Penso que foi Hitler que iniciou a prática de criar um Ministério da Propaganda. Stalin seguiu-lhe as pisadas e utilizou as mais sofisticadas técnicas de propaganda para o seu culto da personalidade.
Por cá, Salazar limitou-se a criar um mais modesto Secretariado da Propaganda Nacional, dirigido desde 1933 por António Ferro, responsável pela chamada “Política do Espírito”.
Joseph Goebbels foi um mestre da propaganda, sendo célebre a sua frase, segundo a qual “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Goebbels continua a ser um mestre da propaganda e a lógica daquela frase continua a ser usada até á exaustão por governos democráticos, pela comunicação social livre e, de forma mais descarada, pela publicidade.
Ora, quando propaganda política e publicidade se juntam, o resultado é esse tão badalado “spot” da rádio pública que está a passar na RTP.
Socorro-me da descrição desse anúncio, escrita no Público pela jornalista Maria Lopes:
“O anúncio de meio minuto mostra carros parados e, num deles, com a rádio ligada na Antena 1, a jornalista Eduarda Maio – uma das principais vozes da rádio pública e autora do livro Sócrates: O Menino de Ouro do PS, a biografia autorizada do primeiro-ministro lançada em 2008 – diz ao condutor que há ali uma manifestação. Quando este lhe pergunta contra quem é o protesto, Maio responde-lhe que é contra ele e “contra quem quer chegar a horas”.
Os sindicatos consideram, e bem, que esse anúncio é um ataque velado ao direito de manifestação e ao sindicalismo.
A situação é tanto mais grave, quanto se sabe o desprezo deste primeiro-ministro pelos sindicatos e pelo mundo do trabalho, e quando este enfrenta uma crescente contestação à suas políticas sociais, cujos resultados a actual crise veio pôr a nu.
Já não bastava toda a “Política do Espírito” de ministros deste governo, como Silva Pereira ou Augusto Santos Silva, secundada por um patético Vitalino Canas, temos agora uma jornalista, paga com os dinheiros públicos, que se preste a esse serviço.
A credibilidade de Eduarda Maio já tinha caído pelas ruas da amargura com a publicação da biografia oficial de um primeiro-ministro em funções. Agrava-se agora com este episódio. Provavelmente o “crime” compensa.
Mas aos jornalistas, ainda por cima de órgãos de comunicação pública, exige-se alguma ética e honestidade, para que o trabalho meritório e responsável de toda uma classe não seja confundida com a mera propaganda política.
Por cá, Salazar limitou-se a criar um mais modesto Secretariado da Propaganda Nacional, dirigido desde 1933 por António Ferro, responsável pela chamada “Política do Espírito”.
Joseph Goebbels foi um mestre da propaganda, sendo célebre a sua frase, segundo a qual “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Goebbels continua a ser um mestre da propaganda e a lógica daquela frase continua a ser usada até á exaustão por governos democráticos, pela comunicação social livre e, de forma mais descarada, pela publicidade.
Ora, quando propaganda política e publicidade se juntam, o resultado é esse tão badalado “spot” da rádio pública que está a passar na RTP.
Socorro-me da descrição desse anúncio, escrita no Público pela jornalista Maria Lopes:
“O anúncio de meio minuto mostra carros parados e, num deles, com a rádio ligada na Antena 1, a jornalista Eduarda Maio – uma das principais vozes da rádio pública e autora do livro Sócrates: O Menino de Ouro do PS, a biografia autorizada do primeiro-ministro lançada em 2008 – diz ao condutor que há ali uma manifestação. Quando este lhe pergunta contra quem é o protesto, Maio responde-lhe que é contra ele e “contra quem quer chegar a horas”.
Os sindicatos consideram, e bem, que esse anúncio é um ataque velado ao direito de manifestação e ao sindicalismo.
A situação é tanto mais grave, quanto se sabe o desprezo deste primeiro-ministro pelos sindicatos e pelo mundo do trabalho, e quando este enfrenta uma crescente contestação à suas políticas sociais, cujos resultados a actual crise veio pôr a nu.
Já não bastava toda a “Política do Espírito” de ministros deste governo, como Silva Pereira ou Augusto Santos Silva, secundada por um patético Vitalino Canas, temos agora uma jornalista, paga com os dinheiros públicos, que se preste a esse serviço.
A credibilidade de Eduarda Maio já tinha caído pelas ruas da amargura com a publicação da biografia oficial de um primeiro-ministro em funções. Agrava-se agora com este episódio. Provavelmente o “crime” compensa.
Mas aos jornalistas, ainda por cima de órgãos de comunicação pública, exige-se alguma ética e honestidade, para que o trabalho meritório e responsável de toda uma classe não seja confundida com a mera propaganda política.
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