pública


Começo a minha manhã informativa a ouvir a Antena 1, no carro, durante o dia, continuo na Antena 1, por vezes vou à 3 ou à 2, à noite circulo entre a RTP 3 e RTP 2.

Fora da comunicação pública consulto os jornais, as rádios e as televisões que mais se aproximam de um serviço público, isto é, mais pluralistas nas opiniões, que fazem reportagem jornalística, que remam contra a maré dos top´s na divulgação “opinativa”, artística, cultural e musical, tais como os jornais Público, Diário de Notícias e Jornal de Letras, as rádios M80 e Radar, e, raramente, alguma informação e debate na CNN Portugal….o resto, com raras e honrosas excepções, é sempre mais do mesmo ou a voz do dono (dos grandes interesses financeiros, políticos e empresariais, que lhes pagam para isso).

Por isso parece-me cada vez mais importante a existência de uma informação e divulgação variada, pluralista, cuidada, tolerante, na política, na cultura, na vida social, que invista na reportagem, tudo o que, mesmo com erros e limitações, só a comunicação social pública, principalmente a RTP , Antena 1 e a LUSA vão fazendo, tudo o que, infelizmente, está cada vez mais ausente dos órgãos de comunicação social privados, apenas preocupados com audiências, em agradar aos “donos”,em correr atrás da cloaca das redes socias, em divulgar o que uma opinião pública cada vez mais anestesiada e acrítica pretende consumir.

Por isso, é preocupante o que se anuncia por aí para limitar o financiamento, logo o trabalho de qualidade, dos órgão de comunicação social públicos, no fundo uma forma indirecta de "censura".

Esperemos que seja apenas um devaneio passageiro. Mas devemos estar atento aos desenvolvimentos.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Festival da foleirovisão


Depois de alguns anos onde até apareceram alguns temas interessantes, nos lugares cimeiros da classificação, o Festival da Eurovisão regressou à sua habitual exibição de foleirada gritada.

Com a entrada, no inicio deste século,  dos países de leste, o Festival desceu imenso de nível, devido à imagem estereotipada que esses países faziam do popmusic, justificada pelas décadas em que andaram arredados da evolução que se tinha registado na musica pop, sendo quase os únicos que apostavam nesse festival, que perdia cada vez mais audiências no ocidente.

Nos últimos anos as coisas evoluíram e muitos desses países começaram a apostar nas suas próprias raízes musicais, como aconteceu o ano passado com a Ucrânia, com uma ajuda dos países ocidentais que íam resistindo à colonização da língua inglesa, como foi o caso de Portugal, naquele momento alto desse festival que foi a vitória de Salvador de Sobral.

Após esta vitória, e até este ano, as coisas pareciam evoluir positivamente e as audiências regressaram.

Contudo, este ano foi o descalabro.

Veremos no futuro se estamos no regresso à decadência dos primeiros anos do Século, ou se este ano foi a excepção numa viragem qualitativa que parecia avizinhar-se.

Ganhou uma canção que é um remake manhoso de uma velha canção dos Abba e quase vencia Israel, um contrassenso em relação às sempre decorativas mensagens de “paz” dos júris.

Não se percebe aliás o que faz Israel neste festival, não só por razões geográficas, mas devido à recente deriva politica extremista desse país, não muito diferente do caso Russo. É caso para dizer que estamos, mais uma vez, num claro exemplo da aplicação dos dois pesos e duas medidas.

As únicas participações que fugiram à foleirice dominante deste ano, França, Espanha, Moldávia e Portugal, ficaram todos classificadas abaixo da 15º posição.

É caso para dizer que voltámos ao “Festival da Foleirovisão”.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

“Caiu um avião” (!!!)…nos estúdios da TV


No passado Sábado viveram-se horas de pânico…nos estúdios das nossas televisões.

Tudo começou com a CMTV a divulgar a notícia de um avião que estaria em dificuldades sobre os céus da região de Lisboa e que andava às voltas a “despejar combustível”, para poder fazer uma “arriscada” aterragem de emergência no aeroporto de Lisboa.

De imediato os restantes canais, não querendo ficar atrás do alarmismo da CMTV ou da possibilidade de poderem transmitir em directo um avião a despenhar-se sobre Lisboa, começaram a ocupar as suas emissões com o assunto.

Lá desfilaram os habituas “técnicos” e “especialistas”. Felizmente alguns deles eram mesmo técnicos e rapidamente desdramatizaram a situação.

Ninguém se lembrou do estado de ansiedade que essas reportagens podiam provocar junto dos familiares dos passageiros ou até, caso aquelas notícias chegassem a bordo, do pânico que iam provocar a bordo do avião.

Felizmente essas notícias não chegaram aos passageiros, pois os pilotos do avião fizeram aquilo que os jornalistas profissionais não fizeram, que era transmitirem a bordo as informações fiáveis sobre o que se passava.

Mais uma vez, a preocupação da maior parte dos estúdios das nossas televisões não foi informar, mas explorar os sentimentos de medo e desespero, pois são estes que dão audiências.

A informação televisiva, como se sabe, cada vez mais, não tem por objectivo esclarecer e informar, mas explorar os sentimentos mais primários das suas audiências, transformando a informação num espectáculo permanente.

Houve até um canal, a SIC, que chegou ao extremo de “informar” que sabia (a “SIC sabe”) , de “fonte segura”, que o avião ía afocinhar na pista e até já tinha em directo um “especialista em acidentes aéreos” para acompanhar os momentos de aterragem do avião.

Eu próprio fiquei apreensivo e com um aperto no estomago quando vi o avião, da varanda da minha casa, a sobrevoar Torres Vedras para se posicionar para a aterragem, pensando no pânico que devia ir no interior do aparelho.

Afinal, o que aconteceu foi uma situação normal e frequente, em que se seguiram as normas de segurança habituais, reinando a serenidade e a calma entre passageiros, que estavam devidamente informados sobre a situação e que, meia hora depois de resolvido o problema, seguiram viagem.

A concorrência com as falácias e agressividade das redes sociais e pelas audiências televisivas está a retirar credibilidade informativa à maior parte dos canais (com algumas, cada vez mais raras, excepções).

Resta-nos a credibilidade de (alguma) imprensa escrita e da rádio.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

SIC “apanhada” em excesso de velocidade, ou, uma SIC cada vez mais “radical”!!!


No afã de procurar reportagens cada vez mais populistas, a SIC não tem problema em violar a lei…para mostra violações da lei.

A SIC ( e outros canais que vão atrás do “estilo” arrogante e agressivo desse canal) não se coíbe de confundir “reportagem” com perseguição “pidesca”.

Esse canal de “informação” escolhe os seus alvos de forma selectiva e parcial, recorrendo a todos os meios, de forma impune, e adoçando tudo com  uma narrativa moralista.

Numa reportagem difundida no principio desta semana, o objectivo foi perseguir um dos ódios de estimação desse canal e dos donos dele, o ministro Pedro Nuno Santos (outro dos alvos selectivos tem sido o ministro Eduardo Cabrita), para o “apanhar” em excesso de velocidade.

Não tenho simpatia especial por esses ministros, muito pouca pelo segundo, mas os fins não justificam os meios.

Deram-se mesmo ao trabalho de calcular uma viagem que Pedro Santos fez entre duas localidades, para mostrar o excesso de velocidade da comitiva oficial, ou seja, num percurso, quase todo feito em auto estrada ou via rápida, a deslocação foi feita uma média ligeiramente superior a 135Km/hora.

Para dar uns ares de “objectividade”, recorrendo aos manuais das escolas de jornalismo, a reportagem foi ver a lei e esta permite que as comitivas oficiais se desloquem sem limite de velocidade, tal como acontece com serviços de urgência e com os carros de polícia.

Como tinham de encontra alguma coisa que justificasse a reportagem, lá descobriram que a comitiva ministerial, em certos troços do percurso, desligava ou não usava a sinalização de urgência a que a lei obriga.

Só que, para o fazerem, os jornalistas tiveram de, eles próprios, violar a lei, deslocando-se em excesso de velocidade, que os mesmos, não sei se por ingenuidade se por pura arrogância e sentido de impunidade, resolveram exibir e filmar, mostrando o registo de velocidade do automóvel em que os mesmos se deslocavam, chegando mesmo a ultrapassar o carro do ministro.

Contudo “esqueceram-se” de um pormenor!!

Os “jornalistas” não estão incluídos na excepção da lei.

Ou seja, o ministro violou, parcialmente, a lei num ponto, ao não assinalar, ocasionalmente, o serviço de urgência.

Já os “jornalistas” violaram toda a lei, já que estão sujeitos às regras do comum dos condutores.

Por menos do que isso já eu tive de pagar uma multa de 200 euros, fiquei com dois pontos a menos na carta e ainda tive a carta cativada por 6 meses, com pena suspensa (era uma noite de chuva, ía a 110Km numa via dupla, de cerca de 100 metros, com separador central, de aceso a uma auto-estrada, com uma unica saida para um posto de gasolina, onde havia um radar e um sinal, escondido por um arbusto, indicando um limite de 70 Km/hora...) .

Quem violou a lei, de forma gritante, e ainda por cima exibido-o impunemente, foram os “jornalistas” da SIC!!

Espero que esse afã moralista, em perseguir ministros, para os apanhar em falta, continue tão empenhado quando, um dia destes, que espero que venha longe,  tivermos ministros da cor política dos donos da SIC.

E já agora, uma prova da “objectividade” desse “jornalismo” seria perseguir, do mesmo modo pidesco, Carlos Moedas, Cavaco Silva, Paulo Rangel, Rui Rio ou Passos Coelho, quando estes se deslocam para cerimónias publicas ou oficias!!!

quarta-feira, 7 de março de 2018

Sou da Geração Tv ..mas pouco!



Comemora-se hoje o 61º aniversário do inicio das emissões regulares de televisão em Portugal.

Tendo nascido pouco mais de um ano antes dessa data, posso dizer que faço parte da “geração tv”, já que, sempre me lembro da existência desse meio de comunicação.

Contudo, considero-me mais “filho da rádio” do que da televisão, pois, até meados da década de 70 as emissões de televisão só se iniciavam no final da tarde, e, durante todo o dia, a nossa companhia era a rádio.

Enquanto criança, lá em casa não nos deixavam ver televisão depois das 10 da noite, a não ser em dias especiais, nos dias do festival da canção, das grandes finais do futebol ou em emissões históricas, como a da chegada do homem à Lua.

Inicialmente lembro-me de ver pela primeira vez televisão nos cafés locais, nomeadamente no “Sagres”, que ficava na Avenida, a seguir ao “Napoleão”, onde a família se deslocava regularmente nas tardes de Domingo.

Mais tarde via televisão na casa dos meus avós, também aos domingos, único dia da semana em que a televisão abria à tarde, entre a programação infantil e cinematográfica, tudo, recorde-se, a preto e branco, situação que durou até 1980, também num dia 7 de Março.

Depois, finalmente, os meus pais lá compraram uma televisão para casa, então um investimento vultoso, pago a prestações.

Então, sem preocupações cronológicas, lembro-me dos filmes de Joselito, dos clássicos do cinema português, do Feiticeiro se Oz ( a preto e branco, claro), dos desenhos animados da Disney, do Perna Longa, do Bip.Bip…, de programas como o ZIP ZIP, dos concursos televisivos, num dos quis a minha mãe foi uma das concorrentes, tendo ficado em segundo lugar (chamava-se, que me lembre, “Grande Poeta é o Povo” e era apresentado por Artur Agostinho), dos grandes jogos do futebol europeu,  do mundial de 1966, dos Jogos Olímpicos (os de Tóquio em 1966 são os primeiros de que me lembro), das “conversas em família” de Marcelo Caetano, das sempre emocionantes edições em directo da missão Apolo, dos grande funerais de figuras publicas, como o de Salazar, dos Festivais da Canção e das emissões (em diferido) dos Óscares.
Apesar de tudo, as minhas memórias desses tempos são mais radiofónicas do que televisivas, como aconteceu com o 25 de Abril.

Enfim, nasci com a televisão, mas a minha memória partilho-as com outros meios de comunicação como a rádio, as revistas, ou os jornais.

Hoje a televisão é cada vez mais ruido do que (in)formação, com a honrosa excepção dos canais públicos.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Juntos por Todos, um espectáculo solidário

 
 
 Foi o momento alto da noite de ontem.
"Juntos por Todos" reuniu 25 músicos numa noite solidária, para lembrar e apoiar as vítimas do fogo de Pedrogão Grande.
Uma espécie de Live Aid português, onde desfilaram os principais nomes da música portuguesa, alguns dos mais importantes dos vários estilos, géneros e gerações musicais.
Penso contudo que um momento vai ficar gravado para sempre, a soberba actuação de encerramento de Salvador Sobral, mostrando que estamos perante um génio da musica, imaginativo, surpreendente e criativo.
As rádios deram uma lição de grande unidade e civismo na forma como transmitiram o evento, reunindo no mesmo comentário e na mesma sala os representantes dos principais órgãos radiofónicos portugueses.
Pelo contrário, as televisões deram um triste espectáculo, com comentários  diferenciados, não dando as entrevistas em palco aos autores no final da sua actuação, sempre que os entrevistadores eram de canais diferentes.
 A iniciativa de realizar este espectáculo em sinal aberto em  todos os canais partiu da RTP 1, mas, pelos vistos, os canais privados impuseram as suas condições. É lamentável!
Mas o que interessa é a entrega total dos músicos portugueses, dos técnicos, dos policias e de todos os trabalhadores que estiveram por detrás deles, dando uma lição de solidariedade genuina a muita gente.
Grande Noite!

quarta-feira, 24 de maio de 2017

A Morte de um “Santo”


Pessoalmente recordo Roger Moore mais como “Santo” do que como James Bond.

“O Santo” foi, talvez, das primeiras séries que vi na televisão, nos anos 60, e a preto e branco.

Dizer que “via” a série, é uma forma de expressão, já que apenas conseguia ver uns bocados da série, escondido atrás da porta da sala da casa dos meus pais, porque, por regra, não me deixavam vê-la por causa da “violência” da mesma, “violência” que, comparada com os dias de hoje, é totalmente inócua.

Nunca fui fã nem nostálgico da série James Bond, de um primarismo ideológico muito kitch.

Contudo, se houve actor que se identificou com a figura de 007, foi Roger Moore, embora, pessoalmente, tenha preferido sempre a interpretação de  Sean Connery no papel do famoso espião.

Roger Moore conseguiu dar sempre um toque de humor e charme irrepetível na série criada por Ian Fleming.

Mas, para mim, Roger Moore vai ser sempre recordado como “O Santo”, mais um ícone da minha geração que nos deixa.

terça-feira, 7 de março de 2017

60º aniversário da RTP – o dia em que a minha geração “faz anos”.

 A RTP comemora hoje o seu 60º aniversário.

Literalmente a minha geração é a geração da TV.

No ano em que nasci foi efectuada a primeira experiência de emissão televisiva em Portugal, durante a feira popular de Lisboa e, no ano seguinte, passam hoje 60 anos, começaram as emissões regulares da RTP.

Mesmo assim, a minha geração foi muito mais marcada pela companhia da rádio do que pela televisão, já que, pelo menos até ao 25 de Abril, as emissões da RTP só se iniciavam pelas 19 horas da tarde e encerravam às 24 horas, excluindo os Domingos.

As vozes da rádio estão assim muito mais presentes na minha memória de infância do que as “vozes” da TV e, ainda hoje, passo muitas mais horas a ouvir rádio do que a ver televisão.

No início, lembro-me de irmos nas tardes de Domingo para a cervejaria Sagres, na Avenida 5 de Outubro, assistir aos programas da RTP.

O meu avô Aspra foi o primeiro membro da família a ter televisão em casa e foi também aí que vi os primeiros programas de TV.

Não tardou muito até que um televisor fosse instalada em minha casa, mas ao longo do dia era a rádio que se ouvia, nomeadamente durante o almoço.

Os primeiros grandes acontecimentos de que me lembro, quase todos em 1963, acompanhei-os pela rádio, como a morte de Edith Piaf ou o assassinato do presidente Keneddy.

Geralmente só víamos TV até à hora de jantar, pois os meus pais tinham a preocupação de evitar que víssemos séries para “adultos” ou “violentas” como “O Santo” ou o “Bonanza”.

Muitas vezes, depois de nos deitarmos, eu e o meu irmão escapávamo-nos à socapa e escondíamo-nos atrás da porta da sala para ver, pela frecha, alguns programas que passavam à noite, embora fossemos quase sempre descobertos.

Ao longo da década de 60 lembro-me de alguns momentos “importantes” em frente da televisão, como os festivais da canção, os de Portugal e os da Europa, a entrega dos óscares (transmitidos em diferido, facto que só vim a saber mais tarde), alguns dos grandes momentos do futebol nacional, que teve o seu auge no mundial de 1966, os Jogos Olímpicos, a partir de 1964, as míticas provas de fórmula 1 dessa década, e, religiosamente, porque o meu pai era um entusiasta, a conquista do espaço que culminou com  chegada do homem à Lua em 1969, sem esquecer as “célebres” “conversas em família” de Marcello Caetano que, inicialmente, geraram alguma esperança de abertura do regime.

Isto sem esquecer algumas séries, como o “Rin Tin Tin”, a “Lassie”, “Casei com uma Feiticeira”, o “Mister Ed” e muito desenho animado, da Disney, mas também da Warner Bros, como os célebres “Bip Bip”, “Pernalonga”, “Tom e Jerry”….

Além disso, foi na RTP que tive a minha iniciação cinematográfica , vendo muito “lixo” mas também coisas interessantes, o que escapava ao crivo da censura, mas que muito contribui para gostar de cinema, como as comédias portuguesas dos anos 40 e 50 exibidas até à exaustão, os lacrimejantes filmes espanhóis de Joselito, as comédias francesas de Fernandel, sem esquecer grandes filmes como o “O Feiticeiro de Oz”. Claro que tudo a preto e branco.

Assisti também a programas de grande qualidade, como os de João Villaret, o “Museu do Cinema” ou, mais tarde, o célebre Zip Zip.

Para a minha geração, falar da história da televisão em Portugal é, assim, falar da nossa própria memória histórica.

Por isso, hoje não se celebra apenas o aniversário da RTP, mas também o aniversário da minha geração.

terça-feira, 15 de março de 2016

Recordando um grande actor de cinema, Nicolau Breyner

Nicolau Breyner é uma daquelas figuras que fazem parte do nosso imaginário colectivo, goste-se mais ou menos do seu trabalho, e por isso serão imortais para toda uma geração como a minha.

Pessoalmente não o apreciava muito como comediante, embora seja por isso que ele é mais conhecido.

Claro que era uma actor competente e convincente, mas nunca foi inovador ou muito criativo na comédia.

Teve contudo um papel importante no lançamento de grandes actores e contribui muito para o desenvolvimento da produção nacional na televisão e no cinema.

Foi como director de actores e como actor dramático que mais evidenciou as suas qualidades humanas e artísticas.

Foi um dos principais responsáveis pela primeira telenovela portuguesa, "Vila Faia", estreada em 1982.

Embora tenha sido a televisão a contribuir para sua fama, foi no cinema que mais se destacaram as suas qualidades.

Foi actor de quase todos os realizadores portugueses dos últimos 50 anos.

Ao todo entrou em 49 filmes, tendo-se iniciado no cinema em 1961 no filme"Raça" de Augusto Fraga.

No ano seguinte fez parte do elenco de um dos mais importantes filmes portugueses, "Dom Roberto" de José Ernesto de Sousa.

Entre os filmes mais importantes onde participou destacam-se "O Rei das Berlengas"(1978) de Artur Semedo, "A Vida é Bela" (1982) de Luís Galvão Teles, "Crónica dos Bons Malandros"(1984) de Fernando Lopes, "Inferno"(1999) de Joaquim Leitão, "Os Imortais" (2003) de António Pedro de Vasconcelos ou "Comboio Nocturno para Lisboa" de Bell August.

Em 2013 realizou o filme "7 Pecados Mortais", um êxito de bilheteira. 

O último filme em que participou foi "Virado do Avesso" de Edgar Pêra, em 2014.

Era primo da poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen.

Nicolau Breyner será sempre recordado como um dos grandes actores portugueses do palco e da tela.

Em baixo reproduzimos uma das suas últimas entrevistas dadas ao programa "Alta Definção" da Sic, no final do ano passado.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Morreu o criador das séries "Espaço 1999" e "Thunderbirds"

Os Thunderbirds foi uma das minhas "séries de culto" de infância e juventude.
Era pura ficção científica e aventura, tudo feito com marionetas:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

VAMOS FURAR O ESQUEMA!? : Antena TDT - Como Fazer uma Antena tdt Caseira em 5 minutos



Não sei se resulta, só vou experimentar lá para Abril, quando desligarem o emissor de Montejunto....mas o que é preciso é experimentar idéias que acabem com a ganância de alguns monopólios...