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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Diz o Expresso "Estado gastou 21,7 milhões em advogados em 2018"...mas o Banco de Portugal lidera nos gastos...


A seguir ao apoio à Banca e à rede de influências que mistura empresas privadas e públicas com o Estado ,  as Sociedades de Advogados a "trabalhar" para o Estado são o terceiro pilar do cancro que vai minando a nossa democracia, agravando a dívida que todos vamos pagar quando a coisa der mais uma vez para o torto ( e vai dar...).

Nunca percebi a necessidade das instituições do estado de recorrerem a assessorias externas, quando têm nos seus quadros centenas de funcionários com formação e experiência nas mais variadas especialidades, em Câmaras,  Ministérios e Empresas Públicas... 

Também  não percebo porque põem, na notícia do Expresso, Mário Centeno na fotografia...tá bem, a noticia refere-se ao último ano...mas foi só em 2018 que isso aconteceu? Além disso, nesses gastos incluem-se autarquias e quem mais gastou em assessorias foi... o Banco de Portugal.

Em rigor, quem lá devia estar na fotografia era o Carlos Costa, governador desse banco desde 2010, e um dos grandes responsáveis pela situação financeira do país (o outro chama-se Victor Constâncio, mas esses escapou-se para um "exílio" dourado e bem pago no BCE…).

Mas esse, lá colocado por Passos Coelho, é “amigo” e ideólogo do “autoritarismo” neoliberal que controla a "informação" económico-financeira na imprensa de "referência"…

A situação agora denunciada arrasta-se há décadas e tem protagonistas bem  mais responsáveis  do que Centeno (Cavacos, Durões Barroso, Sócrates e Passos Coelhos...onde estão na fotografia?).

Por onde andavam o Jornal de Negócios e O Expresso, que só agora se lembram de denunciar a situação, como se ela só tivesse tido inicio em 2018?

Também seria curioso uma análise a esses gastos comparando-os com as últimas quatro décadas, para se perceber melhor a dimensão da "coisa", revelando quais são as "sociedades de advogados" que mais têm lucrado, assim como o nome dos administradores dessas sociedades, para percebermos melhor a rede de influências que está por detrás da notícia.

Isso sim, era investigação jornalística de qualidade.

Mas a noticia fica pela rama e pela insinuação manhosa de colocar Centeno no topo da noticia, alinhando assim na mais reles demagogia populista...

Enfim, o Expresso no seu melhor, misturando alhos com bugalhos...

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