Aproximamo-nos da última semana de campanha eleitoral.
Segundo as últimas sondagens, tudo continua em aberto. O número de indecisos continua a ultrapassar a margem de erro das sondagens e grande parte dos indecisos situa-se à esquerda.
Manuela Ferreira Leite continua inábil em campanha.
O grande problema do PSD relaciona-se com o facto de, no fundo, no fundo, até estar de acordo com as medidas anti-sociais de Sócrates. Este só fez aquilo que o PSD profundo sempre defendeu, mas não teve coragem para o fazer. A posição de um dos principais ideólogos desse PSD profundo, José Miguel Júdice, que hoje assume o seu apoio ao PS de José Sócrates, é a melhor prova disso.
Sem divergências programáticas ou ideológicas, os dois partidos preocupam-se mais com a imagem e o estilo dos seus dirigentes, entrando agora numa fase do “vale tudo”. Como escreve hoje no Público, com ironia, o mesmo Júdice, na “política vale tudo e até tirar olhos. E por isso ninguém se deve admirar que, após anos de combates, seja a cegueira a característica que melhor define os dirigentes políticos portugueses”.
Na falta divergências de fundo entre os dois maiores partidos, um verdadeiro debate político sobre o futuro do país passa à margem desta campanha, a não ser o debate marginal e irracional sobre o TGV .
Por isso, como já o afirmei, a partir de agora vamos começar a ver surgir, com regularidade, os “casos” , para o PSD e o PS se queimarem um ao outro, procurando vencer o adversário por KO técnico (não, não é nenhuma piada indirecta sobre o “inglês técnico” ).
O que eu nunca pensei é que essa fase da campanha começasse já, como se pode ver, na reprodução em baixo, das primeiras páginas de três diários de hoje:
É o vale tudo até ao dia de 27 de Setembro!
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