Passam hoje 70 anos sobre o início do mais sangrento e bárbaro conflito da História da Humanidade.
Depois de ter paralisado o ocidente com os acordos de Munique , um ano antes, em 30 de Setembro de 1938, e garantir o beneplácito da União Soviética, ao assinar o pacto germano-soviético, em 23 de Agosto de 1939, Hitler lançou-se à conquista de uma Polónia que viria a ser a grande mártir desta guerra.
Discute-se hoje muito a quem atribuir as culpas, se ao ocidente que, temendo a expansão do comunismo, deixou a Alemanha Nazi armar-se e expandir a sua ideologia, se à criminosa ideologia stalinista que vendeu a “alma comunista” a Hitler para ficar com o domínio sobre os Estados Bálticos e parte da Polónia.
Mas, na História, há que ser rigoroso e factual: o responsável por uma guerra é o agressor. Neste caso houve um agressor identificado: Hitler e o nazismo.
Se o que se seguiu serviu muitas vezes de pretexto para a barbárie cometida por todos os lados em confronto, não devíamos esquecer o essencial: Hitler foi o grande responsável pela guerra, foi ele e o nazismo que abriu as portas à barbárie. Os seus actos, o dos seus partidários e o dos seus exércitos não têm comparação com qualquer outro tipo de ditadura e totalitarismo. A forma como perseguiu os judeus, por exemplo, não encontra paralelo em qualquer outro tipo de barbárie, anterior ou posterior .
Hoje há um novo tipo de revisionismo que pretende equiparar os crimes do nazismo com os cometidos pelos aliados, apontando-se Dresden, o Gulag soviético ou as Bombas de Hiroshima e Nagasaki como exemplo. De acordo- tudo isso revelou as maiores barbaridades de que o homem é capaz. Mas quem abriu a grande porta do inferno foi Hitler e os nazis.
O que essa guerra provou é que não existem guerras justas. O facto de a humanidade chegar ao século XXI sem conseguir eliminar a guerra como solução para resolver conflitos, só nos pode preocupar.
Há que estar atento porque, se houver um dia uma guerra equivalente, os níveis de destruição e barbárie serão a uma escala ainda mais gigantesca.
A barbárie pode estar aí numa qualquer esquina, à espera do “líder” certo e da “ocasião histórica”.
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