Não deixam de ser irónicas as acusações feitas, às justas reivindicações
sindicais, como sendo “corporativas”.
Essas acusações partem de três dos grupos mais “corporativos” que
existem na nossa democracia, o dos comentadores/jornalistas, a dos políticos/comentadores
e a dos economistas/gestores financeiros.
Se existem grupos que em Portugal se comportam de modo corporativo é o
dos jornalistas, dos políticos e dos lideres económico/financeiros, que muitas
vezes se confundem no mesmo percurso de vida e/ou na ligação aos grandes meios
de comunicação.
Uma simples crítica a um deles é
encarada como um ataque vil a todo o grupo, e quem o fizer, justamente ou não,
enfrentará uma barreira de comentários arrasadores .
Podemos ou não concordar com as reivindicação sindicais, questionar o
seu timing ou a sua justeza, mas tentar
confundir lutas e reivindicações sindicais com interesses “corporativos”, não
sendo por ignorância, só pode ser classificado como uma boçal manifestação de
má-fé, intolerância e preconceito
ideológico.
Os interesses “corporativos” em Portugal, que sobreviveram ao Estado
Novo corporativo, estão devidamente identificados e legalizados e não se
confundem com os sindicatos.
A confusão só serve como argumento para quem procura destruir a
influência dos sindicatos, pilar essencial de um regime democrático.
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