Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Compromisso à esquerda

Embora duvide do êxito desta iniciativa, pois a direita "socrática" do Partido Socialista  não vai aceitar pôr em causa a sua política neo-liberal ou aquilo que fez na educação,  os stalinistas do PC não aceitam negociar a não ser em posição de domínio, e os "modernaços" do BE não abdicam dos seus "temas fracturantes", aderi ao apelo do movimento Compromisso à Esquerda, uma tentativa sincera de unir a esquerda.
Infelizmente este país "não é para ingénuos" como eu.
Mesmo assim apelo para que subscrevam AQUI o "manifesto", que reproduzo em baixo. É mais uma forma de continuarmos a resistir a este triste situacionismo:


"Apelo à estabilidade governativa


"O resultado das eleições legislativas permite afirmar com clareza que os portugueses recusaram a hegemonia neo-liberal, dando o seu voto maioritariamente à esquerda. É por isso legítimo esperar que o futuro governo do país acolha novas políticas solidárias, relançando a prosperidade e a esperança no futuro.
"A 27 de Setembro os eleitores revelaram uma inquestionável vontade de entendimento entre os partidos de esquerda. As votações alcançadas pelo Partido Socialista, pelo Bloco de Esquerda e pela Coligação Democrática Unitária são o resultado das fortes movimentações sociais ocorridas na legislatura passada, tendo contribuído decisivamente para gerar uma nova solução pluripartidária susceptível de encontrar respostas aos factores de crise e desigualdade social.
"Os entendimentos entre as diversas forças de esquerda para uma solução de governo (coligação ou acordo de incidência parlamentar) são muito comuns na Europa Ocidental (por exemplo, no Chipre, em Espanha, em França, na Itália, na Suécia, na Dinamarca, na Noruega, na Finlândia, etc...).
"Em Portugal, pelo contrário, há mais de 30 anos que as esquerdas continuam incapazes de se entender para gerarem soluções de governo. Contudo, vários estudos têm revelado que este elemento resulta de um crescente desfasamento entre os eleitores destes partidos (que desejam um entendimento) e os seus eleitos (que persistem na incomunicabilidade).
"Os resultados de 27 de Setembro exigem que as esquerdas se encontrem e sejam capazes de explicitar o contributo que cada um destes partidos está disposto a dar para se encontrar uma solução estável de governo. Pelo menos essa tentativa de entendimento é devida ao povo português pela forma como demonstrou a sua vontade eleitoral.
"Os subscritores do presente Apelo agem no sentido de que seja traduzido num programa de governo as lutas e anseios de amplas camadas da população que justificam celeridade na construção de respostas urgentes e adequadas para os problemas do seu quotidiano. Para servir este objectivo, deverão ser estudadas as bases para um Compromisso à Esquerda que reforce as conquistas democráticas, vinculando a acção governativa a um elenco programático.


"Contamos consigo para assinar e divulgar este Apelo!"
(30 de Setembro de 2009)

Sem comentários: