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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Em defesa da comunicação social pública


Começo a minha manhã informativa a ouvir a Antena 1, no carro, durante o dia, continuo na Antena 1, por vezes vou à 3 ou à 2, à noite circulo entre a RTP 3 e RTP 2.

Fora da comunicação pública consulto os jornais, as rádios e as televisões que mais se aproximam de um serviço público, isto é, mais pluralistas nas opiniões, que fazem reportagem jornalística, que remam contra a maré dos top´s na divulgação “opinativa”, artística, cultural e musical, tais como os jornais Público, Diário de Notícias e Jornal de Letras, as rádios M80 e Radar, e, raramente, alguma informação e debate na CNN Portugal….o resto, com raras e honrosas excepções, é sempre mais do mesmo ou a voz do dono (dos grandes interesses financeiros, políticos e empresariais, que lhes pagam para isso).

Por isso parece-me cada vez mais importante a existência de uma informação e divulgação variada, pluralista, cuidada, tolerante, na política, na cultura, na vida social, que invista na reportagem, tudo o que, mesmo com erros e limitações, só a comunicação social pública, principalmente a RTP , Antena 1 e a LUSA vão fazendo, tudo o que, infelizmente, está cada vez mais ausente dos órgãos de comunicação social privados, apenas preocupados com audiências, em agradar aos “donos”,em correr atrás da cloaca das redes socias, em divulgar o que uma opinião pública cada vez mais anestesiada e acrítica pretende consumir.

Por isso, é preocupante o que se anuncia por aí para limitar o financiamento, logo o trabalho de qualidade, dos órgão de comunicação social públicos, no fundo uma forma indirecta de "censura".

Esperemos que seja apenas um devaneio passageiro. Mas devemos estar atento aos desenvolvimentos.

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