Perante
a grave situação vivida, devemos acatar todas as ordens das autoridades,
principalmente as emanadas, por ordem decrescente de credibilidade, pela Direcção
Geral de Saúde (DGS), Ministério da Saúde, Primeiro-Ministro e…Presidente da
República (PR), mesmo quando discordamos ou temos dúvidas.
Apesar
de tudo, temos a sorte desta crise ter acontecido sob o governo de António
Costa e presidência de Marcelo Rebelo de Sousa.
Já
imaginaram o inferno que seria se tudo isto tivesse acontecido nos tempos de
Passos Coelho e Cavaco?
Isto
não quer dizer que não discordemos de algumas atitudes dos nossos actuais governantes.
Como
a Democracia e a Liberdade não foram suspensas, todos temos direito a comentar
ou opinar sobre algumas dessas decisões e, passada a grave situação, haverá
tempo para fazer balanços e responsabilizar pelos erros.
Sendo
assim, passo a explicar porque, até prova em contrário, coloca o PR no final da
lista.
Quando
já se conhecia a grave situação vivida na Itália e existiam recomendações da
DGS, o sr. PR resolveu brincar com a situação, continuando a distribuir
beijinhos, abraços e selfies.
Depois,
quando percebeu que a coisa era mesmo séria, retirou-se para uma espécie de quarentena
forçada (e “dourada”), remetendo-se ao silêncio e o país ficou “entregue” à Drª
Graça Freitas e ao governo, que tomaram as medidas adequadas, acatadas, reponsavelmente, pelos portugueses e, cujo resultado, já se começou a ver hoje,
quando, pela primeira vez, se registou um número inferior de novos infectados em
relação ao dia anterior.
Eis
senão quando o sr. PR renasce das cinzas, cheio de “pica” e, de forma apressada,
sem consultar os especialistas , cedendo ao mais puro populismo musculado, aplica, apressadamente, o
“estado de emergência”, só não lançando o caos porque muitas das medidas
permitidas por essa decisão já tinham sido tomadas pela DGS e pelo governo, sem o “estapafúrdio” “marcelista”, mas provocando as primeiras divisões na opinião
pública sobre o combate aos Coronovírus.
É
assim que faço minha as palavras sempre sábias do jornalista Ferreira
Fernandes, ontem no Diário de Notícias online:
“Justificando
com os portugueses terem até agora acatado bem as medidas que têm sido
impostas, o Governo e a esquerda que o apoia preferiam não ter de invocar o
argumento de autoridade do estado de emergência. Não é preciso falar alto
quando se é ouvido... Marcelo e toda a direita, por uma vez unidos, preferiam o
contrário.
“Costa tem
como justificação política uma certa profilaxia da democracia: os estados de
exceção são um comer que aumenta o apetite... Por seu lado, Marcelo precisava de fazer prova de vida depois do seu
excesso de abraços públicos já com a pandemia declarada, seguido de uma recolha
a casa ainda não bem explicada. E a direita, além de não querer perder a
oportunidade, há muito rara, de se mostrar unida, deixa-se levar pela sua
tendência natural para a política musculada (aliás, neste dias, palavra por ela
muito invocada).
Claro
que tudo isto é política menor perante a questão essencial e grave: combater o
coronavírus. Ele é o inimigo de todos".
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