Na sua edição de 15 de Março de 1909, publicava a “Ilustração Portuguesa” uma extensa reportagem sobre os bairros populares do Rio de Janeiro, o chamado “Rio Pobre”.
Arnaldo Fonseca foi o autor da reportagem e de quase todas as fotografias (os “clichés”) que a acompanhavam (as restantes eram da autoria de A. Malta).
A reportagem embrenha-se na zona onde vivia a “colónia pobre portuguesa”, lá “para os lados da Saúde, a noroeste dum dos extremos da Avenida Central e entre o morro da Conceição e o da Providência, pateos de vida commum”, dando pelo “pomposo nome de avenidas”.
No Rio de Janeiro chamavam-se de “Avenidas” “aos mais modernos e bem construídos d’estes viveiros humanos, enfileirados (…) ao longo de uma rua commum particular e dando por um portão para a rua publica”.
Esse “Rio Pobre”, povoado por “galegos”, termo usada para “deprimir portuguezes” e alcunha dada “ao portuguez trabalhador”, não é feito apenas “d’esse trabalhador europeu e d’um resto asiático, que amiúde vae amealhando, e amiúde vae rebentando”.
Também é “feito do vagabundo (vadio) engravatado, espécie repetida de creaturas emigradas e que aqui vieram á babugem d’um emprego que não exija aptidões”.
Esses emigrados são o “mulato” e o “creoulo da Favella e outros bairros trágicos”. Contudo, no “Rio Pobre” poucos eram os que pediam esmola.
São as “vistas” desses “outro” Rio que destacamos hoje na rubrica “Centenários”.
Arnaldo Fonseca foi o autor da reportagem e de quase todas as fotografias (os “clichés”) que a acompanhavam (as restantes eram da autoria de A. Malta).
A reportagem embrenha-se na zona onde vivia a “colónia pobre portuguesa”, lá “para os lados da Saúde, a noroeste dum dos extremos da Avenida Central e entre o morro da Conceição e o da Providência, pateos de vida commum”, dando pelo “pomposo nome de avenidas”.
No Rio de Janeiro chamavam-se de “Avenidas” “aos mais modernos e bem construídos d’estes viveiros humanos, enfileirados (…) ao longo de uma rua commum particular e dando por um portão para a rua publica”.
Esse “Rio Pobre”, povoado por “galegos”, termo usada para “deprimir portuguezes” e alcunha dada “ao portuguez trabalhador”, não é feito apenas “d’esse trabalhador europeu e d’um resto asiático, que amiúde vae amealhando, e amiúde vae rebentando”.
Também é “feito do vagabundo (vadio) engravatado, espécie repetida de creaturas emigradas e que aqui vieram á babugem d’um emprego que não exija aptidões”.
Esses emigrados são o “mulato” e o “creoulo da Favella e outros bairros trágicos”. Contudo, no “Rio Pobre” poucos eram os que pediam esmola.
São as “vistas” desses “outro” Rio que destacamos hoje na rubrica “Centenários”.
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