No afã de procurar reportagens cada vez mais populistas, a SIC não tem problema em violar a lei…para mostra violações da lei.
A SIC ( e outros canais que vão atrás do “estilo” arrogante e agressivo
desse canal) não se coíbe de confundir “reportagem” com perseguição “pidesca”.
Esse canal de “informação” escolhe os seus alvos de forma selectiva e
parcial, recorrendo a todos os meios, de forma impune, e adoçando tudo com uma narrativa moralista.
Numa reportagem difundida no principio desta semana, o objectivo foi
perseguir um dos ódios de estimação desse canal e dos donos dele, o ministro
Pedro Nuno Santos (outro dos alvos selectivos tem sido o ministro Eduardo
Cabrita), para o “apanhar” em excesso de velocidade.
Não tenho simpatia especial por esses ministros, muito pouca pelo
segundo, mas os fins não justificam os meios.
Deram-se mesmo ao trabalho de calcular uma viagem que Pedro Santos fez entre
duas localidades, para mostrar o excesso de velocidade da comitiva oficial, ou
seja, num percurso, quase todo feito em auto estrada ou via rápida, a
deslocação foi feita uma média ligeiramente superior a 135Km/hora.
Para dar uns ares de “objectividade”, recorrendo aos manuais das
escolas de jornalismo, a reportagem foi ver a lei e esta permite que as
comitivas oficiais se desloquem sem limite de velocidade, tal como acontece com
serviços de urgência e com os carros de polícia.
Como tinham de encontra alguma coisa que justificasse a reportagem, lá
descobriram que a comitiva ministerial, em certos troços do percurso, desligava
ou não usava a sinalização de urgência a que a lei obriga.
Só que, para o fazerem, os jornalistas tiveram de, eles próprios,
violar a lei, deslocando-se em excesso de velocidade, que os mesmos, não sei
se por ingenuidade se por pura arrogância e sentido de impunidade, resolveram
exibir e filmar, mostrando o registo de velocidade do automóvel em que os
mesmos se deslocavam, chegando mesmo a ultrapassar o carro do ministro.
Contudo “esqueceram-se” de um pormenor!!
Os “jornalistas” não estão incluídos na excepção da lei.
Ou seja, o ministro violou, parcialmente, a lei num ponto, ao não
assinalar, ocasionalmente, o serviço de urgência.
Já os “jornalistas” violaram toda a lei, já que estão sujeitos às regras
do comum dos condutores.
Por menos do que isso já eu tive de pagar uma multa de 200 euros, fiquei
com dois pontos a menos na carta e ainda tive a carta cativada por 6 meses, com
pena suspensa (era uma noite de chuva, ía a 110Km numa via dupla, de cerca de 100 metros, com separador central, de aceso a uma auto-estrada, com uma unica saida para um posto de gasolina, onde havia um radar e um sinal, escondido por um arbusto, indicando um limite de 70 Km/hora...) .
Quem violou a lei, de forma gritante, e ainda por cima exibido-o
impunemente, foram os “jornalistas” da SIC!!
Espero que esse afã moralista, em perseguir ministros, para os apanhar
em falta, continue tão empenhado quando, um dia destes, que espero que venha
longe, tivermos ministros da cor
política dos donos da SIC.
E já agora, uma prova da “objectividade” desse “jornalismo” seria perseguir, do mesmo modo pidesco, Carlos Moedas, Cavaco Silva, Paulo Rangel, Rui Rio ou Passos Coelho, quando estes se deslocam para cerimónias publicas ou oficias!!!
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