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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Expo Xangai 2010 - No "centro do mundo".


Xangai é, desde este fim de semana, o “centro do mundo”.

A Expo Xangai 2010 (ver AQUI o seu site oficial)  abriu ao público no Sábado, depois das cerimónias oficiais do dia anterior.

Xangai é talvez a cidade mais moderna do mundo e é isso que os responsáveis por este evento querem revelar.

Depois dos Jogos Olímpicos, esta é mais uma iniciativa grandiosa da máquina de propaganda chinesa, que procura revelar-se como um país moderno. Contudo são muitos os contrastes e desigualdades desse imenso país, muitas das quais se têm vindo a agravar nos últimos anos.

A situação dos Direitos Humanos e das liberdades políticas, sociais e culturais nesse país é outra situação que não deve ficar esquecida pelo brilho dos holofotes.

As tão apregoadas “economias emergentes” (China, Índia, Brasil…) são-no, em grande parte, à custa dos direitos sociais e, no caso da China, também políticos, gerando aquilo que muitos apelidam de “dumping social” que muito tem contribuído para a crise social que se vive na Europa.

É bom não esquecer também que a tão apregoada “competitividade” dessas economias se deve a uma mistura explosiva de aumento de desigualdades económicas e sociais, salários miseráveis, exploração de mão-de-obra infantil nalguns casos, inexistência de apoios sociais básicos noutros casos e inexistência de direitos sindicais e políticos no caso da China.

O mais grave não será que esses países escolham o seu “modelo de desenvolvimento”. Compete aos seus cidadãos lutarem pela alteração da situação. O mais grave é que, por cá, muito boa gente (comentadores, economistas e políticos) nos tentem vender aquele modelo, como justificação para retirarem direitos económico-sociais aos europeus.

Contudo, quem sabe se as características cosmopolitas desta Expo não contribuirão para uma efectiva abertura da China ao mundo.

Esperemos também que o espaço desta exposição não venha a ter, depois de encerrada, um destino triste parecido com o espaço da nossa Expo 98, totalmente descaracterizado e entregue à voracidade da especulação imobiliária, fazendo do que resta uma espécie de "quintal de luxo".

Ver AQUI, mais notícias sobre este acontecimento.



Pavilhão de Portugal


Pavilhão da China


Pavilhão da França


Pavilhão da Espanha


Pavilhão do México


Pavilhão do Canadá


Pavilhão da Rússia


Pavilhão da Bélgica


Pavilhão do Japão



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