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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Alberto Korda em Lisboa


Foi naugurada na passada 4ªfeira em Lisboa, na Cordoaria Nacional, (galeria do Torreão Nascente), a exposição “Korda, Conhecido, Desconhecido”, uma das mais completas sobre a obra do fotógrafo cubano.



De seu nome verdadeiro Alberto Díaz Gutiérrez, a sua obra ficou muito marcada pela célebre fotografia de Che Guevara, intitulada “Guerrillero Heroico”, tirada em 1960.

Essa fotografia foi obtida de forma casual e, no momento em que tirou essa fotografia, registou duas perspectivas de Che, uma na vertical e outra na horizontal. Foi após a morte do guerrilheiro, assassinado na Bolívia, com o apoio da CIA, em 1967, que o italiano Giangiacomo Feltrinelli resolveu, dando um novo enquadramento à fotografia de Korda, espalhar a imagem em posters pelo mundo, tornando-se um ícone da Revolução, pela qual Korda nunca recebeu qualquer dinheiro, por uma razão de coerência política.


Contudo, a obra de Korda não se resume, nem a essa fotografia nem à sua histórica reportagem sobre a revolução cubana.
Aliás, um dos objectivo desta exposição, que encerrará em 31 de Janeiro de 2010, é libertar Korda do “peso de uma fotografia”, mostrando outras facetas menos conhecidas do fotógrafo cubano
Há quem considere que, mais importante que fotografar Che, foi na sua condição de fotógrafo oficial de Fidel Castro que se revelou toda a sua arte como retratista.
Mas antes desta sua actividade, Korda, que se tinha iniciado como fotógrafo de baptizados e casamentos, havia-se destacado já como fotógrafo publicitário e de moda e, mais recentemente, dedicou-se à fotografia subaquática.
Em 1968 as autoridades cubanas confiscaram o seu Studios Korda, levando à perda da maior parte do seu arquivo.

A exposição agora patente em Lisboa, numa iniciativa conjunta da Casa da América Latina e da Câmara Municipal de Lisboa, reúne 200 fotografias de Korda, a maior parte delas inéditas, que revisita “uma década na vida e na carreira do fotógrafo (1956-1968), abrangendo temas tão diversos como a actividade criativa dos Studios Korda, a moda, o povo, a mulher, o mar e, naturalmente, os líderes revolucionários”, como afirmou Cristina Vives, curadora da exposição, acrescentando que estas imagens “percorrem a História”.
Presente na inauguração da exposição, a filha do fotógrafo, Diana Diaz, revelou que a descoberta recente de outras fotografias inéditas do seu pai poderão dar origem a outra exposição












Para mais informações, consulte o site Korda.

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