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quinta-feira, 30 de março de 2023

Chefe do Estado-Maior da Armada posto a rídiculo


Lembram-se? Há uns dias atrás o chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante Gouveia e Melo, humilhava em Público 13 militares da marinha que se tinham recusado a embarcar numa missão, invocando as más condições em que se encontrava a embarcação envolvida, o navio Mondego.

Segundo esses militares havia o risco de o barco se incendiar, para além de muitas outras falhas apontadas que punham em cusa  a operacionalidade do navio militar.

Segundo o jornal "I" o mesmo almirante teria mesmo insinuado que os marinheiros "insubordinados" estavam ao serviço do PCP.

Além do Almirante, tivemos de ouvir vários "comentadeiros" a invectivarem violentamente os mesmos marinheiros, como se tivessem tentado uma espécie de golpe de Estado anti-democrático ao denunciarem a situação degradante do mesmo navio.

Alguns desses "comentadeiros" até insinuaram que os marinheiros estariam ao serviço dos russos, outros que seria "gente do "Chega".

Agora, afinal, chegou-se à conclusão que os mesmos marinheiros tinham razão.

Quem viu as imagens filmadas, quase clandestinamente, há uns dias, durante a noite, viu um barco que, assim  que se pôs em movimento para nova missão, largou fumo por todo o lado, ficando imobilizado de imediato e sendo rebocado, a meio da madrugada, para outro molhe do mesmo ancoradoro, incapaz de cumprir essa nova missão, que era a de se deslocar às ilhas Selvagens para substituir a guarnição aí estacionada.

É caso para dizer que o bom senso dos 13 marilheiros evitou a suprema humilhação que seria a de serem salvos e rebocados pelo navio russo para conseguirem regressar a bom porto.

Talvez fosse bom recomendar menos arrogância,  menos certezas e mais humildade por parte do sr. Almirante e dos "comentadeiros" de serviço.

quinta-feira, 23 de março de 2023

Um Problema de Cronologia (1)

Um dos maiores desafios para quem lê, investiga ou comenta a História ( a do H grande, mas também a de h pequeno) é balizar cronologicamente o tema estudado.

Dessa baliza cronológica depende muitas vezes a nossa interpretação, valorização ou o simples julgamento dos factos (embora a verdadeira missão da história não seja julgar).

Existem balizas cronológicas facilmente aceites pelos historiadores ou pelo senso comum, embora também estas possam vir a ser questionadas.

Por exemplo, é aceite, pela generalidade dos historiadores ou do cidadão comum, que a 2ª Guerra Mundial começou no dia 1 de Setembro de 1939 com a invasão da Polónia pelo exército alemão e acabou no dia 2 de Setembro de 1945 com a rendição formal do Japão.

Contudo, existem outras cronologias possíveis, à medida que se vão conhecendo outros contornos da vida política da época e posterior.

Há quem considere que a 2ª Guerra foi um prolongamento da “Grande Guerra Civil Europeia”, iniciada com a primeira guerra em 1914, ou da guerra civil na Rússia entre 1918 e 1921, onde se confrontaram vários exércitos, ou começou com a Invasão da Abissínia pelos Italianos em 3 de Outubro de 1935, desrespeitando a Liga das Nações, ou com a Guerra civil espanhola, entre 1936 e 1939, onde se ensaiaram novos armamentos,  as novas tácticas fundamentais para o desenrolara da 2ª Guerra e os confrontos ideológicos que a ela estiveram associados, ou iniciada com a segunda guerra sino-japonesa em 7 de Julho de 1937, ou com a transformação do conflito europeu em conflito realmente mundial quando as guerras no pacífico e na Europa se fundiram em 1941.

Há ainda quem considere que, verdadeiramente, a Grande Guerra só terminou em 1991 com o fim da União Soviética, já que esse país esteve no centro da grande luta ideológica que marcou o final da primeira guerra, desde 1917, motivou a ascensão do fascismo, em 1922, radicalmente anti-comunista, mas usando as “armas” do modelo que combatia, e levou à divisão ideológica da Europa após a derrota alemã.  

Há ainda quem culpe a passividade ocidental, face à ascensão do nazismo, que culminou nos acordos de Munique de 29 de Setembro de 1938, o mesmo ocidente que terá recusado negociar com a União Soviética para travar o expansionismo alemão, e que, segundo alguns, terá “obrigado” Stalin a assinar “pacto germano-soviético” em 23 de Agosto de 1939 para prepara a defesa do seu país.

Para outros foi este último pacto que abriu as portas para o início da 2ª Guerra que, ao contrário das interpretações mais comuns, tenta ver no resultado desse pacto, a divisão da Polónia entre alemães e soviéticos, como uma guerra iniciada por uma aliança contranatura, embora, no fundo, tanto alemães como soviéticos talvez se tenham limitado a adiar o confronto principal que marcou e decidiu a guerra, opondo os nazis à União Soviética, tentando, com esse pacto,  ganhar tempo para melhor se posicionarem nesse confronto decisivo.

Muitas vezes, no estabelecimento das balizas cronológicas para “limitar” determinado período, entram as opções político-ideológicas, por muito que os historiadores se classifiquem como “objectivos” ou “neutrais”, como acontece nos vários exemplos que demos acima sobre a dificuldade em estabelecer essas mesmas “balizas”.

Em parte, é a essa mesma dificuldade que estamos a assistir no debate sobre a guerra da Ucrânia.

Embora a invasão russa a um país soberano, a Ucrânia,  tenha sido um acto de desrespeito pelo direito internacional, será mesmo que esta guerra começo no dia 24 de Fevereiro de 2022?

Voltaremos a este tema.

sexta-feira, 17 de março de 2023

quinta-feira, 16 de março de 2023

O regresso dos eternos pedintes

                                          

Parece que mais uma vez vamos ter de pagar pelos desvarios do criminoso mundo da alta finança.

Pela Europa, o todo poderoso BCE acaba de tomar mais uma medida suicida, aumentando as taxas de juro.

Foi exactamente a forma errada como o Banco Central dos Estados Unidos lidou com o aumento das taxas de juros que levou à bancarrota de vários bancos nesse país, com reflexo na Europa (lembram-se do velho ditado que diz que, quando os EUA se constipam a Europa apanha uma pneumonia?).

Aliás, ainda não percebi a lógica de aumentar as taxas de juro para controlar a inflação.

É que, ao contrário do que costuma acontecer, o actual aumento da inflação não tem origem numa maior concentração de riqueza por parte dos cidadãos ou pelo aumento do consumo devido ao aumento da riqueza, como os “inteligentes” do BCE e da União Europeia nos andam a impingir, mas devido à falta de produtos provocada pelas sanções que, em vez de prejudicarem o infractor, estão a fazer ricochete na economia europeia.

Claro que, nem  a sr.ª Lagarde, nem os burocratas de Bruxelas, se preocupam como o impacto da subida das taxas de juros na vida dos cidadãos que dizem defender, pois nada lhes vai cair em cima, a não ser a falta de vergonha dessa gentinha que nos (des)governa.

Só os grandes especuladores do sistema financeiro vão beneficiar com a situação, como aliás é timbre das decisões dos burocratas de Bruxelas. Estes estão ao serviço do sistema financeiro e não dos cidadãos que dizem representar. Já vimos isto várias vezes.

E, claro, quem vai pagar os maus negócios da alta finança (responsáveis pela grave situação na saúde, na habitação e no consumo vivida pelos cidadãos europeus, negócios esses que têm vindo a aumentar com a ligação desse “mundo”, os dos “famosos” “mercados”, com os negócios, legais uns, ilegais outros, do armamento, da droga, da especulação imobiliária …), vai ser o cidadão comum, com cortes nos salários e pensões, através da inflação, ou com aumento de impostos, e o que mais se verá da “engenharia social” em que essa gente é perita para nos “lixar” a vida.

A ver se, desta vez, não nos deixamos enganar mais uma vez.

sexta-feira, 10 de março de 2023

O cartoon da Semana

                                   

quarta-feira, 8 de março de 2023

Uma revista para o Dia da Mulher

                                                      

Uma revista a não perder.

Entre as 55 mulheres está Dália Summer, a primeira atleta olímpica portuguesa, que viveu em Torres Vedras e esteve ligada à Física de Torres.

domingo, 5 de março de 2023