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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SACANAS SEM LEI - 16 - Encontro de Davos


Davos ainda não saiu da crise mas os bancos já se sentem outra vez em casa - Economia - PUBLICO.PT (clicar para ler a notícia).

Inicia-se hoje mais uma reunião do chamado Fórum Económico Mundial, realizado na estância turística Suiça de Davos.

Aí vão-se reunir os principais responsáveis pela crise financeira actual, políticos, banqueiros e representantes das grandes empresas.

É mais uma daquelas reuniões onde serão tomadas, no recato dos gabinetes, e no segredo dos encontros sociais, as decisões que terão consequência no futuro dos cidadãos, mas sem a participação destes.

De mãos dadas, o poder político e económico sairão dessa reunião com novas energias para enfrentarem o crescente descontentamento dos cidadãos com o agravamento das suas condições de vida. O objectivo é definir uma estratégia global para salvar o poder financeiro que Davos representa.

Segundo a s notícias, nesta reunião dá-se o regresso em força dos representantes dos grandes bancos e do poder financeiro, depois de dois anos de desorientação, que irão persuadir os seus “capatazes” do poder política de aplicarem as suas receitas.

O discurso será a do “mundo em mudança”, não no sentido de aumentar a fiscalização sobre as actividades bancárias e financeiras, tema que foi arredado desta reunião e adiado para as calendas de 2015, mas no sentido de generalizar o discurso das mudanças a que os cidadãos se terão de habituar daqui para a frente em relação à perda dos seus direitos económicos e sociais, designados como “privilégios”, no sentido de privilegiar os interesses dos “mercados” face aos interesses desses mesmos cidadãos e no sentido de justificar o desemprego e a redução salarial com a necessidade de enfrentar (ou antes, aproveitar) os “mercados emergentes” da Índia e da China (o primeiro à custa das condições de vida miseráveis da maior parte dos cidadãos, o segundo à custa do “engavetamento” da democracia política e social).

Enfim, mais do mesmo, mas com roupagens mais modernas e eficazes, encarregando os grandes meios de comunicação social, controlados pelo poder financeiro, de fazerem passar a “boa nova” através dos comentadores do costume, “contratados” para o efeito.

Davos é mais um daqueles centros de decisão que escapam ao escrutínio democrático dos cidadãos, mas que terá reflexos na vida de todos nós.

...uma verdadeira "convenção" de "Sacanas sem lei"....

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