Devido a uma coincidência de calendário, no mesmo dia em que se recordam cinquenta anos da revolta tibetana contra os invasores chineses, Portugal receba a visita do presidente angolano.
Aparentemente, Angola e Tibete nada têm em comum.
O Tibete é um país ocupado desde 1950, sujeito a uma feroz repressão desde que o seu povo se revoltou contra o invasor no dia 10 de Março de 1959.
Angola é um país independente há mais de trinta anos, saído recentemente de uma longa e devastadora guerra civil.
Contudo, ambas as nações sofrem o efeito de governos autoritários e corruptos, que hoje, mais do que a repressão física e militar, usam as armas da chantagem económica e da aculturação para imporem o seu domínio.
Ambos os povos sofrem igualmente da hipocrisia dominantes nas relações internacionais, onde os líderes políticos das nações ditas democráticas, aqueles que mais se deviam bater por fazer respeitar os direitos humanos e económicos, se limitam às meras palavras de circunstância em defesa desses direitos, para agradar às suas opiniões públicas internas.
Pelas costas, esfregam as mãos de contentamento com os negócios que o imenso mercado chinês ou as inesgotáveis riquezas angolanas lhes podem proporcionar.
Perante essa realidade, saudamos a atitude do Bloco de Esquerda que, rompendo com as habituais hipocrisias institucionais, resolveu demarcar-se politicamente da visita de José Eduardo dos Santos. Um pequeno gesto, mas um grande exemplo.
Aparentemente, Angola e Tibete nada têm em comum.
O Tibete é um país ocupado desde 1950, sujeito a uma feroz repressão desde que o seu povo se revoltou contra o invasor no dia 10 de Março de 1959.
Angola é um país independente há mais de trinta anos, saído recentemente de uma longa e devastadora guerra civil.
Contudo, ambas as nações sofrem o efeito de governos autoritários e corruptos, que hoje, mais do que a repressão física e militar, usam as armas da chantagem económica e da aculturação para imporem o seu domínio.
Ambos os povos sofrem igualmente da hipocrisia dominantes nas relações internacionais, onde os líderes políticos das nações ditas democráticas, aqueles que mais se deviam bater por fazer respeitar os direitos humanos e económicos, se limitam às meras palavras de circunstância em defesa desses direitos, para agradar às suas opiniões públicas internas.
Pelas costas, esfregam as mãos de contentamento com os negócios que o imenso mercado chinês ou as inesgotáveis riquezas angolanas lhes podem proporcionar.
Perante essa realidade, saudamos a atitude do Bloco de Esquerda que, rompendo com as habituais hipocrisias institucionais, resolveu demarcar-se politicamente da visita de José Eduardo dos Santos. Um pequeno gesto, mas um grande exemplo.
( ver também: http://grupodeapoioaotibete.blogspot.com/)
1 comentário:
Está praticamente tudo dito.
O calendário deveria ter sido acertado em tempo útil.
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