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sexta-feira, 25 de março de 2011

ESTA GENTE NÃO PRESTA!



Como é possível que os líderes da União Europeia coloquem condições tão drásticas para o cumprimento das metas orçamentais e para a redução do deficit aos países mais fragilizados, deixando os juros da dívida flutuar ao sabor da chantagem dos piratas das agências de rating?

Como é possível que esses líderes tenham permitido que, há dois anos atrás, muitos países se endividassem para salvar os bancos e o sistema financeiro, cuja irresponsabilidade e ganância levou à crise actual, e logo de seguida venham impor medidas económicas draconianas para controlar o deficit que aumentou para salvar os criminosos, e aceitem a chantagem dos “mercados” controlados por esses sectores financeiros?

Como é possível que esses burocratas e políticos imponham as mesmas metas do deficit orçamental, permitindo que os juros da dívida variem constantemente e de forma diferente entre países com a mesma moeda?

Como é possível exigir metas comuns, exigindo sacrifícios a todos para as atingirem, permitindo que, em países com a mesma moedas, existam tantas disparidades quanto às condições de trabalho, reformas, preços, salários e impostos?

Como é possível que esses incompetentes, (excluindo o Parlamento Europeu que não tem quase poder nenhum) que não têm qualquer legitimidade democrática para tomar as decisões que tomam, penalizando todos os cidadãos e destruindo o Estado Social, incapazes de tomar medidas que travem o desemprego e melhorem as condições de vida dos europeus, continuem a pactuar com a existência de off-shores, autênticas “casa de alterne” do sistema financeiro, que assim consegue tornear o pagamento dos impostos devidos, ao mesmo tempo que continua a ser financiado a juros baixos pelo BCE, lucrando com a especulação da constante subida de juros no financiamento da economias em dificuldade e com as ajudas e benesses que obtêm dos estados, à custa da crescente penalização dos contribuintes?

De facto, esta gente que governa a União Europeia não presta e é urgente, antes que nos afundem a todos no desemprego e na miséria que os cidadãos europeus encontrem forças para um movimento generalizado de indignação.

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