Quero agradecer diligentemente à srº Lagarde, à srª Merkel, ao sr.Draghi (e ao seu
empregado Constâncio), ao sr. Barroso, ao sr. Gaspar e ao sr. Coelho por me
proporcionarem esta nova experiência de vida, ao fim de mais de trinta anos de
trabalho, que é a de viver sem subsidio de férias, experiência que se repetirá
no Natal e nos próximos anos. Levam assim à prática a máxima hitleriana, segunda
a qual “o trabalho liberta” e, como acto libertador, deve ser tendencialmente gratuito.
Claro que “já não custa tanto” porque, graças à mente
iluminada desses grandes dirigentes e
dos seus antecessores, ando a “estagiar”,
desde há uns dois anos a esta parte , para
este grande desígnio europeu, que é o de nos colocar ao nível dos “direitos
sociais e salariais” dos “países emergentes”, em especial da China e da Índia, ,
recebendo hoje menos de ordenado base que há sete anos, mas tudo com a "boa
intenção" de salvar o sector financeiro da bancarrota causada pelas suas
aldrabices …
Quero agradecer diligentemente à srº Lagarde, à srª Merkel, ao sr.Draghi (e ao seu
empregado Constâncio), ao sr. Barroso, ao sr. Gaspar e ao sr. Coelho por, ao
cortarem-me os subsídios, me fazerem ver que andava a gastar muito dinheiro em “coisas
supérfluas” como livros e revistas, dando assim um valioso contributo para
começar a resolver dois graves problemas da minha vida, que é a falta de espaço
para arrumação desses “bens de segunda necessidade”, pouco lucrativo (conhecem
livreiros milionários ou editores em bolsa?) e a falta de tempo para os ler,
até porque a leitura, desde que não seja a de gráficos económicos e de
relatórios do Banco de Portugal e da União Europeia, é uma perda de tempo, que
em nada contribui para a prosperidade económica e financeira do país, com a
agravante da sua utilidade não ser quantificável em rankings.
Quero agradecer diligentemente à srº Lagarde, à srª Merkel, ao sr.Draghi (e ao seu
empregado Constâncio), ao sr. Barroso, ao sr. Gaspar e ao sr. Coelho por, ao
cortarem-me nos subsídios, me ajudarem a
perceber que viajar, comprar musica, ir ao cinema, almoçar fora com amigos, era
um privilégio de que abusivamente andava a beneficiar, vivendo, assim, ”acima
das minhas possibilidades”, libertando-me dessa atitude “piegas” que é a de
usufruir da vida e do lazer, tudo entraves ao crescimento económico e ao
aumento da conta bancária, bens reservados aos “boys” de serviço, aos gestores
públicos ( que tão bem têm gerido as PPP’s, as EP’s, as Fundações e tanta coisa
que tem dado “um grande contributo” para o “crescimento” do país…), e aos seus ideólogos bem pagos da comunicação
social que esses sim, porque contribuem
para “abrir os olhos ao povo” para a inevitabilidade dos sacrifícios e dessas
medidas para salvar os especuladores financeiros e os ordenados de tão
iluminados lideres, podem continuar a usufruir de todos os privilégios de
viajar de graça em comitivas políticas, receberem livros e cd´s como ofertas ou bilhetes para espectáculos e, se não
chegar, mais umas ajudas de custo…
Claro que, multiplicando esses cortes por cerca de meio
milhão de assalariados, que vão beneficiar de tão diligente “ajuda” para
pouparem mais, vamos ver empresas turísticas, editoras, livrarias,
restaurantes, cinemas, jornais, revistas, juntarem-se ao actual descalabro de
dificuldades que varre a vida de pequenas e médias empresas, aumentando
falências e desemprego…mas claro que nada disso interessa porque estas “apenas”
servem o mercado nacional e o que interessa é o mercado externo…( se bem que
sempre tenha ouvido dizer que, sem um mercado interno sólido, não há alicerces
para manter exportações dinâmicas…mas isto deve ser ignorância minha, que não
percebo nada de economia…).
Quero, por último, agradecer diligentemente à srº
Lagarde, à srª Merkel, ao sr.Draghi (e
ao seu empregado Constâncio), ao sr. Barroso, ao sr. Gaspar e ao sr. Coelho
por me fazerem ver que afinal ainda há muito para fazer pela democracia, pela
cidadania, pelo valor social do trabalho, pela liberdade e pelo direito ao bem estar,
começando por todos contribuirmos para varrer da face da Europa a ideologia que
esses senhores representam…
2 comentários:
Excelente texto.
Um Abraço
A ERC, o Freeport, a Face Oculta, a Casa Pia, são exemplos onde não funciona a nossa Justiça.
Contam-se histórias sobre o funcionamento da nossa Justiça e aqui está mais uma que ilustra e retrata a mesma, de tal modo, em que se prova que os bandidos são heróis e os heróis, por honestos
são bandidos. Com uma Justiça destas não vamos a lado nenhum; Relvas faz o que quer, Sócrates fez o que quis, etc..., sem qualquer mandato é conduzido um Tenente do Exército Português, escoltado por dois agentes da P.S.P., da sua casa para o Hospital, para ser considerado inimputável como o Breijvik:
BREIJVIK
Ele nasceu no Algarve
e disseram-lhe no Serro
o que fez já este alarve
fez um mal de dar berro;
-
lá foi à Escola na Nora
e em Silves foi estudar
ele foi do Serro embora
para estudar e trabalhar!
-
e nem burro nem astuto
foi p'ra Rua das Chagas
e andou lá num Instituto
e p'ra Oficial teve vagas!
-
e um dia foi p'ra Luanda
num vapor, o Vera Cruz
e por Angola ele lá anda
tendo de Deus, Sua Luz!
-
foi a caminho de Lumbala
p'ra Mussende e Mutumbo
nunca levou com uma bala
nem o atingiu um chumbo!
-
fez sua acção Psico Social
quando foi p'ra Caripande
para mostrar que Portugal
era de Deus Nação grande!
-
na Zâmbia ele deu entrada
como um preso Português
por falar da Pátria amada
vejam o mal qu'ele lá fez?
-
comanda quatro pelotões
lá p'ra lados de Chilombo
vêm helicópteros e aviões
nenhum militar dá tombo?
-
e em luta de tiro instintivo
tendo de fogo o potencial
não deixa um inimigo vivo
mas era uma guerra, afinal!
-
e estoira minas anti carro
estoira minas anti pessoal
e sem fumar um cigarro
defende seus, o seu ideal!
-
o Pai pediu-lhe dinheiro
obteve de bens a relação
que lhe deu com'herdeiro
ai em troca da sua acção!
-
E ele casou e teve filhos
todos os três licenciados
nunca procurou sarilhos
dois são desempregados?
-
quando sua Mãe morreu
ai ele foi até às finanças
relaciona bens, que deu
bens de várias heranças!
-
bens não tem o Tribunal
e pouco a Conservatória
os tem Finanças, mas mal
mas isso é outra história?
-
e em cinco anos é lesado
e a P.S.P., o fez arguido
pelo seu sangue ter dado
e ter Portugal defendido!
-
o Portas deu-lhe diploma
ai por defender Portugal
e a nossa Justiça o toma
por o Breijvik, anormal?
-
Eugénio dos Santos
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