Rompendo com normas da União Europeia de não se divulgarem os resultados das eleições europeias, antes de todos os países terem votado, a Holanda tornou públicos os resultados parciais das eleições ontem realizadas naquele país.
Com uma abstenção de 60%, a extrema direita saiu reforçada nessas eleições, com a forte votação no grupo Geert Wilders, “Partido pela Liberdade”, que se tornou na segunda força política holandesa, com 15% dos votos, sendo mesmo a mais votada em Roterdão.
Esse partido extremista elegeu 4 dos 25 deputados holandeses do parlamento europeu, estreando-se nesta instituição política.
Os dois partidos do poder, os Democrata Cristãos e os Trabalhistas, elegendo respectivamente 5 e 4 deputados, quando anteriormente tinham 7 cada um, foram os mais penalizados com estas eleições, principalmente o Partido Trabalhista, uma versão local do nosso PS “socrático”.
Os verdes, os socialistas (de esquerda) e os outros partidos da esquerda repartem entre si os restantes 13 deputados, ou seja, mais de 50% dos lugares em disputa na Holanda.
Se juntarmos a estes resultados a possibilidade de se repetir uma situação idêntica na Inglaterra, ou do crescimento, à esquerda, de muitas formações políticas ecologistas e alternativas, como revelam as sondagens francesas, algumas conclusões e indicações podemos desde já salientas, com base nessas informações:
Com uma abstenção de 60%, a extrema direita saiu reforçada nessas eleições, com a forte votação no grupo Geert Wilders, “Partido pela Liberdade”, que se tornou na segunda força política holandesa, com 15% dos votos, sendo mesmo a mais votada em Roterdão.
Esse partido extremista elegeu 4 dos 25 deputados holandeses do parlamento europeu, estreando-se nesta instituição política.
Os dois partidos do poder, os Democrata Cristãos e os Trabalhistas, elegendo respectivamente 5 e 4 deputados, quando anteriormente tinham 7 cada um, foram os mais penalizados com estas eleições, principalmente o Partido Trabalhista, uma versão local do nosso PS “socrático”.
Os verdes, os socialistas (de esquerda) e os outros partidos da esquerda repartem entre si os restantes 13 deputados, ou seja, mais de 50% dos lugares em disputa na Holanda.
Se juntarmos a estes resultados a possibilidade de se repetir uma situação idêntica na Inglaterra, ou do crescimento, à esquerda, de muitas formações políticas ecologistas e alternativas, como revelam as sondagens francesas, algumas conclusões e indicações podemos desde já salientas, com base nessas informações:
- a xenofobia e o extremismo de direita, ao contrário de algum discurso oficial, não é , infelizmente, apenas apanágio do leste e do sul “atrasado”, como se vê pelo resultado dessa tendência política na Holanda e como se prevê que venha a acontecer na Inglaterra e na Áustria;
- ao contrário de uma tese que andou por aí a circular há algum tempo, não vão ser os partidos do poder a beneficiar com a crise, em nome da estabilidade.
-os partidos do sistema, ao não conseguirem responder atempadamente à crise económica, não questionando os responsáveis do Banco Central Europeu, ao terem recusado a participação dos cidadãos em decisões políticas centrais, como a aprovação do Tratado de Lisboa, defendendo a manutenção o rosto do “bushismo” na Europa, Durão Barroso, na sua liderança, vão ser fortemente penalizados nestas eleições.
- embora dispersa, a esquerda consequente e alternativa (como os verdes e os ecologistas), podem contrabalançar a ascensão da extrema-direita, obtendo, no seu conjunto, um bom resultado eleitoral.
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