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domingo, 30 de maio de 2010

Um Adeus a Dennis Hopper

(A última aparição pública  de Dennis Hopper, em Março passado)

Se tivesse de elaborar uma lista com os cem filmes que mais me marcaram, fariam parte dessa lista mais de uma dezena de filmes interpretados por Dennis Hopper.

De facto, Hopper era um daqueles autores que desmentia a máxima de Orson Welles segundo a qual um bom realizador até de um cavalo fazia um bom actor.

Embora tenha participado em muita porcaria (um homem tem de comer…) Hopper conseguia sempre um acrescentar valor fosse qual fosse o papel que incarnasse.

Na hora da despedida desse grande senhor do cinema, que também foi realizador, recordo aqui algumas das suas participações mais marcantes:

Começou por desempenhar papéis secundários em filmes com Fúria de Viver (1955) e Johnny Guitar(1956), ambos de Nicholas Ray, ou n’ O Gigante de Goerge Stevens, ocasião de contracenar com o “gigante” James Dean.

Mas foi com Easy Rider, de 1969, realizado por si próprio, que Hoopper entrou pela porta grande do cinema.

Seguiram-se depois actuações soberbas no Apocalipse Now (1979) e no Rumble Fish (1983) ambos realizados por Copolla, no Blue Velvet(1986) de David Lynch ou no Amigo Americano(1997) de Wim Wenders.

Foram várias dezenas de filmes, onde muitas vezes os papéis desempenhados por Hooper se impuseram à própria importância das obras.

Politicamente foi um dos perseguidos durante o macartismo, altura em que dedicou à fotografia para sobreviver, revelando-se igualmente um grande fotógrafo, escolhendo o mundo de Hollyood como tema, tornando-se mais tarde um empenhado republicano, mas com uma postura independente que o levou a apoiar Obama nas últimas eleições.

Com a morte de Dennis Hopper o cinema perde uma das suas últimas grande estrelas. No cinema ele continua imortal.

 Algumas fotografias da autoria de Dennis Hoper:














Andy Warhol, acima fotografado por Hopper, também reproduziu o actor numa das suas obras, em baixo:


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