Onde o Governador do Banco de Portugal vê perigos para o equilíbrio financeiro,
os banqueiros vêm oportunidade.
Há dias o Governador do Banco de Portugal alertou para o clima de “euforia”
no mercado imobiliário, com os preços sempre a subir, mas os banqueiros,reunidos numa conferência organizada pelo “jornal de Negócios”, acham que estátudo normal.
Pudera. Se alguma coisa correr mal cá estão os portugueses para pagar
com subida de impostos, cortes nos salários e nas pensões, precariedade e
desemprego, e corte nos direitos sociais… (Passos Coelho só está aí à espera de
uma oportunidade para os voltar a servir!).
Como todos sabemos, por experiência recente, os banqueiros pouco sofrem
com a crise, podendo continuar a auferir dos seus chorudos rendimentos…cá
estaremos para pagar!
A desfaçatez de um desses banqueiros chegou ao ponto de justificar e
legitimar as subidas de preços em Lisboa e nas grandes cidades do país com a “internacionalização” irreversível do sector.
Para ele os preços altos das rendas e vendas de casa no Porto e Lisboa
devem-se ao facto de estas cidades já não dependerem dos “mercados” nacionais
mas, de forma irreversível dos “mercados internacionais”.
É pena que os salários e as pensões dos portugueses também não se “internacionalizem”.
Falem a esses senhores da subida do salário mínimo e logo os ouvirão referir
os “riscos” financeiros de subir um salário miserabilíssimo de 600 euros para um
miserável de 650 euros…
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