A eliminação do feriado do 5 de Outubro, que hoje se
comemorou como feriado pela última vez, é mais uma prova da estupidez das nossas elites políticas.
A extinção deste e de outros feriados, como por exemplo o 1º
de Dezembros, tem motivações ideológicas, à mistura com falácia economicista e
muita ignorância.
Ideologicamente o 5 de Outubro é uma daquelas datas que
nunca agradou à direita radical que nos governa, ódio que só é ultrapassado pelo
que têm por datas como o 25 de Abril ou o 1º de Maio. Mas, como o momento não é
ainda propício à eliminação destas duas datas, optou-se pela supressão da data
de hoje para agradar aos sectores ideológicos que sustentam o actual governo.
Para disfarçar as intenções profundas da eliminação do feriado, resolveu-se
fazer o mesmo com o 1º de Dezembro.
Por outro lado, eliminando duas datas com grande significado
para identidade nacional, tenta-se assim agradar aos sectores europeus que vêem
qualquer manifestação de identidade nacional como uma ameaça ao seu federalismo,
numa atitude que se enquadra na preocupação que este governo tem manifestado em
comportar-se como o “bom aluno” da Europa, mesmo que à custa da nossa soberania
e da nossa identidade histórico-cultural, como se as outras nações, mesmo as
mais integradas no modelo europeu, tivessem os mesmos complexos em comemorar as
datas que mais identificam as suas próprias características histórico-culturais.
Como alguém dizia, ser o “bom alunos” de uma má “escola”
(Comissão Europeia, Conselho Europeu, Eurogrupo e BCE…) com maus “professores “(Durão
Barroso, Oli Rhen, Srª Merkel, Vitor Constâncio e tantos outros…), não é um
sinal de sensatez mas de estupidez aguda, que terá grandes custos para o futuro
deste país.
Outro aspecto que está por detrás da eliminação dos feriados
é a falácia economicista dessa decisão, que nos quer fazer crer que, reduzindo
feriados, aumenta-se a produtividade do país. Falso! Este país já é um daquele
onde mais se trabalha. O problema é a produtividade do trabalho e este não se
altera trabalhando mais tempo e com mais esforço, mas sim com melhor gestão e qualificação.
Ora são exactamente os gestores, principalmente das grandes empresas, públicas
e privadas que estão entre os principais responsáveis pela situação grave que
se vive em Portugal. Até podemos trabalhar o dobro, mas com gestores tão maus e
incompetentes, ainda por cima quase todos eles próximos do poder, ou por ele
nomeados, não é cortando nos feriados que o país vai melhorar a sua situação.
Podemos juntar a tudo isto uma grande dose de ignorância
histórica e cultural.
Não é porque temos “muitos “ feriados que o país não evolui,
mas porque somos governados por gente tão estúpidaa.
Quando a estupidez, a ignorância e a intolância ideológica se combinam ao mesmo tempo para governar um país, então esse país e o seu povo estão em grave perigo.
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