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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Miserabilismo terceiro-mundista :" Patrões recusam aumento do salário mínimo para 530 euros"

AQUI por várias vezes nos referimos ao miserabilismo do discurso dominante sobre o salário mínimo.

Andam por aí  alguns comentadores muito preocupados com o "terceiro-mundismo" da existência de um governo apoiado numa maioria de esquerda, mas nunca os vimos preocupados com o verdadeiro miserabilismo terceiro mundista dos salários e pensões dos portugueses, ou, quando abrem a boca para comentar o assunto, é sempre para defenderem esta situação.

Já demonstramos também aqui que um salário inferior a 600 euros corresponde a menos de 30 euros de salário diário, por 8 horas de trabalho, ou menos de 3 euros à hora.

Ainda por cima o salário mínimo não é uma excepção repugnante do mercado do trabalho, é uma regra que atinge quase 20% dos trabalhadores portugueses, sem esquecer casos ainda mais graves que não estão contabilizados, juntando-se a tudo isso a precariedade e insegurança em que vive a maior parte dos trabalhadores (ou os "colaboradores" da novilíngua neoliberal).

Parece-me indigno e até vergonhoso que ainda seja preciso andar a justificar permanentemente e a realizar reuniões intermináveis para conseguir convencer comentadores, economistas, políticos e representantes do grande patronato da justeza de um já de si ridículo aumento do salário mínimo nacional, quando os mesmos se mantém silenciosos sobre o escândalo de certos salários que por aí se praticam, como é o caso do ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro que vai auferir um salário de 30 mil euros pagos pelos contribuintes para fazer um trabalho que está a ser feito por outras duas entidades...e este é apenas uma pequena ponta do iceberg ..

Vamos lá a ter um pouco de vergonha na cara!!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sacanas Sem Lei - 2

A NOTÍCIA JÁ NÃO É NOVA, MAS VAI FAZENDO O SEU CAMINHO
Segundo o Diário Económico:

“CIP defende alguns cortes salariais no sector privado
Rita Paz
01/10/10 12:55

"O quadro salarial neste ambiente tem de ser muito moderado e por isso a generalidade das empresas privadas não está em condições de fazer aumentos ou grandes aumentos", disse António Saraiva à Antena 1.
O Presidente da CIP diz mesmo que "nalguns sectores de actividade expostos à concorrência internacional, deveriam produzir-se alguns cortes salariais".
À TSF, o responsável manifestou concordar com o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, quando este afirmou que dificilmente se justificará um aumento de salários no sector privado tendo em conta o que está a ser feito no sector público.
Já ontem, em comunicado conjunto, a CIP, a AEP e a AIP classificaram de "positivas" as medidas que visam cortar a despesa pública, mas criticaram a intenção de cortar nos benefícios fiscais por considerarem que isso vai prejudicar a competitividade das empresas”.

Desculpem lá a pergunta. Mas a descida dos ordenados, decidida para a Função Pública, e com a qual não concordo (mas isso é outra história) não visa reduzir o deficit público do Estado? O que é que isso tem a haver com os ordenados dos trabalhadores do privado?
E já agora, os patrões (empresários é outra coisa) acham que se deve continuara a apostar no modelo da mão-de-obra barata para se ser “competitivo" lá fora?
De facto, a nossa classe empresarial (?), ou antes, aqueles que falam em nome dela, não passa de um bando de oportunistas que quer generalizar a austeridade à boleia das medidas de Sócrates, na esperança saloia de aumentar os seus lucros.
Infelizmente em Portugal temos poucos empresários e muitos patrões, para quem o ideal era o tempo da escravatura…