Temos um Primeiro-Ministro que governa para agradar aos “mercados”….mas estes não vão na conversa…querem mais, cada vez mais, até à miséria total!
Temos um Primeiro-Ministro que só tem uma palavra: “austeridade”. E para quê? Para manter os privilégios dos seus boys, para impedir que a justiça funcione, para manter o poder financeiro incólume, para garantir os lucros fabulosos das empresas administradas pelos amigos!
Temos um Primeiro-Ministro a quem os eleitores retiraram uma maioria absoluta, mas que governa sem ouvir ninguém, como se ainda a mantivesse ou se governar fosse o reino do “quero, posso e mando”, sem respeitar o Presidente da República, o Parlamento, a Oposição, os Parceiros Sociais, sem respeitar, enfim, o País.
Temos um Primeiro-Ministro arrogante, cada vez mais ameaçador, incapaz de aceitar que existem outras opções, outras realidades, para além do tacticismo político, par além do “deficit”, e que prefere levar o país para o caos económico e social a aceitar as mais elementares regras da democracia, que implicam o respeito pelas ideias alternativas e pelo diálogo.
Temos um Primeiro-Ministro que procura lançar um cenário de tudo ou nada, ou “eu ou o inferno”, ou eu ou o “papão” do FMI, ou eu ou a srª Mekel…
Temos um Primeiro-Ministro que diz aceitar as sugestões sobre o PEC, mas ameaça com a demissão se este não for aprovado, impondo um prazo muito curto para a sua discussão.
Temos um Primeiro-Ministro que já não governa, limitando-se a fazer o papel de moço de fretes dos “mercados”, da Srª Merkel e do BCE, não apresentando um razão para a “austeridade” que não seja a de agradar aos “mercados” que, a cada medida mais gravosa que a anterior, lhe respondem com juros cada vez mais elevados e descidas do rating, que todos vamos ter de pagar nas próximas décadas, sem apontar um plano ou um programa para o desenvolvimento do País que justifiquem tantos sacrifícios.
Sendo de Esquerda não me preocupa que seja a direita a governar. É que o pior que desta podemos esperar já foi feito por este governo de “esquerda” e por este Primeiro-Ministro.
Pelo menos podemos voltar a uma certa normalidade governativa, com gente normal, goste-se ou não das suas ideias, e não este esquizofrénico Primeiro-Ministro, mais preocupado com a imagem na televisão ou com a imagem junto dos “mercados”, do que na concretização das ideias que diz defender, mas nunca as praticando, mais preocupado em agradar às elites do que em contribuir para resolver os problemas dos mais fracos.
Pelo menos com a direita já sabemos com o que é que contamos.
Aliás, pessoal e profissionalmente nunca fui prejudicado por governos de direita, antes pelo contrário, e até foi um governo de direita o único que respeitou a minha classe profissional.
Pelo contrário, nunca fui tão prejudicado economicamente e achincalhado profissionalmente como o tenho sido por este governo e por este Primeiro-Ministro.
Por tudo isto é tempo de dizer BASTA!
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