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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Astérix e Obélix estão de volta



Para assinalar o cinquentenário de Astérix, que se comemora a 29 de Outubro, é lançado mundialmente, daqui a uma hora, mais um álbum da célebre dupla, com argumento e desenhos de Albert Uderzo.

Este é o quinto álbum editado solitariamente por Uderzo, depois da morte do argumentista da série René Goscinny em 1977.
O novo álbum tem 56 páginas de desenhos de Uderzo, ilustrando um texto inédito de Goscinny.
Segundo revelou recentemente Uderzo, esta nova obra é um pouco diferente das anteriores, já que é formado por histórias curtas que terão como elo de ligação o tema “aniversário”.
Neste livro aparecem muitos dos amigos que Astérix acumulou ao longo do tempo.
A série surgiu pela primeira vez no semanário “Pilote” em 29 de Outubro de 1959, uma revista que procurava fazer frente à invasão dos “comics” norte-americanos.
A primeira aventura, “Astérix o Gaulês” foi editado em álbum pela primeira vez em 1961 .
Mas as comemorações do cinquentenário da série não se ficam pela edição do álbum.
Entre muitas outras iniciativas para comemorar o evento será amanhã apresentado no Teatro dos Champs Élysées um concerto musical dedicado à série, da autoria do compositor parisiense Frédéric Chalin.
Em Paris o Museu de Cluny inaugura em 28 de Outubro uma exposição com pranchas originais de Uderzo e textos mecanografados de Goscinny.

A série Astérix e Obélix granjeou grandes admiradores em todos o mundo, principalmente ao longo nas décadas de 60 e 70, e despertou em muitos jovens de então o interesse pela história, nomeadamente a História da Roma Antiga.
Uderzo e Goscinny, apesar de criarem uma série humorística, procuraram sempre basear o seu trabalho num minucioso trabalho de investigação histórica.
Usaram igualmente o humor para fazerem uma mordaz crítica à vida política e social da França e da Europa daquelas duas décadas.
Com o desaparecimento prematuro de Goscinny a série perde muita da sua frescura inicial, pese a tentativa meritória de Uderzo em continuar a série o mais próximo possível do registo que era apanágio daquele grande argumentista da BD francesa.
Houve quem interpretasse a resistência da aldeia gaulesa como uma metáfora da resistência empreendida pelo General De Gaulle à crescente influência dos Estados Unidos na Europa do seu tempo.
Seja como for, é caso para dizer que podíamos viver sem o Astérix, mas não era a mesma coisa.

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