A pretexto do 65º aniversário do final da Grande Guerra na Europa, o impensável está a acontecer na Rússia, com o regresso em força do culto de Estaline.
A fotografia reproduzida foi tirada em S. Petersburgo esta semana.
Já nem nas últimas décadas do período soviético se exibia a iconografia estalinista, cujo regime, desde a segunda metade dos anos 50, era visto como politicamente inconveniente pelo próprio regime.
Foi preciso que acabasse o regime soviético para, poucos anos passado, se ver o regresso em força do culto por Estaline.
A entrada triunfal do capitalismo selvagem na velha Rússia, com as suas trágicas consequências sociais, económicas e culturais, muito contribuiu para a recuperação da tenebrosa imagem do sanguinário ditador.
A forma abusiva como a historiografia ocidental colocou no mesmo saco Hitler e Estaline, pela falácia dessa comparação, pois o nazismo foi um acontecimento único e o Holocausto não tem comparação, terá igualmente contribuído para a injusta reabilitação do homem que destruiu o essencial da Revolução de Lenine.
O modo como se tentou apoucar a contribuição soviética para a derrota do nazismo foi outra das razões que levaram à valorização exagerada da figura do ditador.
Foram arrogantes em relação à nova Rússia, agora habituem-se…
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