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domingo, 14 de novembro de 2021

COP 26 …foi mesmo “blá!,blá, blá…!!”


Dizia um velho ditado índio que “herdamos a terra dos nosso filhos”.

Os herdeiros dos colonizadores europeus da América, ditos “civilizados”, não só nunca perceberam o sentido dessas palavras como massacraram os seus autores, naquele que foi o maior genocídio da história.

Hoje talvez se comece a perceber o sentido dessas sábias palavras.

Desde pelo menos os anos de 1960, centenas ou milhares de activistas e cientistas vêem alertando para os efeitos da nossa economia de mercado, da sociedade de consumo e do capitalismo selvagem neoliberal no futuro da Terra.

Hoje só os burros e os ignorantes  continuam a acreditar numa sociedade de crescimento de consumo ilimitado e infinito e a negar o efeito da economia humana no clima e na sobrevivência da vida à face da terra.

Apesar disso, políticos ignorantes, ou mandantes de grandes interesses económicos e financeiros, com as petrolíferas à cabeça, conseguiram adiar, mais uma vez, a urgência de medidas para travar a catástrofe previsível.

O que se passou em Glasgow, como já previa a sábia, por vezes ingénua,  activista Greta Thunberg, não passou de mais uma enorme produção de papel cheio de blá!blá!blá!...

…É melhor começarmo-nos a preparar para o pior!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Os Cães de João Rendeiro


Li por aí (Ana Cristina Leonardo, na sua crónica de hoje do suplemento ípsilon) que, no casarão do fugitivo banqueiro João Rendeiro, (que roubava aos ricos para dar aos…ainda mais ricos), vivem três “pobres” cães, uma cadela yorkshire terrier, uma schnauzer e um rafeiro encontrado na rua.

Esses três canídeos pareciam ter sido bafejados pela sorte de viverem numa casa farta e espaçosa…a não ser que fossem meras “peças decorativas”, para mostrar a amigos ou afugentar indesejáveis, amarrados a uma casota ou presos num canil do quintal, sem autorização para frequentar o casarão da família dos multimilionários…ladrões!

Desconheço a história real dos animais e os seus dramas “pessoais”, mas fico a pensar que, nos “grandes” dramas humanos, a sorte desses companheiros de quatro patas é rapidamente esquecida, passando despercebida aos focos da comunicação social.

Não sei se as autoridades, quando prendem os criminosos em suas casas, têm a preocupação de resgatar e tratar dignamente os companheiros de quatro patas que aí habitam, alheados da natureza dos seus donos (e não é porque sofrem de alzheimer…), muitas vezes os únicos seres vivos honestos que as habitam, ou se, pelo contrário, os abandonam à sua sorte, como últimas vítimas inocentes dos actos criminosos dos seus donos.

Pode ser que algum vizinho do luxoso condomínio de Alcabideche, referido, porque sempre dá mais estatuto do que aquele topónimo que remete para a origem saloia do lugar, como “situado nos arredores de Cascais”, se condoía com o destino desses animais, para quem se previa um futuro risonho, mas agora ficam privados da companhia dos donos, um em fuga, outro em prisão preventiva.

É o que se chama “ver a vida a andar para trás” ou, como se costuma dizer, porque um cão não escolhe os donos que lhe canham na rifa, “até para ser cão é preciso ter sorte”!

...e esses, "pensando" que tinham tido sorte...tiveram azar!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

SIC “apanhada” em excesso de velocidade, ou, uma SIC cada vez mais “radical”!!!


No afã de procurar reportagens cada vez mais populistas, a SIC não tem problema em violar a lei…para mostra violações da lei.

A SIC ( e outros canais que vão atrás do “estilo” arrogante e agressivo desse canal) não se coíbe de confundir “reportagem” com perseguição “pidesca”.

Esse canal de “informação” escolhe os seus alvos de forma selectiva e parcial, recorrendo a todos os meios, de forma impune, e adoçando tudo com  uma narrativa moralista.

Numa reportagem difundida no principio desta semana, o objectivo foi perseguir um dos ódios de estimação desse canal e dos donos dele, o ministro Pedro Nuno Santos (outro dos alvos selectivos tem sido o ministro Eduardo Cabrita), para o “apanhar” em excesso de velocidade.

Não tenho simpatia especial por esses ministros, muito pouca pelo segundo, mas os fins não justificam os meios.

Deram-se mesmo ao trabalho de calcular uma viagem que Pedro Santos fez entre duas localidades, para mostrar o excesso de velocidade da comitiva oficial, ou seja, num percurso, quase todo feito em auto estrada ou via rápida, a deslocação foi feita uma média ligeiramente superior a 135Km/hora.

Para dar uns ares de “objectividade”, recorrendo aos manuais das escolas de jornalismo, a reportagem foi ver a lei e esta permite que as comitivas oficiais se desloquem sem limite de velocidade, tal como acontece com serviços de urgência e com os carros de polícia.

Como tinham de encontra alguma coisa que justificasse a reportagem, lá descobriram que a comitiva ministerial, em certos troços do percurso, desligava ou não usava a sinalização de urgência a que a lei obriga.

Só que, para o fazerem, os jornalistas tiveram de, eles próprios, violar a lei, deslocando-se em excesso de velocidade, que os mesmos, não sei se por ingenuidade se por pura arrogância e sentido de impunidade, resolveram exibir e filmar, mostrando o registo de velocidade do automóvel em que os mesmos se deslocavam, chegando mesmo a ultrapassar o carro do ministro.

Contudo “esqueceram-se” de um pormenor!!

Os “jornalistas” não estão incluídos na excepção da lei.

Ou seja, o ministro violou, parcialmente, a lei num ponto, ao não assinalar, ocasionalmente, o serviço de urgência.

Já os “jornalistas” violaram toda a lei, já que estão sujeitos às regras do comum dos condutores.

Por menos do que isso já eu tive de pagar uma multa de 200 euros, fiquei com dois pontos a menos na carta e ainda tive a carta cativada por 6 meses, com pena suspensa (era uma noite de chuva, ía a 110Km numa via dupla, de cerca de 100 metros, com separador central, de aceso a uma auto-estrada, com uma unica saida para um posto de gasolina, onde havia um radar e um sinal, escondido por um arbusto, indicando um limite de 70 Km/hora...) .

Quem violou a lei, de forma gritante, e ainda por cima exibido-o impunemente, foram os “jornalistas” da SIC!!

Espero que esse afã moralista, em perseguir ministros, para os apanhar em falta, continue tão empenhado quando, um dia destes, que espero que venha longe,  tivermos ministros da cor política dos donos da SIC.

E já agora, uma prova da “objectividade” desse “jornalismo” seria perseguir, do mesmo modo pidesco, Carlos Moedas, Cavaco Silva, Paulo Rangel, Rui Rio ou Passos Coelho, quando estes se deslocam para cerimónias publicas ou oficias!!!