O uso de máscaras é um dos elementos mais característicos do Carnaval. As máscaras tradicionais eram feitas de vários materiais, tais como a madeira, o couro, a lata, a cortiça, o cartão, materiais recentemente substituídos pelo plástico ou pela fibra de vidro.
Contudo, um mascarado não se esgota no disfarce do rosto, antes completa-se com um traje, mais ou menos adequado.
A notícia mais antiga sobre o uso de máscaras carnavalescas em Portugal data de um alvará de 20 de agosto de 1649, que proibia ”andar a pé pelas ruas, embuçado, com chapéu ou sem ele e assistir com bioco nas igrejas”. Diz-se que esse costume seria mais antigo, pois rezam as crónicas que D. JoãoII teria comparecido ao casamento do filho mascarado.Com a Inquisição, usar máscaras tornou-se uma heresia e atirou muita gente para a fogueira. Só nos finais do séc. XVIII as máscaras voltaram a fazer a sua aparição, principalmente nos majestosos bailes da corte absolutista de D. João V.
Uma das mais famosas máscaras do carnaval português foi o “Xéxé", surgido em Lisboa, após a vitória liberal, cuja máscara ridicularizava os miguelistas, também conhecido por “peralta”, ”salsa” ou “pisa-flores”, o “xéxé” envergava, invariavelmente, uma casaca de muitas cores, sapato de fivela, cabeleira de estopa, punhos de renda e um imenso chapéu bicorne com uma inscrição mais ou menos obscena. Usava, além disto, um bastão rematado por um chavelho, uma faca enorme e uma luneta”.
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