Começo a minha manhã informativa a ouvir a Antena 1, no carro, durante o dia, continuo na Antena 1, por vezes vou à 3 ou à 2, à noite circulo entre a RTP 3 e RTP 2.
Fora da comunicação pública consulto
os jornais, as rádios e as televisões que mais se aproximam de um serviço
público, isto é, mais pluralistas nas opiniões, que fazem reportagem jornalística,
que remam contra a maré dos top´s na divulgação “opinativa”, artística,
cultural e musical, tais como os jornais Público, Diário de Notícias e Jornal
de Letras, as rádios M80 e Radar, e, raramente, alguma informação e debate na
CNN Portugal….o resto, com raras e honrosas excepções, é sempre mais do mesmo
ou a voz do dono (dos grandes interesses financeiros, políticos e empresariais,
que lhes pagam para isso).
Por isso parece-me cada vez
mais importante a existência de uma informação e divulgação variada,
pluralista, cuidada, tolerante, na política, na cultura, na vida social, que
invista na reportagem, tudo o que, mesmo com erros e limitações, só a
comunicação social pública, principalmente a RTP , Antena 1 e a LUSA vão fazendo, tudo o
que, infelizmente, está cada vez mais ausente dos órgãos de comunicação social
privados, apenas preocupados com audiências, em agradar aos “donos”,em correr
atrás da cloaca das redes socias, em divulgar o que uma opinião pública cada
vez mais anestesiada e acrítica pretende consumir.
Por isso, é preocupante o que
se anuncia por aí para limitar o financiamento, logo o trabalho de qualidade, dos
órgão de comunicação social públicos, no fundo uma forma indirecta de "censura".
Esperemos que seja apenas um
devaneio passageiro. Mas devemos estar atento aos desenvolvimentos.