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terça-feira, 19 de junho de 2018

As “Corporações” e os sindicatos.



Não deixam de ser irónicas as acusações feitas, às justas reivindicações sindicais, como sendo “corporativas”.

Essas acusações partem de três dos grupos mais “corporativos” que existem na nossa democracia, o dos comentadores/jornalistas, a dos políticos/comentadores e a dos economistas/gestores financeiros.

Se existem grupos que em Portugal se comportam de modo corporativo é o dos jornalistas, dos políticos e dos lideres económico/financeiros, que muitas vezes se confundem no mesmo percurso de vida e/ou na ligação aos grandes meios de comunicação.

 Uma simples crítica a um deles é encarada como um ataque vil a todo o grupo, e quem o fizer, justamente ou não, enfrentará uma barreira de comentários arrasadores .

Podemos ou não concordar com as reivindicação sindicais, questionar o seu timing ou a  sua justeza, mas tentar confundir lutas e reivindicações sindicais com interesses “corporativos”, não sendo por ignorância, só pode ser classificado como uma boçal manifestação de má-fé,  intolerância e preconceito ideológico.

Os interesses “corporativos” em Portugal, que sobreviveram ao Estado Novo corporativo, estão devidamente identificados e legalizados e não se confundem com os sindicatos.

A confusão só serve como argumento para quem procura destruir a influência dos sindicatos, pilar essencial de um regime democrático.

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