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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

União Europeia: do capitalismo inteligente ao capitalismo manhoso

Ainda sou do tempo em que, na União Europeia, existiam capitalistas inteligentes.

Apoiados por políticos ( e políticas )por economistas ( e economias) inteligentes, sabiam que a sua prosperidade assentava na melhoria das condições de trabalho e na valorização do factor trabalho, através de salários e medidas sociais justas.

A harmonia nas empresas era directamente proporcional ao crescimento dos rendimentos e dos lucros, que eram reinvestidos na melhoria das condições de trabalho e produção das empresas e, através de impostos justos, na melhoria das condições socias.

Esses capitalistas inteligentes sabiam que a ganância do lucro imediato era má conselheira e, a prazo, iria prejudicar os seus negócios, pelo aumento da conflitualidade social e pela decadência produtiva que ela provocava.

Sabiam também, esses capitalistas inteligentes, que o direito ao lazer, ao descanso, a certas regalias sociais e a boas condições salariais seriam a garantia da prosperidade futura das suas empresas e dos seus lucros, isto é, da sobrevivência do próprio capitalismo.

Percebe-se agora que alguns desses capitalistas não eram, afinal, tão inteligentes como isso. Se aceitavam melhorar os salários e as condições socias do trabalho, afinal não o faziam por serem inteligentes ou por estarem de boa fé, mas por medo.

Medo que os trabalhadores seguissem e apoiassem o “modelo comunista”. Medo da influência dos sindicatos. Medo que a mobilidade social dos trabalhadores, que aquele modelo europeu permitia, ofuscasse a sua “glória”.

Quando se tornou evidente que esse “perigo” tinha passado, muitos desses capitalistas, ou deixaram cair a sua máscara ou foram cilindrados por uma nova geração de capitalistas.

Estes queriam enriquecer rapidamente e ter acesso ao luxo e á luxuria antes que a juventude se esvaísse.

Muitos destes “novos” capitalistas fizeram-se na especulação financeira, no branqueamento de capitais, na fuga aos impostos, situação que lhes é “moralmente” e “eticamente” aceitável porque se formaram no cinismo de uma desumanização crescente dos valores socias.

Claro que capitalistas deste tipo também existiam nos outros tempos, mas não tinham boa imagem, quer junto dos seus pares, quer junto da opinião pública, quer junto de economistas e políticos.

Mas também isto se alterou. Estes “novos” capitalistas, se são ética, humana e socialmente pouco cultos, sabem lidar, a seu favor, com o poder da comunicação social. Controlando o poder financeiro, passaram a comprar a comunicação social, que foi colocada ao seu serviço, como autêntico aparelho ideológico deste “novo” capitalismo selvagem. Daqui passaram ao controle das Universidade e do que nelas se ensinava, formando economistas que se puseram ao seu serviço para “espalharem a boa nova” desse novo capitalismo, onde o que importa é a quantidade em detrimento da qualidade, o lucro fácil e especulativo, a imposição dos interesse financeiros ao interesse geral das sociedades, defendendo a desvalorização do factor trabalho e lançando a confusão ente “direitos” e “privilégios”.

Só faltava o controlo político. Este foi o mais fácil de atingir. Desde há muito tempo que estavam a acender ao poder político da Europa políticos com cada vez menos convicções, cada vez mais corruptos e ignorantes, que viam na política, não um serviço público e cívico, mas uma forma de se servirem do poder para o seus próprio enriquecimento e o dos que lhe estão próximos. Muitos destes, aliás, só almejam, quando saírem da política, porque a maior parte deles nunca fez nem sabe fazer mais nada, um lugar garantido na administração de uma empresa controlada pelo mesmo poder financeiro que protegem.

Claro que, na sua falta de inteligência, na cegueira provocada pela ganância do lucro especulativo imediato, não percebem que também estão a destruir a base do seu poder e que, a continuarem por esta via, muitos deles, um dia destes, vão acordar sem nada e em pânico, perante uma sociedade que, nada tendo a perder, irá reagir com tanta mais violência quanto mais tempo durar este estado de coisas…nessa altura será tarde de mais, não só para eles,mas também para o sonho da cidadania europeia…

O SOM DO DIA - 86 - Phil Collins - True Colors .

O MAGO DO HUMOR - 3 - Most epic moment of Mr Bean

VEDROGRAFIAS: Breves Notas para a História da Imprensa Torriense.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A FOTODO DIA - 11 - o rosto...

Retrato de Delia Rivera, uma habitante das estepes da Patagónia (Fotografia de Daniel Morddzinski/EFE/El Mundo)

Inicia-se hoje a 39ª edição do Festival de Banda Desenhada de Angoulême.

A Banda Desenhada espanhola é a convidada de honra da 39ª edição de Banda Desenhada de Angoulême, que se inicia hoje, prolongando-se até Domngo.
Podem consultar AQUI o site oficial do certame, e em baixo uma reportagem desse acontecimento da autoria de Carlos Pessoa:

OBAMA: Restaurar economia é o «desafio mais urgente»: Discurso do Estado da Nação, um contraponto ao cinzentismo dos líderes europeus



No seu discurso do Estado da Nação o presidente Obama abordou, de modo desassombrado, os temas económicos. Mas, ao contrário dos líderes europeus, apresentou propostas concretas, colocando-se ao lado dos cidadãos contra o sistema financeiro.

«Podemos contentar-nos com um país onde um número cada vez mais pequeno de pessoas é muito bem sucedido, enquanto mais e mais norte-americanos mal conseguem subsistir? Ou podemos restaurar uma economia onde todos têm uma oportunidade, todos fazem a sua parte e as regras são iguais para todos?», interogou-se o presidente, revelando uma sensibilidade e clarividência que tanto anda a faltar deste lado do Atlântico.

Por cá, a imposição de medidas de austeridade para contentar os meios financeiros, não tem em conta qualquer tipo de preocupação para com os cidadãos europeus e a suas cada vez mais dramáticas condições de vida.

Também ao contrário do que muitos por cá defendem, o presidente dos EUA deixou ainda algumas propostas ao Congresso e governos estaduais para estimular o ensino liceal, legalizar imigrantes, estender os benefícios fiscais para trabalhadores e acabar com benefícios fiscais para empresas que enviem postos de trabalho para o estrangeiro.

Aliás, esta última proposta há muito que devia ter sido implementada na Europa. Aquelas empresas europeias que usam a deslocalização e os paraísos fiscais para fugir aos impostos, às suas obrigações sociais ou para se aproveitarem dos salários baixos e das condições degradantes de trabalho existente noutros países, onde não são respeitados os direitos sociais e humanos, deviam ser fortemente penalizadas. Ora, não só não é isso que acontece, como até acabam acarinhadas pelos poderes políticos e pela comunicação social.

Por cá, ainda, se alguém beneficia de vantajosas condições fiscais, não é quem trabalha e produz, mas quem especula, quem dá emprego a ex-políticos reformados, quem tem ligações privilegiadas com o poder político. Falar em benefícios fiscais para quem trabalha, ao mesmo tempo que se propõe retirá-los às empresas que não respeitam os direitos socias, como o fez o presidente Obama, é um tabu, e se fosse proposta por cá logo seria bombardeada e ridicularizada pelos comentadores do costme, sempre prontos a defender os poderosos interesse financeiros e económicos, contra quem trabalha e produz.

Também, ao contrário do que se passa nesta Europa, entregue à voragem de obscuros interesses financeiro (com a excepção da Islândia e dos países nórdico…), o presidente norte-americano anunciou ainda a intenção de reforçar as investigações às práticas financeiras fraudulentas que levaram à crise financeira.

Esse tipo de investigação não interessa aos interesses financeiros e políticos europeus, porque, levada até às suas últimas consequências, levaria muita gente, hoje "importante" na vida política, financeira e económica europeia, para as prisões.

Obama sublinhou também a importância da Educação, do desenvolvimento tecnológico, do emprego qualificado e da segurança energética como condições para o sucesso futuro dos Estados Unidos.

Por cá, continua a apostar-se na mão de obra barata, nos monopólios energéticos, ao mesmo tempo que se desvaloriza o sector educativos.

Obama avisou ainda: «Não, não vamos voltar a uma economia enfraquecida pelo outsourcing, dívida e falsos lucros financeiros”. Dando o exemplo do bilionário Warren Buffet sublinhou a necessidade de acabar com benefícios fiscais para as grandes fortunas.

Também por cá as grandes fortunas continuam imunes à crise e ninguém se atreve a questionar esses privilégios…pudera, por cá ninguém, políticos, economistas e comentadores, se atreve a morder na mão de quem o alimenta…

Mas talvez aquela que tenha sido uma das mais interessantes proposta anunciadas foi o estabelecimento de uma nova unidade para combater as práticas de concorrência desleal no âmbito do comércio internacional.

Obama chegou ao ponto crucial do actual processo de globalização e de mercado livre, que beneficia quem foge aos impostos, quem não respeita os direitos sociais, humanos e políticos dos trabalhadores e dos cidadãos em geral, fomentando o dumping social, a pirataria, e o branqueamento de dinheiro oriundo do crime organizado.

Desde há muito que a Europa devia estar a defender, aprofundar e aperfeiçoar o seu modelo social contra o dumping social à escala global, em vez de, pelo contrário, os seus políticos, economistas e comentadores nos tentarem convencer que é o modelo social que faz parte do problema, desviando-nos assim a atenção do verdadeiro problema, que é a impunidade em que vivem o sistema financeiro e as grandes empresas.

Claro que, do discurso de Obama, o que foi ampliado por cá, nomeadamente na comunicação social que tem poder para influenciar a opinião pública, as televisões,  foi uma parte lateral do discurso do presidente, a questão do Irão.

Neste momento, aos dirigentes europeus, para desviarem a atenção dos seus cidadãos dos verdadeiro problemas da crise financeira e da sua incompetência e corrupção ética , interessa enfatizar o que se passa no Irão, não interessando divulgar o essencial do discurso de Obama.

…uma guerra agora vinha mesmo a jeito para os actuais líderes europeus!

FILMES DUMA VIDA - 133 - OS Poderosos -

O SOM DO DIA - 83 - Rua da Saudade - Canção de Madrugar - Susana Félix

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A FOTO DO DIA - 10 - ...open de ténis da Austrália

(Foto de Mark Blinch/Reuters)

...E se reformassemos ...as Reformas Douradas?

Muito se tem dito e escrito sobre as infelizes afirmações do Presidente da República acerca da sua reforma.

A falta de jeito do Presidente já foi suficientemente ridicularizadas, mas o essencial ficou por analisar.

Para mim, o maior escândalo dessas afirmações é o facto de ficarmos a saber que um professor universitário, com quarenta anos de carreira, recebe a mísera reforma de 1300 euros. Não sei se, também neste aspecto, Cavaco fugiu à verdade, mas se assim for estamos perante uma grande injustiça, não tanto para com o Presidente, mas para com os professores universitários.

O escândalo ainda é maior porque, na sequência destas afirmações, ficámos a saber que, só por ter passado metade daquele tempo pelo Banco de Portugal, Cavaco Silva recebe outra reforma, esta sim com um valor escandaloso, de cerca de 10 mil euros mensais….

Parece-me pois, que para lá da indignação que essas afirmações provocaram, elas revelam um dos problemas que está na base da grave crise que o país atravessa, que é a de falta de equidade na distribuição de direitos e deveres.

Por mim, o Estado devia impor um teto ao valor das reformas que paga. Penso mesmo que essa reforma devia ter como limite o montante da reforma de um professor universitário, o cargo mais qualificado da Função Pública.

Se esse valor é de 1300 euros, parece-me um valor ridículo. O triplo talvez fosse o valor justo para uma carreira contributiva completa de um professor catedrático, ou seja, cerca de 4000 euros. Acima disso o Estado não devia pagar nem mais um cêntimo. Em contrapartida, esse mesmo Estado também não podia pagar menos de 500 euros por uma reforma a quem descontasse por mais de 35 anos de trabalho e com 65 anos de idade.

Estas deviam ser as balizas a que o Estado português se devia obrigar, já para não ir para sistemas mais radicais, como o da Suíça, que tem um tecto de 1700 euros para as reformas pagas pelo Estado.

Acabem-se com as reformas douradas pagas muitas vezes a quem delas não tem necessidade, porque continua na vida activa a receber chorudos ordenados, como no exemplar caso de Catroga.

Uma reforma tem um objectivo social, não é uma carreira ou uma forma de enriquecimento, como acontece com muitas das reformas que continuam a ser pagas a políticos, ex-administradores do Banco de Portugal, ex-gestores públicos, muitos deles continuando na vida activa, recebendo os mais variados rendimentos e, acumulando com outras reformas.

Quem recebesse uma reforma superior a 3000 euros de outro sector não estatal (seguros, empresas, bancos…), teria apenas direito, por parte do Estado, à reforma mínima, pelo menos enquanto recebesse aquela reforma.

Para evitar injustiças, essas medidas seriam implementadas num prazo de 5 a 10 anos.

Duma vez por todas, talvez fosse altura de aproveitar alguma coisa desta crise e repor alguma justiça e equidade social…haja coragem e moralidade para isso!

O Longo braço de José Eduardo dos Santos...ESTE TEMPO, uma crónica censurada...em Portugal!

Oiçam aqui a crónica que enfureceu as autoridades angolanas e o mundo dos negócios em Portugal, levando a acabar com a colaboração de Pedro Rosa Mendes na Antena 1...
...enquanto morrem milhares de crianças em Angola por falta de cuidados médicos e de condições digna de vida, o clã Eduardo dos Santos, com o apoio e a conivência  de banqueiros, empresários, políticos e até de jornalistas portugueses, impõe-se à liberdade de imprensa em Portugal... 

Minority Report - o fotógrafo Frank Miller visita o Vietnam

 Excelente reportagem fotográfica de Frank Miller sobre o Vietname

O SOM DO DIA - 82 - LUZ CASAL - PIENSA EN MI

Vamos todos ajudar o Aníbal - FB leaks

Porque não chegam os 10 mil euros ao Aníbal?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Foto do Dia - 9 - Bem vindos ao Ano do Dragão.

Pequim festeja a entrada no Ano do Dragão...por cá espero que seja o ano da Águia...
(Foto: AP).

«La Fura dels Baus» conquistaram Guimarães



Para quem não viu, aqui fica um resumo do espectáculo de abertura de "Guimarães - capital da cultura 2012".
Enquanto o "povo" se divertia, cinquenta "personalidades" banquetiavam-se à nossa custa...é essa a cultura que eles defendem...desde que haja um jantar à espera,é só loas à cultura, que eles prometem apoiar...já sabemos para onde vão as promessas das nossas elites políticas...
Vamos gozar bem a beleza de Guimarães e da sua cultura, antes que nos tirem tudo o que resta de festa, de cultura  e alegria nas nossas vidas para eles se continuarem a banquetear e a exibir...
Viva Guimarães e os seus hospitaleiros habitantes!. Viva a Capital Cultural da Europa...vivam os "Fura del Baus"!....

A OPINIÃO de Rui Tavres, deputado europeu: Bruxelas deve investigar "fuga legal ao fisco" .

VAMOS FURAR O ESQUEMA!? : Antena TDT - Como Fazer uma Antena tdt Caseira em 5 minutos



Não sei se resulta, só vou experimentar lá para Abril, quando desligarem o emissor de Montejunto....mas o que é preciso é experimentar idéias que acabem com a ganância de alguns monopólios...

Filmes Duma Vida - 132 - "A Firma"...um filme bem actual...

O SOM DO DIA - 81 -Três Tristes Tigres - O Mundo a Meus Pés

domingo, 22 de janeiro de 2012

Guimarães 2012

ESTE É O SITE OFICIAL DA "CAPITAL DA CULTURA", COM TODAS AS INFORMAÇÕES QUE INTERESSAM:  
Guimarães 2012 CEC (clicar para aceder)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O SOM DO DIA - 80 - Etta James - At Last ...uma homenagem...

A Foto do Dia - 8 - Leopardo africano com cria.

Fotografia de Paul Goldstein/Rex Features

Novas Oportunidades- a verdade dos factos contra a propaganda...

Muita asneira se tem lido e ouvido sobre a educação em Portugal e, em particular, sobre o programa “Novas Oportunidades”.

É surpreendente o número de pessoas “bem pensantes” e da nossa “elite” intelectual, política e jornalística que gosta de passear por aí a sua ignorância à custa de uns “trocos” e para manter os seus “minutos de fama”, gente que é "famosa por ser famosa", que pouco conhece do país real e ainda menos daquilo de que fala.

Pessoalmente, a melhor forma que uso para aferir da credibilidade ou da falta dela, por parte dessa gente, é ler e ouvir o que elas dizem sobre a educação em Portugal.

Por razões profissionais tenho-me privado de comentar algumas dessas afirmações.

Mas a carta que a seguir transcrevo resume muito daquilo que, quem está no terreno, podia dizer sobre o tema das Novas Oportunidades, repondo a verdade dos factos.

Existem problemas? Existem, e não são poucos. Existe facilitismo? Existem alguns casos, mas tem havido um esforço por parte dos profissionais ligados a esse programa para corrigir essas falhas.Esse programa foi usado e "abusado" pela propaganda política do anterior governo? Foi e é uma das causas de tanta confusão que por aí se manifesta sobre este tema.

Sobre alguns desses problemas talvez um dia venha a ter oportunidade de falar. Mas, por agora, limito-me a assinar por baixo a opinião que transcrevo aqui.

 

“O actual Governo e as novas oportunidades

“Fiz o meu estágio curricular integrado em Mestrado de Psicologia da Educação num centro de novas oportunidades (CNO) de Gaia, com a duração de quatro meses (300 horas).

“Nesse CNO pude verificar o seu funcionamento e como são avaliados os adultos que o frequentam. Não é facilitismo, como se diz por aí, não se passam atestados de incompetência. Trata- se, sim, de um tipo de educação diferente da escola formal. Aliás, não faria sentido algum colocar pessoas adultas, com 30,40,50 ou mais anos de idade, com experiências riquíssimas de vida, sentadinhas na escolinha a aprender o que os professores ensinam, segundo currículos rígidos. Aqui são reconhecidos e validados os conhecimentos adquiridos ao longo da vida.

“Neste contexto educativo, os adultos não vão para aprender (como no ensino formal), mas sim para mostrarem aquilo que sabem, o que a vida lhes ensinou -experiências profissionais, pessoais, papéis sociais.

“É isto que vai ser reconhecido e certificado, segundo um referencial de competências- chave, perante um júri composto por vários elementos, sendo um avaliador externo. E devo dizer que é muito gratificante quando, no final do processo, o adulto consegue o seu certificado. É que grande parte destas pessoas abandonou precocemente a escola, muitas delas por necessidades económicas, e agora, ao integrarem um sistema de ensino, sentem bastantes dificuldades; muitas delas já não escrevem, ou pouco escrevem, há alguns anos, e o facto de terem de fazer um porta-fólio reflexivo de aprendizagem, por si só, é muito exigente. Por isso, dever-se-ia continuar a valorizar a aprendizagem não formal e informal.

“Quanto às pessoas que tanto criticam os CNO, assim como criticam os adultos que os frequentam, devo dizer que essas pessoas não sabem o que dizem e têm uma grande falta de respeito para com esses mesmos adultos.

“É que, para se fazer uma crítica sobre um determinado assunto, é necessário estar-se por dentro das questões e analisá-las no terreno. Caso contrário, corre-se o risco de falar de cor, só porque se ouviu dizer, ou se leu num jornal, e isso é muito grave. Haja respeito por quem se esforça!”

Maria do Rosário D. A. Neves, V. N. de Gaia”

In CARTAS Á DIRECTORA, Público, 13 de Janeiro de 2012

O SOM DO DIA - 79 - Susana Félix - Amanhecer

The Animals Save the Planet - 9 - Meerkat Traffic