(Fotografia de Dorothea Lange)
No Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, recordamos aqui as palavras proferidas por Alfredo Bruto da Costa, presidente do Conselho Económico e Social no principio deste ano, no dia 11 de Janeiro, durante a conferência "Os desafios do desenvolvimento - as dinâmicas sociais e o sindicalismo".
Nessa ocasião denunciou o facto de, à escala mundial, as 500 pessoas mais ricas do mundo terem o rendimento equivalente a 416 de milhões de pobres, defendendo que, se “transferíssemos 1,6 por cento dos rendimentos de 10 por cento da população mais rica do mundo chegava para eliminar a pobreza extrema à escala mundial".
Referindo-se à situação em Portugal, considerou então que este era o país Europeu com maiores desigualdades na repartição dos rendimentos.
Segundo o estudo por si dirigido sobre a pobreza em Portugal, Bruto da Costa indicou a existência de dois grupos de pobreza no país:
O primeiro, constituído por famílias de pensionistas, situação que, segundo ele, só se resolverá com o aumento das pensões;
O segundo,o das chamadas famílias pobres, entre os quais 35 a 40% formada por “não desempregados”, isto é, trabalhando, pobres pelos miseráveis ordenados que recebem.
Não deixa de ser irónico que hoje sejam publicadas, no Público, afirmações proferidas por Francisco van Zeller, onde defende os salários baixos e a contenção salarial em Portugal, chegando mesmo a afirmar que “os salários baixos são necessários para 25% das nossas exportações”, e insurgindo-se contra uma hipotética subida do salário mínimo acima dos …450 euros.
Com pensamentos miseráveis como este, a miséria vai continuar …
1 comentário:
Mais um exemplo de como vai (ou melhor, não vai) este país!
Infelizmente, é o país que temos..
Abraço e bom fim-de-semana,
CR/de
Enviar um comentário