Já o disse:
Defendo o direito de existência do Estado de Israel;
Reconheço a violência e a hostilidade contra Israel ao longo das últimas décadas.
Mas considero também que tem faltado discernimento por parte dos líderes políticos israelitas, cuja atitude irresponsável, principalmente depois do assassinato de Rabin, em muito tem contribuído para potenciar a violência contra os cidadão de Israel.
Aquilo que estes governos de Israel têm feito aos palestinianos em nada abona a favor das posições políticas de Israel.
Felizmente são cada vez mais as vozes dentro de Israel e entre os judeus de todo o mundo que questionam a atitude desses governos.
Aquilo que aconteceu ontem, com o ataque terrorista por parte de militares israelitas contra um navio de ajuda humanitária deve ser condenado sem contemplações, para bem da sobrevivência física e moral do próprio Estado de Israel.
Por ironia do destino esse ataque aconteceu no dia em que foi noticiada a morte de Lova Eliav, uma das figuras históricas da esquerda israelita, que tinha 89 anos.
Lova Eliav era opositor da política de colonização dos territórios palestinos, foi por duas vezes deputado pelo Partido Trabalhista, do qual foi secretário-geral em 1970.
Ganhou ainda o Prémio de Israel, a mais alta condecoração civil do país, devido às suas actividades educativas. Nascido em Moscovo, emigrou para a Palestina em 1924.
Foi um exemplo da existência de muitos israelitas que estão contra a utilização do terrorismo de Estado para combater o terrorismo de alguns sectores palestinianos.
A propósito da gravidade da situação humanitária na Faixa de Gaza, convido-vos a seguir AQUI a reportagem sobre esse território, em Banda Desenhada, da autoria de Chappatte, para a revista Suíça Le Temps.
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