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domingo, 15 de março de 2020

COVID-19 : A irritante inoperância da União Europeia.



Afinal, a incapacidade da União Europeia em lidar com a grave situação do migrantes não tem a haver apenas com incompetência ou cedência ao “populismo” dos seus líderes.

É mesmo por falta de humanidade das instituições e dos líderes da União Europeia, como se vê agora com a crise do “coronavírus”.

A Itália, depois de apelar à União Europeia por ajuda, recebendo apenas respostas retóricas, acabou por receber a solidariedade de onde menos se podia esperar, da China, que enviou material e médicos para ajudar o país.

Da União Europeia apenas ouvimos a retórica habitual, do “deficit” para aqui, do cumprimento das regras financeiras para acolá, tudo regado em milhões “prometidos”, mas, com já sabemos de experiências anteriores, a pagar no futuro pelos cidadãos, com o “juro” habitual das “reformas estruturais” (cortes salariais e nas pensões, aumento de impostos, cortes nos direitos sociais e no Estado Social), pois os lucros do sector financeiro e os “mercados”, esses são intocáveis.

Não existe coordenação nas medidas, nem coordenação na ajuda, ou no controle de fronteiras. 

É cada um por si, apesar da bonita retórica, politicamente correcta do “somos todos italianos”!.

Por agora há que combater o vírus, apoiar os profissionais de saúde no seu trabalho esforçado, seguir as recomendações das autoridades nacionais e ajudar as pessoas em dificuldade.

Depois temos todos de “ajustar” contas com a burocracia de Bruxelas para que, mais uma vez, essa gente não nos venha cobrar para salvarem a face do sistema financeiro que alimentaram.

Espero que os cidadãos, passada a crise, ponham os burocratas de Bruxelas na ordem, de uma vez por todas, exigindo uma Europa para os cidadãos, mais humana, solidária e social, e não mais para os “cifrões” dos “mercados “ e dos especuladores financeiros.

Ponham-se a pau. Os cidadãos europeus estão a enfrentar o vírus, mas também estão atentos e fartos da inoperância dos burocratas de Bruxelas e não aceitam mais austeridade em nome da salvação do “mercados”.

Caros burocratas, nada vai voltar a ser como era!

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