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terça-feira, 31 de março de 2020

Rui Moreira, o “bolsonaro” português?



Uma coisa e “achar” ou “opinar”,  discordando ou questionando as decisões da Direcção Geral de Sáude ou da Organização Mundial de Saúde , sendo certo que o conhecimento científico reside, no final, ora na OMS, a nível mundial, ora na DGS a nível nacional, organizações que são assessoradas pelos mais reputados cientistas e investigadores .

Uma coisa é uma autoridade pública debater com a DGS determinadas decisões, discordando ou propondo decisões diferentes.


Seria bom que toda a gente percebesse, principalmente as instituições e as autoridades civis, que a máxima autoridade neste momento, para um combate eficaz à pandemia é, a nível mundial, a Organização Mundial de Saúde e, a nível nacional, a Direcção Geral de Saúde.

Infelizmente estamos a assistir às mais diversas atitudes irresponsáveis de líderes políticos mundiais, de Trump a Bolsonaro, ao aproveitamento político de outros, como Órban a aproveitar-se da situação para impor a primeira ditadura efectiva no espaço da União Europeia,  às palhaçadas de outro ditador europeu, o presidente da Bielorrússia, ou às conhecidas afirmações repugnantes do governo holandês.

Por cá, vemos muita gente a tentar pôr-se em bicos do pés,  ou a fazer chicana política, como a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

O que talvez não se esperasse era assistir a um líder político fazer apelos à desobediência como o fez Rui Moreira.

Num momento em que todos deviam a estar a remar para o mesmo lado, quer Rui Moreira ficar para a história como o Bolsonaro português?

sábado, 28 de março de 2020

Investigue-se o governo holandês!


(dados fornecidos pelo Dr. António Fiuza)

O governo holandês, seguindo o exemplo de Trump, Bolsonaro e Johnson, foi um dos países que rejeitou o principio do confinamento, promovendo, até há poucos dias, desrespeitando recomendações da OMS e da comunidade científica, a chamada “aquisição de imunidade colectiva”.

O resultado está a ser desastroso, como se revela pelo quadro acima e pelos dados revelados pela OMS.

Só no dia de ontem houve naquele país um aumento de mil infectados, perfazendo um total de 7 431 casos registados e …434 mortos!.

Sobre a superioridade do seu sistema de saúde em relação a outros países, o número de mortos e a estatística mostra o falhanço total das medidas desse governo.

A incompetência e a irresponsabilidade desse governo, uma aliança da velha direita neoliberal com a direita populista, é evidenciada pelo quadro acima publicado ( retirado de um post do Dr. António Fiúza), que revela a relação entre mortos e o número de habitantes.

Com base nessa relação, a  Holanda é já o terceiro pior caso a nível mundial, só superado pela Itália e pela Espanha, e aqueles dados já estão desactualizados.

É o governo desse país que vem agora dar lições à Espanha e à Itália?

Recorde-se, já agora, que foi uma turista holandesa que iniciou a propagação do vírus na ilha da Madeira, tudo porque a Holanda, já num momento de crise, se negava a impedir as viagens dos seus cidadãos, considerando estar tudo bem.

Provavelmente a Holanda vai precisar da mesma solidariedade que sempre negou aos países do sul.

Mas se houver alguém que deva ser investigado pela sua incompetência, o governo holandês é um deles.

sexta-feira, 27 de março de 2020

O Holandês Repugnante e o fim da União Europeia.


(O rosto da repugnância)

Pela segunda vez, nos últimos 10 anos, vem de um ministro das finanças da Holanda a atitude mais repugnante (subscrevo por baixo a classificação que lhe deu o nosso primeiro-ministro às afirmações desse bandido) em momento de crise.

Queixando-se o governo espanhol de dificuldades orçamentais para fazer frente à tragédia que assolou a Espanha (tal como a Itália e a França…por agora!), aquela aberração, que herdou o lugar de ministro das finanças de outra aberração, o nosso conhecido Jeroen Dijsselbloem, a resposta do “bicho” foi que a Espanha devia ser investigada por essas dificuldades, como se tivéssemosnuma situação normal.

A atitude repugnante desse bandido mostra que a atitude do seu antecessor naquele cargo, e ex-lider do Eurogrupo, durante a crise de 2009, não terá sido uma casual aberração, mas tem por base a maneira de ser holandesa.

A Holanda vive confortavelmente, do ponto de vista financeiro, porque é um dos principais países a beneficiar da fuga de impostos para off-shores com sede nesse país e de todo o tipo de branqueamento de capitais e de fuga de impostos de criminosos de todo o mundo.

A Holanda tem uma elite financeira e politica com pouca ética porque é herdeira de velhos nazis e perseguidores de judeus ( a populaçãoholandesa foi das que mais perseguiu e denunciou judeus durante a segundaguerra e foi o último reduto de nazis, rendendo-se só dias depois da morte de Hitler e da  queda de Berlim), sem esquecer que foram colonos de origem holandesa que inventaram o Apartheid na África do Sul.

A atitude holandesa, face a esta crise, explica porque é que a Itália foi, pela segunda vez, abandonada à sua sorte ( a outra vez foi na questão dos emigrantes) e é um presságio sobre a forma como os burocratas de Bruxelas, onde dominam políticos xenófobos, racistas e arrogantes do norte da Europa, vão solucionar a crise económica provocada pela tragédia desta epidemia.

Se há alguma coisa a ser investigada, depois desta crise, é o modo como a austeridade imposta durante os anos de crise financeira enfraqueceu a resposta dos vários Serviços Nacionais de Saúde a esta epidemia, procurando os responsáveis por essas decisões criminosas, nas instituições financeiras e nos governos da época.

Se dominar o discurso daquele criminoso social, é, muito provável que tudo venha a resultar no fim da União Europeia, porque os cidadãos europeus não vão tolerar novamente uma resposta desumana idêntica à de 2009.

quinta-feira, 26 de março de 2020

COVID-19 : Registo por concelhos


A Direcção Geral de Saúde começou a divulgar, no seu site, os dados relativos aoCoronovírus de acordo com a sua distribuição por concelho.

O facto de não se indicar casos num concelho, não quer dizer que não se tenha havido, porque, até ontem, esses casos eram enviados para hospitais de referência fora de muitos desses concelhos.

É assim que se explica os "zero" casos em T. Vedras. De facto já foram registados pelo menos 4 casos, mas os mais graves, até ontem íam para Lisboa e estão nos números deste concelho.

Tive ontem a confirmação, por parte de fonte segura que até ontem foi assim (zero casos no nosso hospital) situação que será alterada a partir de hoje, como se sabe, pois começam hoje a ser recebidos nos centros de saúde de cada concelho os novos casos.

Os dados  indicados pela DGS referem-se aos internados e confirmados, e até ontem. Será interessante seguir a partir de agora os casos oficiais por concelho.

É provável que a partir do relatório de amanhã os dados já sejam mais claros.

Veremos se acontece, em Torres Vedras, o histórico, isto é, uma situação sempre menos grave do que em Lisboa (com a excepção do caso da Pneumónica em 1918) , tanto assim que a nobreza, que aqui tinha propriedades,  e a própria coroa (já que T.Vedras era terra de rainhas) se refugiavam neste concelho quando as pestes assolavam Lisboa.

Boa sorte para todos, nas semanas que se preveem complicadas!


terça-feira, 24 de março de 2020

Morreu Albert Uderzo, o "pai" de Astérix

Morreu Albert Uderzo, o desenhador e criador, em 1959,  juntamente com René Goscinny (falecido em 1977), da série Astérix.

Tinha 92 anos, e morreu de crise cardiaca, na sua casa em Neuilly-Sur-Seine, em França.

Recordamos AQUI a sua obra.