Nos últimos dias, ficou evidente que, no espaço da União
Europeia, existem duas fronteiras.
Uma para os negócios e os negociantes e para os “mercados”,
permitindo a livre entrada e circulação de quem, vindo de zonas infectadas pelo
coronavírus, pode entrar, circular e entrar sem restrições, desde que venham
em “negócios” ou como turistas.
Também, ao contrário do que aconteceu com ataques
terroristas, as autoridades europeias continuam a permitir a livre circulação
de quem chega e parte das zonas italianas atingidas pela epidemia, para dar “ares”
de normalidade, na sequência da atitude irresponsável dos primeiros ministros
da Itália e França, abraçando-se e beijando-se em público, à revelia das recomendações
da OMS.
Aliás, enquanto a China tomou medidas que travaram a expansão
pela Europa do vírus, a irresponsabilidade das autoridades italianas, com o
aval dos burocratas de Bruxelas, provocou o aumento e a expansão do Coronavírus
por toda a Europa, como aconteceu hoje em Portugal pela primeira vez.
É caso para dizer que
na Europa existem duas “fronteiras”:
- uma que permite a livre disseminação da doença pelo espaço
da União Europeia, desde que sirva para salvar a face das autoridades italianas
e sirva para manter os “negócios”;
- outra para os
desgraçados imigrantes e refugiados, que fogem a conflitos ou à miséria
económica alimentada pelo Ocidente, numa situação dramática, a roçar a
tragédia, como se tem visto também nos últimos dias com o que se passa nas
fronteira entre a Turquia e a União Europeia.
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