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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

O Jornalista que mordeu o cão

Recentemente fizeram-me chegar uma lista de conhecidos pivot’s e comentadores televisivos que não têm cartão de jornalista.

A ser verdadeira, ela explica muito daquilo a que temos assistido nalguma comunicação social, principalmente na televisiva, que é aquela que mais influencia a opinião pública.

A reportagem,  o recurso ao contraditório, a investigação da veracidade das fontes é cada vez mais substituída pelo “pé de microfone”, pela arrogância das certezas absolutas, pela provocação mais abjecta para rasteirar quem se pretende destruir, pelo espectáculo da vaidade quase pornográfico,  ou, na “melhor das hipóteses”,  pela mera opinião pessoal, muitas vezes eivada de preconceitos ideológicos, sociais e culturais, disfarçada de pretensa “objectividade”.

A “árvore” é exibida como “floresta”, se servir para a propaganda e para o espectáculo, valendo tudo  para “conquistar audiências”.

Claro que, correndo o risco de incorrer no mesmo erro, na minha opinião continuam a existir bons jornalistas e boas reportagens, mais na imprensa escrita do que na informação televisiva.

Pela minha parte, recomendo os noticiário da RTP2 e da  RTP3, os noticiários da Antena 1 e, na imprensa escrita, o Público, o Diário de Notícias, o Jornal de Letras e as revistas Visão, e alguns debates interessantes da RTP 1 e programas como a "Circulatura do Quadrado" na TVI24, sem esquecer o excelente trabalho da agência LUSA, infelizmente muito ignorado por alguma comunicação social.

O resto, ou é muito manipulado, obedecendo a uma agenda política dos seus donos ou…tem dias!

O problema, nalguma comunicação social, está na política editorial, dominada por “jornalistas” que muitas vezes só chegaram a essas posições depois de darem provas de submissão à “voz do dono”, seja ele a do dinheiro ou a da política. Muitos, aliás, fizeram o seu tirocínio na defesa das políticas da Troika e do ir além da Troika, outros veem mais de trás, do encobrimento da corrupção, dos grandes negócios, do cavaquismo e do socratismo.

É caso para dizer que há “jornalistas” que, do jornalismo, apenas aprenderam a levar a sério a anedota do “homem que mordeu o cão", confundido a parte com o todo, conforme a conveniência e a agenda política do “patrão”.

Há mesmo jornalistas que "mordem" eles mesmos o "cão", só para poderem explorar a reacção do "cão" e criarem "casos" para aumentar audiências.

É costume dizer-se que é nas curvas apertadas que se veem os bons condutores ou que as crises podem trazer o melhor e o pior de nós.

Estra crise está a revelar o pior de uma comunicação social ávida de “sangue” e audiências fáceis.

domingo, 24 de janeiro de 2021

Votando


Já fui votar.

Havia movimento, mas bastante distanciamento e tudo bem organizado e espaçoso.

Ou, seja, por medo, não há razão para, pelo menos aqui na cidade de Torres Vedras, alguém deixar de exercer o seu direito de voto.

Infelizmente, muitos dos que se desculpam com o medo, como noutras alturas com o tempo, para não votarem, são os mesmos que hoje vejo aqui a encher o supermercado junto da minha casa, em condições de distanciamento e mobilidade muito mais arriscadas que aquelas que eu vi nas mesas de voto. 

Situação esta, idêntica a uma "visita" que tive de fazer ao Hospital da CUF, também meu vizinho, na semana passada, com muita gente a cruzar-se e com maior proximidade e mobilidade do que nas mesas de voto de hoje.

Por isso, votem em segurança.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

O Mundo sem Quino (3) : - 38 cartoon´s de homenagem a Quino.


BêDêZine: Cartoonistas de todo o mundo homenageiam Quino...:  (clicar para ver)

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

O Mundo sem Quino (2)


BêDêZine: Um Mundo sem Quino: O mundo já tinha ficado sem Quino há alguns anos, quando ele deixou definitivamente de desenhar por razões de saúde. (clicar para ler mais).

O Mundo sem Quino (1)


Quino: Mafalda diria que o mundo atual é um ″desastre″ e uma ″vergonha″ - DN: Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido como Quino, criou há mais de meio século a icónica personagem reconhecida por várias gerações (clicar para ler todo o artigo).

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Que rica crise

Segundo noticias ontem divulgadas, a venda de carros de luxo tem vindo a aumentar nos últimos meses em Portugal, com  a Porche a crescer 70% e a Ferrari...140%...

A notícia, aliás, mereceu meras notas de roda-pé na imprensa e nem foi referida na informação televisiva.

Sobre ela não se ouviu uma palavra dos comentadores do costume, sempre tão prontos a acusar os portugueses que vivem "acima das suas possibilidades" ou os funcionários públicos e pensionistas pelos seus "privilégios".

É caso para dizer...que rica crise!!!



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Quino, criador de Mafalda, recebe o "Premio Príncipe de Asturias de Comunicación y Humanidades" de 2014


A banda desenhada rompe cada vez mais as barreiras do preconceito cultural e artístico e, graças ao talento de grandes autores como o argentino Quino, revela todo o seu valor, mais uma vez reconhecido com este prémio atribuído ao pai da Mafalda.

Pessoalmente esta foi uma série que me acompanhou desde a juventude, bem como a carreira posterior ao abandono daquela série  por Quino, agora comocartoonista multifacetado.

Tive o privilégio de me cruzar uma vez, na feira do livro de Lisboa, como o próprio Quino, com quem troquei breves palavras e que me brindou como um desenho da Mafalda autografado por si.

Quino, creador de Mafalda, Premio Príncipe de Asturias de Comunicación y Humanidades 2014(clicar para ler).


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Jonet, Ulrich e Coelho: a mesma luta ou… a banalização do mal..




Passo Coelho, com o seu apelo ao empobrecimento generalizado, Jonet em defesa da caridade como alternativa à segurança social ou o convite a uma vida de sem-abrigo feita pelo banqueiro Ulrich, tudo dito em contextos e tempos diferentes, enquadra-se na mesma “luta” política, que visa a aceitação passiva da dramática situação para onde todos estamos a ser atirados.


O objectivo é banalizar o mal do desemprego e da miséria que visa, exclusivamente, aumentar o rendimento do sector financeiro, reduzir direitos sociais, embaratecer o trabalho e, no fim, limpara consciências, substituindo a segurança social pela caridadezinha.


O que essa gente ainda não percebeu é que o seu entusiasmo pela miséria alheia se pode, um dia, virar contra os próprios. Como esse dia ainda está longe, vamos continuar a ouvir banalidades como aquelas , ditas por aquelas ou outras pessoas, que só nos oferecem como alternativa o desemprego, a pobreza e a caridade.


Para eles, sonhar com uma vida melhor é um objectivo “acima das nossas possibilidades”, pois só banalizando o mal dessa forma é que eles vão poder realizar os seus sonhos de poder político, de influência social ou de “riqueza”  financeira…

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Feira do Livro de Lisboa abre hoje.


Feira do Livro de Lisboa abre hoje (vídeo) - Expresso.pt (clicar para ler a notícia).

Hoje é dia de abertura da Feira do Livro.

Este foi um acontecimento que me acompanhou ao longo da vida.

Ainda me recordo quando ela se realizava na Avenida da Liberdade. Tenho na minha posse uma série de fotografias, em formato analógico, de um dia em que me deparei com o triste espectáculo da destruição de alguns dos pavilhões dessa feira, resultado de um atentado terrorista perpetrado pela extrema-direita, aí no final da década de 70.

A mudança para o Parque Eduardo VII parece-me ter sido mais adequado, facilitando a mobilidade entre pavilhões e dando mais espaço para o convívio ou para se ficar por ali, sentado num banco ou na relva a desfolhar os livros comprados.

De forma mais ou menos irregular tenho frequentado essa grande festa do livro, pese toda a polémica, quanto a mim mesquinha e inócua, sobre a animação desse espaço.

Apesar de toda a concorrência dos outros meios de comunicação, esta continua a ser a grande festa do livro em Portugal, onde é possível cruzarmo-nos com o famoso do momento, o autor mais prometedor, o desconhecido que procura dar os primeiros passos no exigente mundo do livro, ou, “simplesmente”, reencontrar velhos amigos de quem perdemos o rasto há muitos anos.

O encontro mais memorável dessa feira foi um que tive, nos idos de 30 de Maio de 2003, no stand da Teorema, com Quino, o autor de Mafalda.

Andava a percorrer aquele espaço com a minha família, quando me deparei com o anuncio da presença daquele famoso cartoonista argentino no stand dessa editora. Faltava apenas meia-hora para a presença anunciada, pelo que decidi esperar por ali os minutos que faltavam.

À hora marcada, penso que pelas 16.30, lá apareceu Quino, com quem desde logo encetei algum diálogo, mostrando-se surpreendido com o êxito que a Mafalda tinha em Portugal.

A sua presença era para o lançamento de um livro que reunia vários dos seus cartoons mais recentes, intitulado “Tanta Bondade”. Segundo me disse, há muitos anos que havia abandonado a série Mafalda.

Entretanto ia desenhando alguns cartoons para os fãs que estavam à minha frente, até que chegou a minha vez e, então começou a surgir a incontornável Mafalda na folha em branco do livro, enquanto Quino ia dizendo ser esta a primeira vez, desde há muitos anos, que voltava a desenhar aquela.

Com orgulho continuo a exibir aos meus amigos o meu mais valioso autógrafo, que reproduzo aí em baixo.

O tempo não é muito, mas penso regressar este ano àquele agradável espaço de cultura e comunicação.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ministros das Finaças da UE reunem...para quê?

(Cartoon de Quino - clicar na imagem para ver maior)


Parece que hoje vão reunir em Bruxelas os Ministros das Finanças da União Europeia.

Dessa reunião só podem ser esperadas duas coisas:

Ou a cedência habitual à chantagem das agências de rating e aos obscuros interesses financeiros mundiais (aquilo que eufemísticamente os serviçais dessa gente designa por “mercados”), apertando ainda mais o cinto ao capital produtivo, aos trabalhadores e aos contribuintes ;

Ou tomam medidas corajosas:

• em primeiro lugar responsabilizando o BCE e o seu patético presidente pela incapacidade em prever e encontrar soluções para a crise;

• em segundo lugar combatendo frontalmente a especulação financeira, começando por assumir os off-shores como actividade criminosa de fuga ao fisco e denunciando os interesses que movem as empresas de rating, tomando a iniciativa de criar uma agência de rating europeia independente dos criminosos interesse especulativos;

• em terceiro lugar seguir a sugestão do presidente da Grécia de investigar o papel que os grandes bancos (em especial os norte-americanos) tiveram na eclosão da crise financeira, que é aliás o que o presidente Obama está a fazer no seu país, investigando os seis maiores bancos de Wall Street. Segundo Papandreou, o objectivo dessa iniciativa que ele tomou para a Grécia, mas que devia ser seguida para toda a Europa, é pretender saber “que tipo de práticas contribuíram para o descalabro nos mercados financeiros”, admitindo processaros bancos “que possam ter contribuído, com as suas práticas” para a crise financeira;

• em quarto lugar, tomar medidas drástica de regularização dos mercados financeiros.

Infelizmente não acredito nas medidas “corajosas” dessa gente, pois ninguém “morde” na mão que lhe dá de comer.

Se mais uma vez saírem daí medidas para que sejam os de sempre a continuar a pagar a crise, pela minha parte, e contra as minhas convicções, não contem nunca mais com o meu voto em eleições europeias.

Para o bem da Europa, espero estar enganado.

( A propósito, leiam a interessante entrevista que João Ermida deu ao Público de hoje. Ele conheceu por dentro o mundo da bolsa e, desgostoso com o que viu, resolveu denunciar, em livro, a forma como esse mundo funciona e decide da vida de milhões de pessoas).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Cartoon da Semana - os "novos valores" do século XXI, segundo Quino

O meu amigo Fernando Sarzedas fez-me chegar esta banda desenhada de Quino.

O argentino, “pai” de Mafalda, continua acutilante e original.

(clicar sobre a imagem para ver em tamanho maior)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

No 45º Aniversário da Mafalda


Foi no dia 29 de Setembro de 1964 que uma tira da Mafalda foi publicada pela primeira vez, no semanário argentino “Primera Plana”. A personagem tinha sido criada dois anos antes como um cartoon de propaganda a publicar no “Calrin”, mas um conflito contratual impediu então a sua publicação.

Em 25 de Junho de 1973 Quino, o pseudónimo do Joaquín Salvador Lavado, nascido em 1932 , decidiu terminar com a série, embora a personagem ainda tenha aparecido para promover campanhas em defesa dos Direitos Humanos.

Desde então Quino dedica-se exclusivamente ao cartoon humorístico.

Pessoalmente tive o privilégio de conhecer, por mero acaso, o criador da Mafalda, uma das minhas séries preferidas do mundo das tiras humorísticas, ao lado dos “Peanuts” e do Calvin & Hobbes”.

Um dia, 30 de Maio de 2003, visitava a Feira do Livro de Lisboa, deparei com um anúncio, no stand da Teorema, de que, daí a meia hora, Quino estaria presente para dar autógrafos. Esperei algum tempo e fui a terceira ou quarta pessoa com quem ele falou.

Quando lhe revelei a minha admiração e entusiasmo pela Mafalda, leitura da minha juventude, Quino revelou-se surpreendido pelo interesse que em Portugal ainda existe por essa personagem, referindo o facto de já não desenhar a Mafalda há muito tempo.

Às pessoas que pediam o seu autógrafo, ele desenhou alguns dos seus bonecos mais recentes. Para mim, perante o meu entusiasmo, condescendeu, e resolveu desenhar-me uma Mafalda, provavelmente um dos raros originais deste personagem desenhado depois de 1973.

É esse original que reproduzo acima, recordando este dia de aniversário de Mafalda e esse feliz encontro com Quino.