Sem acordo sobre “o que fazer” em relação aos refugiados que fogem das
guerras e da miséria, os lideres europeus encontraram um novo eufemismo para
disfarçara as divergências : “Solidariedade Flexível”.
À boa maneira da linguagem “lilicaneçiana”, o caquético Jean-Claude
Junker resumiu o conceito nos seguintes termos: “Há países que aceitam
refugiados e há países que não querem receber refugiados” (!!!!).
A “Solidariedade Flexível” passa por certos países (principalmente os “iEuropeus”
e “iliberais” países do Grupo de Visagardo (Hungria, Polónia, república Checa e
Eslováquia), aos quais se juntou a Itália), pagarem para manterem as suas
fronteiras fechadas aos emigrantes.
Será bom recordar que todo este drama da emigração foi provocada por
atitudes erradas, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista económico,
tomadas pela Europa, ao longo de séculos, mas que se acentuou nas últimas décadas, que geraram as guerras e a miséria da
qual essas população fogem.
É de enaltecer, contudo, a posição do primeiro ministro do Luxemburgo
sobre aquele desumano disparate que renega os tão propagados “valores europeus”, apenas secundado por Macron.
Indignado, Xavier Bettel, afirmou: “Sei que agora se discute
a possibilidade de pagar pela solidariedade (...), mas esta não é uma questão
de mercado. Estamos a falar de pessoas, não de tapetes. Quando começamos a
discutir o preço do migrante, é uma vergonha para todos nós”.
Quando os líderes da União Europeia cedem à chantagem da
extrema-direita “populista” (eu usaria o termo correcto: “fascista”, mas isso
sou eu a divagar!!!...) então é caso para se dizer que está o caminho aberto
para a legitimação e crescimento dessa mesma extrema-direita…
O “medo” e a cedência é o
caminho mais rápido para levar o “populismo” e a sua retórica ao poder na Europa, basta
olhar para a História, assunto que não é do interesse dos lideres Europeus que
só veem cifrões!!
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