Hoje pode ser um dia histórico.
Pode sê-lo por vários motivos:
Ou pelo inicio da tragédia, se se confirmar a impossibilidade dos G20 proporem soluções viáveis para ultrapassar a crise;
Ou pelo início da esperança, se os G20 resolverem iniciar a construção de uma nova ordem mundial, mais justa e mais humana.
Mas , como não sou ingénuo, penso que o impasse e as meias tintas do costume vão ser o resultado desta cimeira.
Que esperança se pode ter de uma cimeira, organizada à margem da ONU, a única e verdadeira organização com legitimidade para representar a humanidade?
Que esperança podemos ter de uma cimeira dominada pelos mesmos países e dirigentes que impuseram, nos últimos vinte anos, o modelo de sociedade e economia que gerou o “monstro” neo-liberal em agonia?
Até ver, o único dirigente que tomou o poder contra o situacionismo neo-liberal foi o presidente Obama.
Os dirigentes europeus foram eleitos para defender o modelo falido e apenas por oportunismo político mudaram o seu discurso.
Pouco mais é de esperar destes do que procurem salvar a pele dos seus banqueiros e empresários, continuando a injectar milhões (pagos do bolso dos “contribuintes”) para salvar a sua bolsa e o seu sistema financeiro.
É ver a sua preocupação em manter a “liberdade” do mercado, contra o “proteccionismo”.
Mas o mercado só podia ser verdadeiramente livre se houvesse uma verdadeira igualdade de oportunidades por parte dos produtores e dos assalariados, se essa liberalização dos mercados não fosse feita com base no dumping social e no aumento das desigualdades sociais.
Para combater a crise é urgente mudar muitos paradigmas :
o modelo de consumo construído pelos mesmos poderes maioritariamente representados na cimeira;
o modelo de trabalho imposto nos últimos anos , baseado na perda de direitos e regalias sociais;
o modelo de distribuição desigual da riqueza produzida;
o modelo financeiro que premeia os que especulam e a corrupção em detrimento dos que produzem.
Não me parece que a maioria dos dirigentes representados no G20, principalmente os europeus, tenham vontade de mudar esses paradigmas.
Quanto muito, tomarão as medidas para atenuar a decadência do seu modelo social e económico, procurando adiar as soluções, com muita retórica à mistura.
A humanidade, o “G-6biliões, terá a última palavra…
Pode sê-lo por vários motivos:
Ou pelo inicio da tragédia, se se confirmar a impossibilidade dos G20 proporem soluções viáveis para ultrapassar a crise;
Ou pelo início da esperança, se os G20 resolverem iniciar a construção de uma nova ordem mundial, mais justa e mais humana.
Mas , como não sou ingénuo, penso que o impasse e as meias tintas do costume vão ser o resultado desta cimeira.
Que esperança se pode ter de uma cimeira, organizada à margem da ONU, a única e verdadeira organização com legitimidade para representar a humanidade?
Que esperança podemos ter de uma cimeira dominada pelos mesmos países e dirigentes que impuseram, nos últimos vinte anos, o modelo de sociedade e economia que gerou o “monstro” neo-liberal em agonia?
Até ver, o único dirigente que tomou o poder contra o situacionismo neo-liberal foi o presidente Obama.
Os dirigentes europeus foram eleitos para defender o modelo falido e apenas por oportunismo político mudaram o seu discurso.
Pouco mais é de esperar destes do que procurem salvar a pele dos seus banqueiros e empresários, continuando a injectar milhões (pagos do bolso dos “contribuintes”) para salvar a sua bolsa e o seu sistema financeiro.
É ver a sua preocupação em manter a “liberdade” do mercado, contra o “proteccionismo”.
Mas o mercado só podia ser verdadeiramente livre se houvesse uma verdadeira igualdade de oportunidades por parte dos produtores e dos assalariados, se essa liberalização dos mercados não fosse feita com base no dumping social e no aumento das desigualdades sociais.
Para combater a crise é urgente mudar muitos paradigmas :
o modelo de consumo construído pelos mesmos poderes maioritariamente representados na cimeira;
o modelo de trabalho imposto nos últimos anos , baseado na perda de direitos e regalias sociais;
o modelo de distribuição desigual da riqueza produzida;
o modelo financeiro que premeia os que especulam e a corrupção em detrimento dos que produzem.
Não me parece que a maioria dos dirigentes representados no G20, principalmente os europeus, tenham vontade de mudar esses paradigmas.
Quanto muito, tomarão as medidas para atenuar a decadência do seu modelo social e económico, procurando adiar as soluções, com muita retórica à mistura.
A humanidade, o “G-6biliões, terá a última palavra…
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