Foi antes de ontem divulgado um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), cujo conteúdo pode ser lido AQUI,,e que se vem juntar a muitos outros recentes relatórios ou opiniões de economistas mundialmente consagrados, onde se desmonta o caminho imposto pela troika e pela Comissão Europeia a Portugal e a outros países da zona euro em dificuldade.
Ao que parece, tanto os nossos governantes, como a Comissão Europeia, continuam a negar a evidência do desastre para onde nos empurram com a austeridade que nos impõem, como foi hoje confirmado por Durão Barroso, que insiste na mesma receita, e continuam a ignorar todos os estudos e opiniões que criticam as políticas por eles seguidas.
Quanto muito reconhecem que cometeram "alguns pequenos erros no programa de ajuda".
Recordamos alguns desses "pequenos erros:
- em 2010 a taxa de desemprego em Portugal era de 10,8%...hoje ultrapassa os 16% e prevê-se que se aproxime dos 18% até ao final do próximo ano, situação ainda mais dramática no desemprego jovem, no desemprego qualificado e no desemprego de longa duração ;
- em 2010 o déficit era de 9,8%...três anos depois de forte austeridade, cortes salariais, aumento "brutal" de impostos, redução drástica de investimento público, privatizações e "ajudas externas" continua a haver um déficit que ronda os 6%...
- em 2010 a nossa dívida pública era de 93,3% ...este ano atingirá os 127,8%....
Se juntarmos a tudo isto os impressionantes números de emigração de jovens qualificados, que já ultrapassa o pico de 1966, o histórico decréscimo de nascimentos, a brutal e histórica redução do PIB, ficam evidentes os "pequenos erros" do programa da troika ...
Sabemos que este governo cego, surdo e mudo, muito preocupado com os especuladores e socialmente criminosos "mercados" financeiros, mas pouco preocupado com os dramas sociais e humanos que avassalam o país, não se vão preocupar muito com este e outros relatórios, pois negar a sua receita só revelaria o fracasso da sua política em todo o seu esplendor, e isso é o que, governo, troika, Comissão Europeia, BCE e a srª Merkel estão menos interesados.
Resta aos cidadãos resistirem, por todos os meios, às malfeitorias dessa gente, nem que seja recorrendo à informação divulgada por instituições credíveis, como a OIT.
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