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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Tenham lá Calma !..(parte 4) ….é só a democracia a funcionar!!


Que os trauliteiros da direita que pontificam nas redes socias usem e abusem do seu radicalismo , raiando muitas vezes o mau gosto, o puro nojo e a boçalidade mais troglodita, para manifestar o seu desacordo pela queda do seu governo, não nos espanta muitos.

Agora que políticos, com responsabilidade no país, ainda em funções no governo, usem os mesmos métodos e a mesma retórica, isso já é grave e digno do mais veemente repudio.

Depois da triste figura que fizeram na Assembleia da República, onde, em vez de defenderem o programa político do governo, que era para isso que ela se tinha reunido, usaram a Assembleia como palco de um comício radical de ataque à sua esquerda, continuam agora, pelo país, e , mais grave ainda, por essa Europa fora,  na sua senda radical em encontros comicieiros.

Afirmar que o PS está refém do Comité Central do PCP é próprio dos títulos do jornal “O Diabo” mas não é digno de um político que se diz “ponderado” e “educado”. É pura demagogia política.

Mas, pior ainda, vir apelar a uma revisão da Constituição para a dissolver e convocar novas eleições, só porque a maioria que se formou não lhe é favorável, é da mais despudorada falta de respeito pela democracia e pelo seu funcionamento.

Ou seja, a Constituição, que eles nunca respeitaram nos últimos quatro anos,  servia agora para legitimar uma situação de “eleições permanentes”, até se obter um resultado que agradasse à direita.

Costuma dizer-se que é nos momentos difíceis que as pessoas revelam a sua verdadeira natureza, Neste momento difícil é a direita que está a revelar a sua verdadeira natureza, mostrando que pouco evoluiu desde 1975.

A atitude radical dos seus líderes, para além de revelar desespero, vem dar razão à aliança do PS com a sua esquerda e àqueles que acham que é impossível qualquer ponte de entendimento ao centro, porque, pura e simplesmente, esse centro desapareceu, não tanto por uma qualquer “espectacular “ viragem à esquerda do PS, mas porque, como se vê agora, esta direita abandonou o centro para se radicalizar na direita “neoliberal”.

Se se chegou tão longe neste radicalismo da direita, muito se deve agradecer à conivência e à cobardia do actual Presidente da República, o mesmo que tanto fala em “consensos”, mas apenas tem contribuído, com as suas jogadas de bastidores , os seus silêncios,  e as suas “indirectas” para a actual radicalização em que o país mergulhou.

É caso para dizer, tenham lá calma, porque tudo isto é apenas a democracia a funcionar, como acontece nas democracias mais avançadas e mais maduras da Europa, onde, muitas vezes, não é o partido mais votado que exerce o poder, mas aquele que tem apoio para governar na casa da democracia, o Parlamento.

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