O "dono disto tudo" deu um ar da sua graça, aparecendo a comentar os resultados das eleições na sua quinta de estimação, Portugal.
Parece que o tenebroso e patético sr.Schäuble não percebe nada do que se passa à sua volta e continua ligado à mesma cassete da defesa da austeridade.
Não percebeu que em Portugal a maioria esmagadora dos eleitores rejeitou as políticas de austeridade e que a própria coligação governamental só se conseguiu manter no lugar, em primeiro lugar porque andou a apregoar (...a mentir!!!) na campanha eleitoral que a "austeridade" já era, que nada tinha a ver com a troika e que o que fez foi porque foi obrigada (mais ou menos por estas palavras).
Podemos interpretar as eleições de muitas maneiras, mas o único dado claro é que, de forma ingénua ou não, a maioria dos eleitores rejeitou a austeridade e, quanto muito, deram uma oportunidade para este governo mostrar que tem outras políticas para o país, diferentes das do plano de resgate ( pelo menos foi isto que a coligação andou a prometer nas eleições).
Aliás, ao longo deste ano a houve de facto um certo abrandamento da austeridade, mercê das intervenções do Tribunal Constitucional e/ou por mero eleitoralismo.
As pessoas votaram como votaram, uma ingénuamente, outras convictamente, outras porque têm a memória curta, porque acreditaram (erradamente, quanto a nós, como vão ver já nos próximos tempos) no discurso eleitoral da coligação segundo a qual a troika tinha saido do país e a austeridade ía ser, no mínimo, atenuada.
Pelo menos as afirmações do sr. Schäuble tem o mérito de nos recordar para que serve a coligação no governo de Portugal.
O Sr, Schäuble continua a delirar, e não percebe o que se está a passar na Europa,onde os cidadãos começam despertar, mas o problema é que leva no delírio os responsáveis pelas instituições não democráticas da União Europeia (Eurozona, BCE e Conselho Europeu), contribuindo para continuar a destruir o projecto europeu..
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