Não, não vou falar de futebol e da selecção nacional.
Também não vou falar de “descobrimentos”.
Nem de prémios Nobel ou trabalhadores portugueses no estrangeiro.
Hoje sinto-me orgulhoso em ser português pelo simples facto de ler a notícia ontem divulgada, segundo a qual o governo de Portugal está disponível para
receber emigrantes do navio “Lifeline”.
O mesmo orgulho que deve ter sentido Aristides de Sousa Mendes , seus
amigos e familiares quando este, desobedecendo a Salazar, salvou milhares de
judeus do Holocausto, mesmo custando-lhe uma vida de miséria.
Também hoje Portugal, um país tão humilhado pelos ricos do norte,
mostra que o valor da solidariedade fala mais alto que a vergonhosa cedência da
maior parte dos governos Europeus ao populismo xenófobo, com os tais países do
norte à cabeça.
Hoje sinto-me mais orgulhoso de ser português do que se ganharmos o
mundial de futebol.
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