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segunda-feira, 2 de março de 2020

As Duas “Fronteiras” da União Europeia.


Nos últimos dias, ficou evidente que, no espaço da União Europeia,  existem duas fronteiras.

Uma para os negócios e os negociantes e para os “mercados”, permitindo a livre entrada e circulação de quem, vindo de zonas infectadas pelo coronavírus, pode entrar, circular e entrar sem restrições, desde que venham em “negócios” ou como turistas.

Também, ao contrário do que aconteceu com ataques terroristas, as autoridades europeias continuam a permitir a livre circulação de quem chega e parte das zonas italianas atingidas pela epidemia, para dar “ares” de normalidade, na sequência da atitude irresponsável dos primeiros ministros da Itália e França, abraçando-se e beijando-se em público, à revelia das recomendações da OMS.

Aliás, enquanto a China tomou medidas que travaram a expansão pela Europa do vírus, a irresponsabilidade das autoridades italianas, com o aval dos burocratas de Bruxelas, provocou o aumento e a expansão do Coronavírus por toda a Europa, como aconteceu hoje em Portugal pela primeira vez.

É  caso para dizer que na Europa existem duas “fronteiras”:

- uma que permite a livre disseminação da doença pelo espaço da União Europeia, desde que sirva para salvar a face das autoridades italianas e sirva para manter os “negócios”;

-  outra para os desgraçados imigrantes e refugiados, que fogem a conflitos ou à miséria económica alimentada pelo Ocidente, numa situação dramática, a roçar a tragédia, como se tem visto também nos últimos dias com o que se passa nas fronteira entre a Turquia e a União Europeia.

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