Vitor Bento, Daniel Bessa, João Salgueiro, Luís Campos e Cunha, Teixeira dos Santos, Bagão Félix , Augusto
Mateus e o governador do Banco de
Portugal, Carlos Costa foram os 7 economistas que Cavaco escolheu ouvir ontem em
Belém.
Seis deles já foram ministros, das Finanças ou da Economia.
Com uma ou duas excepções, todos têm em comum a defesa assanhada e
fanática do modelo “austeritário” e são “amigos íntimos” da TINA (as iniciais
inglesas do “não há alternativa”).
Quase todos defendem cortes salariais e nas pensões, se bem que todos
ele aufiram reformas douradas e/ou rendimentos acimas das nossas possibilidades.
Quase todos são, ou foram, administradores de grandes empresas, não
tanto por mérito, ou para nelas trabalhar (muitos limitam-se a deixar a sua assinatura
e a receberem “avenças” milionárias por reunião, funcionando apenas como
lobistas da TINA junto da comunicação social e da classe política, em defesa
dos interesses dessas empresas), mas pela sua fidelidade à política “austeritária”.
Fazem parte dos comentadores de serviço, onde ganham mais uns “trocos”
(várias vezes um salário mínimo) para nos convencerem que a TINA tem razão.
Quase todos, aposto, votaram no PAF e, os poucos que votaram no PS, estão
contra uma coligação à esquerda, por preconceito ou fanatismo ideológico.
E a pergunta que se faz é: porque ouviu Cavaco Silva estes economistas
e não outros?
Porque Cavaco só ouve aqueles que estão na sua área política, como se
viu com as outras audiências a
banqueiros e grandes empresários, recebendo os sindicatos “para não parecer mal”,
esquecendo-se que, é para estas ocasiões
que existe um Conselho de Estado, representativo e pago por todos para esse
fim.
Acontece que nesse Conselho de Estado não podia encontra a unanimidade
de opiniões sobre a crise política e , a economia e a situação financeira que
encontrou com essa consulta de “personalidades” escolhidas a dedo, como se
Cavaco quisesse desenterrar a salazarista Câmara Corporativa.
Ou seja, é como aquele velho ditado : “é como perguntar à peixeira se o
peixe está fresco”
Assim se vê a independência do Presidente…
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