“Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem”
Bertold Brecht
Violência, raiva, morte, fogo, destruição.
Este tem sido o sentimento dos gregos nestes últimos dias.
Enganados pelos seus políticos, economistas e gestores, vexados pelo FMI e pela União Europeia, obrigados a pagar pelas asneiras daqueles que, como sempre, passarão incólumes, porque a culpa morre sempre solteira, só resta a revolta, mesmo que irracional, infelizmente matando inocentes.
Entretanto o terrorismo financeiro das empresas de rating e as “bocas” irresponsáveis de muitos políticos e economistas europeus continuam a deitar gasolina para o fogo, arrastando a Espanha, Portugal, a Irlanda e, em breve, a Itália e a Inglaterra para o caos.
Perante a incompetência da União Europeia para enfrentar os terroristas especuladores do mundo financeiro e fazer pagar pela crise os seus verdadeiros responsáveis, é melhor que se preparem, porque, por este caminho, imagens como esta vão-se multiplicar pela Europa fora nos próximos meses.
A “guerra civil” europeia, entre o mundo do trabalho e da produção, da cultura e da democracia, por um lado, e o mundo da especulação financeira, dos gestores de ordenados milionários, dos políticos europeus corruptos e corruptíveis, e das irresponsáveis pitonisas do comentário económico, por outro, está só no seu início.
… e preparemo-nos porque, se a irresponsabilidade entre os líderes europeus e a cedência à chantagem terrorista das empresas de rating continuarem, Portugal será o próximo.
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