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quinta-feira, 20 de março de 2025

O Novo "nazifascismo"


Não deixa de ser curioso.

Os Estados Unidos e a Rússia (herdeira da antiga União Soviética, que então incluía a Ucrânia), foram os principais responsáveis pela derrota do nazi-fascismo no século XX.

Os judeus,  os povos do leste e da antiga União Soviética foram os que mais sofreram como a violência do nazismo.

Os judeus fundaram Israel como consequência da violência que sobre eles se abateu com o Holocausto.

E o que vemos hoje?

Estados Unidos,  Rússia, Ucrânia e Israel,  nesse passado “antifascista” os principais combatentes ou vitimas do nazi-fascismo, são hoje os responsáveis pela disseminação, a nível mundial, dos ideais da extrema-direita, um novo "Nazismo", com várias vertentes e variantes, nalguns casos combatendo-se entre si, adaptado aos dias de hoje (a Rússia de Putin, algumas milícias e batalhões  ucranianos, os Estados Unidos de Trump e Israel de Nethanyhu).

Uma total e preocupante inversão e desrespeito pelo  passado histórico dessas nações e povos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

"PRAXISMO"


Confesso que já estou farto de toda esta conversa sobre as praxes.

Confesso que abomino praxes, acho uma estupidez, coisa de gente mentecapta e idiota.

Claro que todos nós, nalguns momentos da nossa vida tomamos atitudes estupidas, mentecaptas e idiotas, mas não fazemos disso um ritual ou uma forma de nos afirmarmos perante os outros.

Tudo aquilo que eu sei de praxes e tenho visto reproduzido em filmes e descrições várias é um conjunto de provas de humilhação, arrogância e desumanidade abjecta.

Se tudo aquilo se passasse numa escola do ensino básico ou secundário (…mas, onde também já há quem tente imitar as praxes “académicas”..) seria classificado como bulling e os prevaricadores sancionado devidamente pela sua prática.

Quando fui para a universidade felizmente não existiam praxes. Quanto muito era considerado coisa decadente , restrita à Universidade de Coimbra.

Os defensores das praxes vêm agora com a desculpa de que estas servem para “integrar os alunos” e para “consolidar amizades “(????).

Pessoalmente sempre me senti integrado nas universidades que frequentei e sempre consegui fazer boas amizades, amizades para vida, sem precisar de passar por qualquer processo de humilhação como o das praxes.

Dizem ainda os mesmos defensores da “coisa” que se deve distinguir as praxes violentas das “normais”.

Mas aquilo que tenho visto é tudo violento, quase ao nível da violação (…em muitos casos literalmente…) da liberdade de cada uma.

A violência não é só agredir fisicamente alguém ou levar alguém à morte, como já tem acontecido. Despejar água sobre alguém, pintar a cara com símbolos fálicos,  obrigar alguém a fazer exercícios físicos, berrar ordens e outras alarvidades é igualmente violento.

Formalmente qualquer aluno pode recusar as praxes, mas se o fizer o mais certo é vir a ser tomado de ponta, marginalizado e até perseguido.

As escolas são espaços de liberdade, de convívio, de estudo  e de integração, mas nunca através dessas alarvidade.

As associações de estudantes devem integrar os estudantes, apoiando-os nas suas dificuldades psicológicas, sociais, económicas,  e integrando-os através de actividades científicas, culturais ou desportivas, nunca através de atitudes vexatórias e de provas iniciáticas de cariz fascista, como são as praxes.

Sou contra a proibição formal das praxes, mas as associações de estudantes, as direcções das escolas, os professores e os alunos com bom senso devem demarcar-se dessas actividades, que devem recair sob a alçada da lei nos casos mais graves.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O "NAZI-LIBERALISMO":




Entre os vários livros que fui lendo nos últimos meses, algures entre a ficção e o ensaio histórico, passou-me pelas mãos um pequeno volume histórico, da autoria do norte-americano Paul Maracin, “A Noite das Facas Longas”.

O autor, antigo investigador criminal no Gabinete do Procurador de San Diego e actual colaborador no The Wall Streeet  Journal, tem-se dedicado na sua reforma à investigação sobre a IIª Guerra Mundial.

Neste livre analisa a ascensão dos nazis ao poder e a luta entre facções do Partido Nazi que desembocou nessa noite de 30 de Junho para 1 de Julho de 1934, que foi uma noite de ajuste de contas entre Hitler e os seus rivais internos no Partido Nazi, em especial contra Röhm e as SA, mas que aproveitou para ajustar contas contra todos os que se tinham oposto a Hitler ao longo da sua vida política.

A grande burguesia alemã, o sector financeiro e o exército, que até aí olhavam para Hitler com alguma condescendência e desconfiança, viram na eliminação das SA um sinal de “civilidade” de Hitler, que eliminava e domesticava assim a ala mais populista, irrequieta,  e “obreirista” dos nazis, que até aí os servira na perseguição aos sindicatos, aos socialistas e aos comunistas e que agora se tornava “um deles”, sem os indisciplinados membros das SA a incomodar a “normalidade” das suas vidas.

Mas o que mais me impressionou neste livro foi, na breve biografia que o autor traçou dos mais destacados líderes do nazismo, alguns pontos em comum entre alguns deles: a aversão ao trabalho, a utilização da política como forma de ascensão social de muitos deles e arrogância do seu carácter sem ética social.

A maior parte deles eram pessoas falhadas, que, em circunstâncias históricas normais, nunca teriam passado do anonimato e teriam, provavelmente, levado a vida normal da pequena burguesia e das classe mais desfavorecidas.

Como é que uma sociedade culta e esclarecida, como era a alemã do principio do século confiou o poder a esse tipo de gente é uma incógnita que ainda hoje continua a motivar intensos debates entre historiadores, sociólogos e politólogos.

O que mais me impressionou foi, com as devidas distâncias históricas, algumas semelhanças nos percursos pessoais na actual geração de políticos europeus com a carreira política das elites nazis.

Gente medíocre, que quase nunca trabalhou ou geriu uma empresa, ou, quando o fez, foi totalmente incompetente  e desastrosa, sem um conhecimento da história europeia, pouco dados à cultura, ascendendo ao poder à sombra do mais abjecto oportunismo e carreirismo politico, navegando entre as juventudes, as concelhias e os congressos partidários, com falta de ética social, que olham para os cidadãos ora como meros “eleitores”, “contribuintes” ou números estatísticos.

Esta gente se tivesse vivido em plena Alemanha dos anos 30 não desdenharia participar e dar o seu contributo para levar os nazis ao poder.

Hoje o nazismo é politicamente incorrecto, e, à distância, sabemos do criminoso desfecho da sua política.

Mas os nazis eram gente “normal”, ambiciosa, bem comportada perante o poder dos mais fortes, apoiado pelo poder financeiro, tal como muito dos políticos que dominam as instituições e os governos europeus dos nossos dias.

Tal como aqueles, a maior parte dos actuais lideres políticos europeus têm o mesmo desprezo pelos cidadãos em geral e por alguns grupos em particular.

Hoje os trabalhadores, os funcionários públicos e os pensionistas substituem os judeus como a “escória” a abater por esses novos políticos, como os “bodes expiatórios” das incompetência das suas desastrosas políticas económicas e socias.

Hoje não usam camisas negras ou castanhas, mas uma postura formatada que não dispensa a nova farda do fato e gravata, vivendo das aparências.

Hoje não têm a máquina propagandista de Gobbels , mas uma miríade de jornalistas e comentadores, principalmente nas televisões, a tratar da propaganda ao seu programa único de “combate” à austeridade, ao défit e de salvação do corrupto sistema financeiro, seguindo a valha máxima nazi segundo a qual, uma mentira várias vezes repetidas acaba por se tornar verdade.

Mas hoje, tal como ontem, desprezam as leis e as constituições, os compromissos com os cidadãos, as liberdades e garantias socias.

Mas hoje, tal como ontem, limitam-se a obedecer ao sector financeiro, sem ética ou vergonha, que os coloca no poder para melhor servir os interesses desse sector, que não se importa de negociar com criminosos, desde que obtenham lucros. 

Hoje não é preciso assassinar ninguém, a não ser em casos extremos, para levar a àgua ao seu moinhos, basta ameaçar com o desemprego, com a penalização salarial, com o confisco puro e simples dos rendimentos das pessoas, ou com o medo de um futuro sem esperança para os cidadãos e seus familiares.

Hoje não é preciso levar ninguém para campos de concentração, basta retirar direitos sociais e lançar milhões no desemprego e ao empobrecimanto para retira o futuro e a esperança de vida aos cidadãos.

Hoje não é preciso invadir países com exércitos   para os saquear, basta impor um resgate financeiro para saquear um país.

Hoje, um homem com Hitler sentir-se-ia bem na pela de qualquer banqueiro, comissário europeu ,  de qualquer burocrata do BCE…

terça-feira, 14 de junho de 2011

Vizinhos dos neonazis para lutar contra eles.



A edição de ontemdo Público inclui esta curiosa reportagem sobre um casal, um musico e uma escritora de livros policiais, que vive no meio de um bairro de neonazis alemães e que, de forma corajosa, continua a lutar contra a influência deles na região.
Uma grande reportagem a ler com atenção.